Da Motivação Coletiva



Há pouco tempo atrás eu publiquei um artigo que pode ser encontrado no meu blog (www.blogaodomaurao.blogspot.com) onde eu escrevi sobre a necessidade de igualdade entres os seres humanos, sendo que neste artigo eu afirmei que todos deveriam ser tratados igualmente, sem diferenciação de credo, cor, raça ou status, sendo que todos deveriam ganhar salários iguais, não dependendo da área de atuação, sendo que um Estado Maior teria a função de distribuir o lucro total, descontado o custo de investimento, obras e demais benfeitorias do pais, para as pessoas de forma igual.



Dentre as várias criticas que eu recebi, uma me deixou muito desanimado, fazendo com que eu perdesse por algum tempo à vontade de escrever.



A pessoa que fez esta critica disse, após ler o meu artigo, que se todos fossem iguais, as pessoas perderiam a motivação para lutar e crescer, pois mesmo se acomodariam, sendo que elas não precisariam estudar muito, pois mesmo trabalhando como lixeiro ou faxineiro receberiam o mesmo salário que uma pessoa que faz faculdade.



Isso me desanimou profundamente, e me fez pensar, será que os seres humanos são realmente assim, será que as pessoas só trabalham para conseguir mais bens para si e poderem se sentir superiores ao seu vizinho, será que os seres humanos na têm nenhuma outra motivação para estudar, criar, pesquisar, se desenvolverem, além da necessidade de se sentirem superiores uns aos outros. Se for assim então é melhor não sentarmos em uma cadeira e esperarmos o fim, pois se sentimos nenhuma necessidade de criar coisas novas pelo simples fato de facilitar a vida, não de si mesmo, mas da coletividade, então é sinal de que falhamos completamente e que nenhuma religião, ciência ou filosofia pode nos salvar.



Por algum tempo me senti desmotivado e sem forças para nada, mas como eu sempre digo para minha esposa, eu sou auto-regenerativo e não permaneço desmotivado por muito tempo. Pensei muito neste assunto e de repente e tive “Inside”, um momento de clareza onde pude encontrar a resposta, e vi que os seres humanos ainda têm solução, pois não são todos os seres humanos que pensam assim, na realidade, no começo da vida ninguém pensa assim, ou seja, os bebês não pensam assim, eles não que mais mamadeira do que o outro bebê, eles só querem saciar sua fome, e também não tentam falar ou andar para serem melhor que seus coleginhas e sim para serem iguais e poderem correr e brincar juntos em pé de igualdade.



Um outro exemplo são os artistas verdadeiros, que não se preocupam se sua obra será melhor ou pior que as obras de Van Gogh, Da Vinci ou qualquer outro famoso, eles fazem obras para se sentirem bem e expressar suas idéias, seus desejos, ou simplesmente para que suas obras causem reações em seus espectadores. Muitos pintores, escritores e demais pessoas ligadas ás artes sabem que muito provavelmente nunca serão reconhecidas, ou então, só serão reconhecidas depois de mortas, e mesmo assim não deixam de produzir obras, ou seja, não importa se eu vou ser famoso, ganhar prêmios ou ser reconhecido mundialmente, eu só quero produzir coisas novas.



Outra categoria que se destaca nesta área são os cientistas, que raramente realizam suas pesquisas visando lucro, um exemplo disto foi Einstein, que dava pouco ou quase nenhum valor ao que ele recebia, posso citar isto tendo em vista o fato de que em uma biografia sobre sua vida, que eu li pouco tempo atrás, existe uma passagem onde o autor mostra um lado despreocupado com o dinheiro, utilizando notas como marcador de livros.



Bom, para concluir, quero dizer que eu ainda acredito no ser humano, e tenho certeza que ainda existe uma chance de que num futuro próximo, todos sejam tratados de forma igual, deixando de lado todas as banalidades que fazem com que os seres humanos disputem e briguem entre si, tais como o dinheiro, o poder, a cor, as religiões mal utilizadas e mal interpretadas, a política, e tudo mais que possa gerar disputas e desconforto para os seres humanos, tirando-os do verdadeiro caminho, que é o de viver em paz buscando o bem da coletividade e fazendo com que todas as áreas do conhecimento sejam canalizadas para construir e não para destruir.
Autor: Mauro Gloria Junior


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