A Linguagem Na Internet
A tecnologia tem crescido tão rapidamente que se torna
difícil acompanhá-la. A cada dia, novos equipamentos surgem no mercado e, em
pouco tempo, o que era de última geração passa a ser substituído, em nome do
conforto e da rapidez. Uma das áreas que mais tem avançado e se difundido em
praticamente todas as classes sociais, é a informática. E, juntamente com esse
desenvolvimento, cresce a preocupação de pais e professores com a linguagem que
os jovens utilizam na internet. Essa linguagem tem até um nome: o internetês.
Para compreendermos o que acontece com a linguagem quando alguém se comunica
por meio, por exemplo, do msn – que é um programa de bate-papo que permite
conversas instantâneas – temos de considerar que a internet é um meio muito
rápido de comunicação. Assim, o que pesquisas recentes revelaram, é que o texto
usado no msn é muito próximo da língua falada e que não há motivos para alarmes.
Ao se utilizarem programas como o msn, a comunicação ocorre através de um meio
escrito, no entanto o texto é oral. Ao contrário do Jornal Nacional, por
exemplo, em que o texto é primeiramente escrito e depois comunicado por meio
oral – o que justifica a ausência de marcas da fala, nesse tipo de texto. Sendo
a internet um meio que exige agilidade e rapidez, a escrita por meio de
abreviaturas faz com que a comunicação seja mais rápida, simulando assim a
mesma rapidez da fala.
Então pais, acalmem-se. Essa forma de escrita já faz parte do dia-a-dia virtual
de seus filhos e não temos como ignorá-la, não temos meios e nem devemos
impedi-la. A língua é um sistema vivo e adapta-se às situações de comunicação.
Isso não significa que agora "pode-se escrever de qualquer jeito". As
abreviações são permitidas no msn, no orkut, nos e-mails informais, nos chats
(e até nesses textos existem regras! Caso contrário, nem mesmo os internautas
se entenderiam), não cabe usá-las em outros gêneros textuais. O que se deve
fazer é limitar o tempo que os filhos permanecem no computador e incentivar a
leitura. O internetês não prejudica o bom português, desde que os filhos tenham
acesso a bons livros, jornais e revistas. A nós professores, cabe o papel de
ampliar a capacidade de recepção e produção textual dos alunos, priorizando a
formação de escritores e leitores competentes, que saibam usar a língua nas
diversas situações de interação.
Autor: Fernanda Schneider
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