Seleção Brasileira de Futebol -A verdade que ninguém quer ver



Já não somos mais o país do futebol.
Não adianta procurar culpados entre os jogadores ou a comissão técnica da Seleção, nem convocar Beltrano ou Cicrano que nenhum deles mudará o nosso atual futebol ou acrescentará qualidade ao mesmo.
Tudo teve início com o êxodo de nossos craques para o exterior, pois no início apenas os craques como Falcão, Zico, Cerezo e outros realmente consagrados tinham esta oportunidade. Em seguida jogadores de nível médio também começaram a ser exportados e atualmente todo garoto com o mínimo de potencial já tira o passaporte antes da Carteira de Identidade.
No exterior e principalmente na Europa os nossos jogadores são obrigados a adquirirem massa muscular de halterofilistas e a obedecerem a um esquema tático que nada tem de parecido com o praticado no Brasil, pois lá ala vira meio campo, atacante como Emerson vira volante, volante como Julio Batista vira centroavante e assim por diante. O jogador brasileiro no exterior fica totalmente descaracterizado, Robinho não consegue dar um único drible em seus medíocres marcadores, os laterais ou alas não sabem mais ir à linha de fundo, um bom volante virou um mediano armador e um ótimo atacante tornou-se um péssimo marcador.
Dizem que isto é futebol moderno, e eu acredito realmente é moderno, pois o Brasil ao praticá-lo tornou-se moderno e não está ganhando mais nada.
Quem são os grandes craques brasileiros do momento alem de “Deco”. Ronaldinho que não joga nada há muito tempo mesmo antes da copa onde fracassou, Robinho a quem Dunga dá lugar cativo na seleção e não consegue provar que é craque nem aqui nem mesmo no fraco futebol espanhol ou Inglês. Diego que corre o campo todo e não produz nada de importante ou inteligente, Julio Batista que de volante truculento do São Paulo virou o 10 da seleção. É, realmente este não é o país do futebol.
Na busca pelo sucesso financeiro o garoto é levado por seus pais a uma escolinha de um ex-pseudocraque para aprender jogar junto com seus amiguinhos em um campinho de grama sintética e com jalecos coloridos. Cadê os campos de várzea onde a garotada jogava pelada trinta contra trinta, vira seis e acaba a doze, tendo que driblar além dos adversários os buracos e murundus de cupinzeiros, de pés descalços e com bola ruim. Ali se formavam craques diferenciados e não robozinhos metidos a jogador de futebol.
De onde saiam os grandes cobradores de falta se não das brincadeiras de disputa de penalidades valendo rebatida onde durante uma tarde o garoto dava no mínimo uns trezentos chutes a gol de diferentes posições. Quem bate falta hoje na seleção nacional o Lucio, pasmem o Lúcio.
Que saudade do tempo em que dávamos de goleada e que tristeza colocar três volantes para perder de pouco da Venezuela.
Que saudade do tempo em que fomos o país do futebol
Marcos Falcon
Autor: Marcos Falcon


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