Internacionalização da Carreira



Hoje em dia, quando pensamos em internacionalização, associamos não apenas a empresas, mas, sobretudo a indivíduos. São as pessoas que gerem as empresas e quem conduzem seus negócios de forma a atingir objetivos delineados por outros indivíduos. Assim sendo, parece-nos relevante falar, não de estratégias de internacionalização de empresas, mas sim de indivíduos e suas carreiras.

Diversificar é a palavra de ordem do dia – diversificar competências, conhecimentos, experiências, o network – e cada vez mais, mais indivíduos tendem a trabalhar para a internacionalização da sua carreira, buscando os seus objetivos pessoais e os das empresas para as quais trabalham ou às quais pretendem disponibilizar as suas competências.

São também inúmeras as estratégias para se conseguir, desde oferecer os seus serviços a várias empresas espalhadas pelo mundo, aproveitar oportunidades internas da empresa que atualmente os emprega ou simplesmente apostar no network e agarrar – ou, muitas vezes, criar – as oportunidades à medida que forem surgindo.

O estabelecimento de uma forte rede de contactos abre portas e vale mais que dinheiro no banco. Oportunidades como esta, permitem-nos, para além de iniciar uma carreira no estrangeiro, criar uma rede e dar-nos acesso a oportunidades de que de outra forma não teríamos conhecimento. O fato de pertencermos a um mesmo círculo dá-nos ainda a vantagem de, ao sabermos que à partida partilhamos os mesmos princípios base, sermos rotulados de indivíduos “recomendáveis”. Permite-nos, acima de tudo, ter acesso às informações privilegiadas e em primeira-mão.

Os especialistas em recursos humanos observam que é preciso ter os olhos da cultura onde se vive para saber o que o cliente deseja e estabelecer um negócio de sucesso.
Adaptar-se às novas culturas é imprescindível. Pequenos detalhes podem fazer diferença no processo de aculturação.

Por mais que o executivo expatriado reúna condições pessoais e familiares para um rápido processo de adaptação, o seu sucesso depende da retaguarda que a empresa proporciona em várias áreas, seja financeira, TI, marketing e recursos humanos, entre outras. Algumas tarefas são constantes. Tais como: criar e garantir processos de qualidade, assimilação e manutenção dos valores da empresa, integração e entendimento das culturas dos povos que passam a compor o mapa da companhia.

A integração das pessoas numa operação internacional é um processo que acontece como uma via de mão dupla, com iniciativas de ambos os lados. É um trabalho de parceria..

Poucas empresas conseguem atualmente realizar a sua atividade concentradas apenas no mercado nacional. A concorrência internacional, sustentada na inovação, qualidade e um preço competitivo encontra-se presente na realidade quotidiana de todos os mercados.

Todos os dias surgem oportunidades que apenas as empresas mais dinâmicas, com experiência em atuar em mercados supranacionais, são capazes de aproveitar. Todos
os dias aparecem novos produtos, nos nossos mercados, que concorrem, diretamente com os comercializados pelas nossas empresas e fazem diminuir a suas quotas de
mercado. Em resumo, tanto adotando uma atitude ativa (aproveitando oportunidades num mercado global) como uma atitude passiva (defendendo o mercado local), todas
as empresas estão integradas num processo global de Internacionalização.
Em resumo, para muitas empresas, o crescimento, como única condição para a sua manutenção no mercado, passa pela internacionalização da sua atividade e, para
muitos profissionais, uma carreira profissional de êxito, está fundamentada num contexto internacional.

Se já alguma vez considerou a hipótese de optar por uma carreira de dimensão internacional, que lhe proporcione a oportunidade de conhecer o mundo, uma boa remuneração e múltiplas perspectivas para o seu desenvolvimento pessoal e profissional?
O novo ambiente econômico europeu exige cada vez mais que existam profissionais com experiência internacional. Em breve, será um lugar-comum as multinacionais operarem à escala mundial para desenvolverem forças de trabalho internacionais. Todavia, o «fermento» da mudança tarda a chegar a Portugal. Contudo, o número de estudantes que optam por estudar e trabalhar no estrangeiro é cada vez maior.

Se você acha que tem muito para oferecer ao mercado de trabalho, então porque é que não embarca também na aventura de uma carreira internacional?

Para que tal aconteça, primeiro é preciso saber que gênero de carreira escolher, quais os requisitos mais procurados pelas empresas globais e o provável impacto que este padrão de trabalho terá na sua vida.

Por um lado, poderá trabalhar para uma organização global no seu país de origem ou no estrangeiro. A outra alternativa é trabalhar num país, mas com viagens freqüentes para outros pontos do globo, por fim, existe a possibilidade de exercer a atividade profissional em vários países.

Assim, logo que tenha escolhido o tipo de carreira a desenvolver, o próximo passo é a identificação dos requisitos procurados pelas empresas internacionais.

Apesar do valor intrínseco do currículo acadêmico ser uma mais-valia considerável, as entidades empregadoras procuram competências de relacionamento interpessoal que consigam lidar com um ambiente multicultural e evidência de experiência internacional do candidato.

Em concreto, as empresas necessitam de profissionais que não só sejam capazes de operar transnacionalmente, como também consigam preencher as lacunas de competências em vários pontos do planeta em determinadas áreas-chave da organização.

Nesta Perspectiva, e de acordo com um estudo feito por uma grande consultoria, as competências essenciais requeridas para um cargo deste gênero são a capacidade de análise e decisão, de iniciativa, flexibilidade e adaptabilidade, gosto pelo desenvolvimento pessoal, compreensão do negócio, capacidade de trabalho em equipa e boa comunicação. Além disso, também é necessário dominar pelo menos mais do que dois idiomas, ter visão estratégica, capacidade de organização e de liderança. Naturalmente, o candidato também terá que evidenciar uma empatia multicultural e que é capaz de lidar com a constante mobilidade.

Se estiver interessado em prosseguir uma carreira além-fronteiras, aqui estão alguns sites que o ajudarão a obter informação e esclarecimento sobre as oportunidades de emprego e de desenvolvimento de experiência internacional:

Algumas dicas para uma carreira fora do país:

• Procure por semelhanças, não diferenças
• Seja flexível e aberto a mudanças e compromissos
• Fale constantemente com os seus colegas
• Compreenda o ambiente de negócio nos vários países
• Compreenda as implicações do EURO na Integração Européia
• Esteja atento ao uso crescente dos mercados internacionais de capitais das empresas européias
• Fale diversas línguas
• Mantenha-se atualizado dos avanços das tecnologias de informação

De fato, a exigência de uma carreira internacional é muito maior do que uma de dimensão doméstica. Por isso, as empresas tendem a efetuar uma abordagem centrada na personalidade, habilidade e experiência do candidato e não na reputação da instituição universitária onde este obteve a sua formação.
Autor: Sandra Regina da Luz Inácio


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