Não “tô” entendendo
Alguns outros elementos, não menos importantes, também devem ser utilizados para que a comunicação aconteça. Para que isto ocorra devemos escolher um código (que é a combinação de signos utihzados na transmissão de uma mensagem), um canal de comunicação (por onde a mensagem é transrmtida: televisão, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar, etc), não perdendo de vista o contexto, ou seja a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
Contextualizando estes elementos, tendo nos extremos o emissor e o receptor, pode-se facilmente concluir que há uma necessidade premente de adaptar o código, ou seja, o emissor tem que utilizar um código que o receptor consiga interpretá-lo ou decodificá-lo e emitir uma resposta.
Quando falamos em código, a questão nos remete a uma questão prática da comunicação: a necessidade adaptação da linguagem ao publico. Um dos exercícios mais interessantes que fiz na faculdade foi o de contar historinhas para crianças. Isto me fez ver na prática, a necessidade de adaptação do linguajar normalmente utilizado no dia-a-dia para uma linguagem que propiciasse às crianças o entendimento das historinhas. Na verdade, foi necessário bem mais do que a expressão verbal, utilizando a expressão corporal como ferramenta para me fazer entender.
Aquela experiência, aliada à outras decorrentes da atividade profissional, me permite afirmar de forma concreta, que muitos bons projetos e ótimas idéias deixam de ser aproveitadas todos os dias, por que o (s) interlocutor (es) não teve o mesmo entendimento do (s) apresentador (es). Faltou a adaptação da linguagem para o público alvo, ou seja, não posso falar com lingagem técnica para um público que não esteja acostumado aos termos.
Como vivemos num país de dimensões continentais e com população tão diversificada, é possível que existam muitas diferenças na linguagem de estado para estado ou de região para região. De forma geral, sabe-se também que a população interiorana utiliza linguagem com suas peculiaridades.
De modo particular, não posso utilizar no lugarejo onde nasci o mesmo linguajar que utilizo no cotidiano, muito embora não seja comum usar termos técnicos, pois certamente os meus receptores teriam problemas para entender a minha mensagem. Aí cabe uma pergunta, que muitas vezes já me foi feita durante os cursos e palestras que ministro: qual é a linguagem correta? A resposta é a seguinte: de modo geral, a linguagem correta é aquele em que os meus interlocutores me compreendem, e portanto, estabeleço uma comunicação eficaz; é a linguagem coloquial.
Mas cuidado, isto não permite abusar com a língua portuguesa sob o manto da máxima de que “vale tudo”, pois os cidadãos com formação de nível médio e universitária tem o compromisso de falar e escrever na linguagem padrão, que nada mais é do que a língua portuguesa culta.
Autor: Antonio Corrêa de Jesus
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