O Principio Quantitativo Das Tecnologias De Formação E A Sua Qualidade Enquanto Instrumento De Aprendizagem
FASES DO PROCESSO E PRODUTOS
FasesProdutos
ConcepçãoAnte Projecto
RealizaçãoProtótipo
ExploraçãoVersão Final
CONCEPÇÃO
Esta primeira fase pressupõe uma investigação preliminar, evidentemente pertinente para o formador que pretende revelar a utilidade da forma como estrutura a formação que está ou virá a ministrar. Deverá também, o formador, efectuar uma discussão do interesse estratégico, relativamente aos ganhos não só da componente tecnológica mas também do desenvolvimento pessoal e por inerência social. Os estudos de viabilidade deverão referir uma vertente organizacional, que resumirá a tecnologia a que o formador deverá aceder para a efectivação do Manual, mas também uma vertente económico-financeira, que contrabalançará a assertividade da elaboração do Manual, tendo em conta os respectivos custos de produção. Os aspectos pedagógicos e a discussão da estratégia de formação a adoptar assume, na delimitação do referencial de formação, uma importância considerável. É pois aqui, que o formador deverá utilizar não só os seus conhecimentos técnicos, mas também efectuar uma chamada á sua experiência de formação. É neste ponto que se descobrirá a abrangência do trabalho que se pretende realizar. Se duma sensibilização se trata, ou pelo contrário estamos a falar de aquisição de competências é neste ponto que o formador deverá enunciar as características do publico alvo, as necessidades de formação a responder, os objectivos pedagógicos da formação, os conteúdos a tratar, as estratégias de formação a utilizar e os resultados esperados, bem como as respectivas formas de avaliação.
REALIZAÇÃO
O documento que resulta desta fase pode ser referido como protótipo, e deverá ser a operacionalização do produto que o formador pretende elaborar. É conveniente distinguir aqui três componentes.:
1.Enquadramento e gestão do projecto
2.Configuração do modelo pedagógico de formação
3.Script
A primeira componente tem como principal objectivo enquadrar o desenvolvimento de um determinado produto, no envolvimento estratégico que pretendemos no desenrolar da formação. Podemos referir os seguintes pontos.
a)Estabelecer claramente os objectivos do produto
b)Enquadrar a realização do produto no planeamento geral da formação
c)Especificar as características e requisitos técnicos do equipamento necessário
d)Elaborar o orçamento
e)Identificar as tarefas mais relevantes e elaborar o respectivo cronograma de actividades
A componente do modelo pedagógico de formação pressupõe a especificação dos aspectos pedagógicos e didácticos que devem integrar o produto a desenvolver. É agora necessário, com uma maior atenção, que o formador identifique as necessidades a satisfazer, através de que competências, processos ou conhecimentos. Partindo da análise de necessidades, é o momento para proceder á definição dos objectivos pedagógicos e determinação dos niveis de realização desejados.
a)Análise pormenorizada do publico alvo
b)Identificação das necessidades de formação
c)Determinação do perfil do formando
d)Definição dos objectivos pedagógicos
e)Selecção e especificação das estratégias e situações concretas de formação
f)Definição das modalidades de avaliação
A terceira componente debruça-se já sobre o conteúdo do produto, e reveste-se do que podemos chamar de uma maqueta, ou seja, um script que constitui uma aproximação ao Manual de Formação propriamente dito. É o momento indicado para estabelecer o padrão de qualidade do Manual, e de proceder ás especificações que nesta componente se dividem em dois pontos:
a)Conteúdos propriamente ditos, ou seja, todo um trabalho de pesquisa, selecção, adequação e organização da informação considerada relevante, sobre o tema a abordar.
b)Configuração visual, a apresentação gráfica do produto.
EXPLORAÇÃO
Elaborado o Manual de Formação, eis-nos chegados a uma fase em que o mesmo se encontra pronto para a efectiva utilização, não só por parte do Formador, como também como apoio forte ao trabalho que se pretende obter dos Formandos.
É nesta fase que embora totalmente elaborado, o Manual poderá ser enriquecido, se for seleccionada uma forma de interacção, com anotação do retorno, com vista a um melhoramento operacional do produto que foi já distribuido, mas que, como Manual de Formação que é, se encontra e permanente actualização e ou adequação.
2.Formação á Distância, o que é isso?
NOVOS ESPAÇOS DE FORMAÇÃO
A Formação á distância encontrou na Internet um novo espaço que veio potenciar todas as vantagens que esta oferta permite alcançar.
Assim quer de uma forma síncrona, em que Formador e Formando estão conectados em tempo real, quer de uma forma assíncrona, em que tal já não acontece, a Internet revela-se como uma sala de formação bastante eficaz.
DEFINIÇÃO
A relação pedagógica que se estabelece entre o Formador e o Formando, ainda que não partilhando o mesmo espaço, podendo ainda haver uma separação temporal, conduz a uma aprendizagem que mediante estas variações comparativamente á Formação Presencial, se traduz pelo recurso á Formação á Distância.
CARACTERIZAÇÃO
A Formação á distância caracteriza-se por:
-Uma quase permanente separação entre Formador e Formando
-A Utilização das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação
-O estabelecimento de uma comunicação bi-direccional, on-line ou não
-Uma quase total ausência de grupo de formação, podendo a formação áa distância ser eventualmente complementada com sessões presenciais
Aprender ao nosso ritmo responsabiliza-nos imediatamente quanto á progressão na aprendizagem, que neste caso se reveste de muita auto-formação. Assim torna-se muito importante que o Formando faça uso de uma grande disciplina que lhe permita avançar de forma ordenada e correcta na formação que lhe é ministrada.
Por outro lado o Formando adquire aqui a vantagem de poder rever a matéria quando e o número de ocasiões que desejar.
3.Evolução da Oferta á distância
MOMENTOS DA FORMAÇÃO Á DISTÂNCIA
1.Ensino por Correspondência
Caracterizou-se essencialmenete pela troca de documentos em papel, entre Formador e Formando, através do recurso ao correio tradicional.
2.Tele-Formação
Comunicação efectuada apenas em um sentido, através de TV ou rádio, em que o Formador não obtem o retorno relativamente ao Formando.
3.Serviços Telemáticos
Possibilidade de utilização de ferramentas como o e-mail, o que deu origem a uma comunicação mais próxima, ainda que assíncrona, entre Formador e Formando.
4.E-learning
A evolução da Internet e a interacção que a tecnologia permite alcançar hoje em dia, possibilitam uma comunicação entre Formador e Formando, em simultâneo.
4.Componentes da Formação á Distância
COMPONENTES ESTRATÉGICOS
Podemos recorrer a vários modelos de Formação á Distância, o que se pode verificar nomeadamente pela observação das varias entidades a trabalhar na área. No entanto e apesar disso, podemos identificar alguns componentes considerados standard.
1.Materiais e Conteúdos
2.Formadores
3.Sistemas de Interacção
4.Tecnologia
5.Sistemas de Avaliação
MATERIAIS E CONTEÚDOS
Deverão estar preparados para a auto-formação, o que implica o especial cuidado na selecção e adequação da linguagem a utilizar.
Para além disso deverão apresentar-se sob uma vertente flexível, que possibilite a sua adequação a vários formatos.
FORMADORES
Os Formadores desempenham aqui funções que podem ser apresentadas em áreas de intervenção simultaneamente distintas e complementares.
1.Concepção – definição do modelo, método, ambiente e conteúdos do curso.
2.Tutoria – acompanhamento pedagógico.
3.Avaliação – Construção, realização e correcção dos testes de avaliação.
SISTEMAS DE INTERACÇÃO
O Formador pode optar por uma Formação síncrona, em que se encontra on-line com o Formando, ou por uma Formação assíncrona, em que existe um desfasamento temporal, entre Formador e Formando.
Para além disso deverá ser levado em conta a selecção do tipo de comunicação, unidireccional, recorrendo essencialmente á TV, video, rádio, ou á comunicação bidireccional. Correspondência electrónica ou em papel e utilização das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação.
TECNOLOGIAS
O acesso a Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, possibilita, para além de uma maior apetência em termos atractivos, o melhor desenvolvimento ao nivel da aquisição de competências por parte do Formando, facultando-lhe simultaneamente um maior grau de responsabilidade, que aumentará a sua capacidade de inovar, e lhe facultará a estimulação da sua criatividade.
AVALIAÇÃO
Podemos apontar três tipos de avaliação:
1.Avaliação dos Formandos
Aferição da progressão na aprendizagem do Formando.
2.Avaliação da Formação
Medição da pertinência técnico-pedagógica do curso.
3.Avaliação do Sistema
Obtenção de dados sobre a adequação do modelo e tecnologias utilizados.
5.bibliografia
FERRÃO, L., RODRIGUES, M.,"Formação Pedagógica de Formadores", Lidel, 2000
Guia de métodos e práticas de formação, Horizontes Pedagógicos, Instituto Piaget
LESNE, Marcel, "Trabalho Pedagógico e Formação de Adultos", Fundação Calouste Gulbenkian, 1984
Autor: Luis Garcia
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