INTERAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DO ALUNO



FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS “SAGRADO CORAÇÃO”
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
RICARDO DE ANDRADE ALVES
INTERAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES
PARA A FORMAÇÃO DO ALUNO
LINHARES
2008
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RICARDO DE ANDRADE ALVES
INTERAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES
PARA A FORMAÇÃO DO ALUNO
Monografia apresentada ao curso de Ciências
Biológicas da Faculdade de Ciências Aplicadas
“Sagrado Coração”, como requisito parcial para
obtenção do grau de licenciado em Ciências
Biológicas.
Orientadora: Profª. MSc. Paula Mara Reis Ferraz
LINHARES
2008
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RICARDO DE ANDRADE ALVES
INTERAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA: CONTRIBUIÇÕES
PARA A FORMAÇÃO DA CRIANÇA
Monografia apresentada à Faculdade de Ciências Aplicadas “Sagrado Coração”,
como requisito parcial para obtenção do grau de licenciado em Ciências Biológicas.
Aprovado em 19 de novembro de 2008.
COMISSÃO EXAMINADORA:
___________________________________________
Profª Ms. Paula Mara dos Reis Ferraz
Faculdade de Ciências Aplicadas “Sagrado Coração”
Orientadora
___________________________________________
Profª Ms. Tatiana Stanisz Nunes
Faculdade de Ciências Aplicadas “Sagrado Coração”
___________________________________________
Profª Esp. Eliana Maria Perini Monti
Faculdade de Ciências Aplicadas “Sagrado Coração”.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente ao “Deus Eterno e Imortal”, pois sem Ele, nada
seria possível e não estaríamos aqui reunidos, desfrutando, juntos, destes
momentos que nos são tão importantes.
Em especial, a minha Pastora Lindaura Rodrigues Lopez, por sua atenção constante
orando por mim e pelos meus estudos, me dando credibilidade, aumentando a
minha fé e a esperança em meu coração e pelo mútuo aprendizado de vida, durante
nossa convivência, na Igreja Pentecostal Nova Jerusalém do Bairro Novo Horizonte.
Gratidão eterna!!!
A minha esposa Sandra Fernandes Marques Alves, por sua compreensão e pelo
apoio em todos os momentos desta importante etapa de minha vida.
Por fim, dedico este trabalho aos meus pais João Gregório Alves e Maria Dolores de
Andrade e a todos os meus irmãos – Maurício, Leopoldo e João Gregório Filho,
cunhadas e sobrinhos, pelo incentivo, cooperação e apoio; pois, além de terem me
acolhido durante todo o curso, compartilharam comigo os momentos de tristezas e
também de alegrias, nesta etapa que, com a graça de Deus, está sendo vencida.
5
AGRADECIMENTOS
À Sônia Maria dos Reis Pandolfi, Diretora da Escola Polivalente de Linhares I, por ter
aberto as portas da instituição para que assim eu fizesse a pesquisa para o trabalho
de TCC e aos amigos e professores desta instituição, Luiz Guilherme da Silva e
Valdíria que me apoiaram no caminhar da pesquisa e dos estágios.
Aos professores, especialmente à Paula Mara dos Reis Ferraz, à Eliana Maria Perini
Monti e à Izaura Pratissolli pela contribuição, dentro de suas áreas, para o
desenvolvimento de nossa monografia, e, principalmente pela dedicação e empenho
que demonstraram no decorrer de suas atividades.
À professora Tatiana Stanisz Nunes, Mestre em Ciências do Meio Ambiente que não
deixou que eu parasse de estudar, que me deu forças que se fizeram necessárias e
me possibilitaram um novo olhar para o futuro promissor que se descortinava.
Aos professores da Faculdade Pitágoras de Linhares e aos estudantes de Biologia,
pelo empenho e auxílio, num momento decisivo em nosso trabalho.
A todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram para que este trabalho
conseguisse atingir os objetivos propostos.
6
"A imaginação é mais importante que o conhecimento."
Albert Einstein
“A educação faz um povo fácil de ser liderado,
mas difícil de ser dirigido; fácil de ser governado,
mas impossível de ser escravizado”.
Henry Peter
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RESUMO
A relação família-escola é, hoje, tema em destaque na discussão sobre o alcance do
sucesso dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. A ausência dos pais às
reuniões pedagógicas pode ser um indicativo do pouco acompanhamento da vida
escolar das crianças por parte dos pais. Diante desse contexto, definiu-se como
objetivo geral dessa pesquisa argumentar teoricamente sobre a importância da
interação família e escola, e como objetivos específicos: analisar o papel da família
na educação dos filhos, enumerar os fatores que exercem maior influência na
interação entre a família e a escola, descrever o papel da escola no processo de
interação com a família e verificar como ocorre a interação entre a escola e a família
na E.E.E.F.M. “Polivalente de Linhares I”. Para a obtenção dos dados foi
desenvolvida uma pesquisa bibliográfica e um levantamento, por meio da aplicação
de questionários a um grupo de pais de alunos das séries finais do ensino
fundamental da E.E.E.F.M. “Polivalente de Linhares I”. Nos resultados foi constatado
que a importância da educação na vida de um cidadão, a responsabilidade familiar
de educar e cuidar dos filhos e a consciência dos efeitos positivos da presença
assídua da família na escola sobre o desempenho escolar dos filhos é consenso
entre as diferentes classes sociais e intelectuais da população estudada. Também
não foi verificado um grande desequilíbrio na relação entre família e escola
pesquisada, porém, uma parcela muito pequena demonstrou ter conhecimento do
Projeto Político Pedagógico da escola em questão. Sendo assim, conclui-se que a
sociedade necessita de uma parceria de sucesso entre a família e a escola, pois só
assim poderá, realmente, fazer uma educação de qualidade e que possa promover o
bem estar de todos.
Palavras-chave: Família. Escola. Interação.
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Perfil das famílias..................................................................................26
Gráfico 2 – Renda mensal.......................................................................................27
Gráfico 3 – Número de pessoas..............................................................................27
Gráfico 4 – Importância da educação na vida dos filhos ........................................ 28
Gráfico 5 – Responsabilidade da escola na educação dos filhos........................... 28
Gráfico 6 – Função da escola na vida dos filhos .................................................... 28
Gráfico 7 – Avaliação da participação do filho na escola ........................................29
Gráfico 8 – Expectativa dos pais em relação à formação dos filhos pela escola ....29
Gráfico 9 – Freqüência de visitas dos pais à escola ...............................................30
Gráfico 10 – Avaliação do diálogo entre a família e a escola..................................30
Gráfico 11 – Sensação durante diálogo com membros da escola ..........................31
Gráfico 12 – Recepção dos pais por parte da escola..............................................31
Gráfico 13 – Acompanhamento dos estudos dos filhos...........................................32
Gráfico 14 – Opinião sobre os efeitos da participação familiar junto à escola.........32
Gráfico 15 – Conhecimento sobre o Projeto Político Pedagógico da escola...........32
Gráfico 16 – Atividades a serem desenvolvidas para melhorar a integração entre
escola e família .......................................................................................................33
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................10
2 A FAMÍLIA E A EDUCAÇÃO DOS FILHOS..........................................................12
2.1 O PAPEL DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS ....................................16
3 A INTERAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA....................................................................17
3.1 IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA......................................17
3.2 FATORES QUE INFLUENCIAM A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA E O
RENDIMENTO ESCOLAR ......................................................................................20
3.3 O PAPEL DA ESCOLA NO PROCESSO DE INTERAÇÃO COM A FAMÍLIA...22
4 METODOLOGIA ..................................................................................................24
4.1 TIPO DE PESQUISA.........................................................................................24
4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA..............................................................................24
4.3 COLETA DOS DADOS......................................................................................25
4.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS........................................................25
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES.........................................................................26
6 CONCLUSÕES.......................................................................................................35
7 REFERÊNCIAS.......................................................................................................36
APÊNDICE.................................................................................................................38
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1 INTRODUÇÃO
A relação família-escola é, hoje, tema em destaque na discussão sobre o alcance do
sucesso dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. Freqüentemente, ouvese
dos professores que o apoio da família é essencial para o bom desempenho do
aluno. Porém, muitas vezes essa expectativa de ajuda torna-se fator de acusação,
atribuindo-se à família a responsabilidade pelo mau desempenho escolar da criança.
Os profissionais da escola acreditam, muitas vezes, que os alunos vão mal porque
suas famílias estão desestruturadas ou porque não se interessam pela vida escolar
da criança. A ausência dos pais às reuniões pedagógicas é um fato que vem
acontecendo muito no contexto escolar atual, o que pode ser um indicativo do pouco
acompanhamento da vida escolar das crianças por parte dos pais.
O baixo desempenho dos alunos, os cuidados com a criança em relação à
escolaridade e o não atendimento aos pedidos e expectativas da escola foram
algumas das questões que motivaram o desenvolvimento desta pesquisa.
No decorrer do processo educacional, depara-se com alguns aspectos que atrasam
a vida do aluno na escola. Dentre esses aspectos, optou-se por observar a influência
da família no processo ensino-aprendizagem. Assim, nesse estudo, pretende-se
analisar a família perante a escola e a necessidade de uma integração, pois supõese
que a questão familiar pode ser um dos fatores que influenciam o
desenvolvimento escolar de um aluno.
Hoje, mesmo não existindo mais um parâmetro de família como predominava até o
início do século passado, acredita-se que mesmo nas famílias compostas por
apenas duas pessoas, esse representante da família pode ser um personagem
importante na aprendizagem dos educandos.
A escola que, por sua vez, tinha o papel de ensinar o que o mundo do trabalho iria
cobrar ao indivíduo no futuro, passa a absorver também a função de educar para a
vida no que se referem aos aspectos sociais, morais, espirituais, entre outros. As
conseqüências desse acúmulo de funções são sentidas hoje pela escola, pois ela
passou a ser vista como uma instituição que ensina, que critica, passa sermões e faz
11
cobranças de organização e socialização que deveriam ser trabalhados em casa; daí
gera-se muitos conflitos.
Para sanar tais conflitos, é preciso criar uma parceria entre família e escola, para
que haja uma distribuição mais justa de responsabilidades na educação da criança.
Assim, cada um fazendo o seu papel, uma não sobrecarrega a outra. Mais do que
uma descentralização das funções, essa parceria ajuda pais e escola a falarem a
mesma linguagem, situando o indivíduo num mundo organizado em uma estrutura
que compõe a sociedade da qual ele também faz parte.
No presente trabalho pretendeu-se enumerar as vantagens dessa parceria, que
devido a sua importância pode ser a chave para muitos problemas enfrentados hoje
no sistema educacional. Diante disso, o principal objetivo deste trabalho foi
argumentar teoricamente sobre a importância da interação família e escola. Para
atingirmos tal objetivo, foi analisado o papel da família na educação dos filhos;
enumerado os fatores que exercem maior influência na interação entre a família e a
escola; descrevido o papel da escola no processo de interação com a família, e
verificado como ocorre a interação entre a escola e a família na E.E.E.F.M.
“Polivalente de Linhares I”.
Acredita-se que quanto mais a família participa, mais eficaz é o trabalho da escola,
pois dessa forma, cada um se dedicará às suas atribuições.
Para a obtenção dos dados foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica, por meio da
qual buscou-se informações teóricas principalmente em livros de autores renomados
da área como Vitor Henrique Paro (1992, 2007). Além disso, desenvolveu-se uma
pesquisa de campo, por meio da aplicação de questionários a um grupo de pais de
alunos das séries finais do ensino fundamental da E.E.E.F.M. “Polivalente de
Linhares I” com o objetivo de verificar como ocorre a interação família e escola
nessa instituição.
12
2 A FAMÍLIA E A EDUCAÇÃO DOS FILHOS
A pesquisa aqui descrita abrange estudos que abordam a interação família e escola.
Para iniciar é preciso citar algumas referências sobre a família, sua história e sua
condição atual. Para melhor localizar a perspectiva que aqui se adota, os termos
principais são a família, a criança e a escola.
Retomando a história social da infância e da família, Ariès (2006) assinala o caráter
histórico e cultural do modelo de família nuclear, que emergiu como socializadora
das crianças apenas a partir do século XVIII. Dessa forma, a visão contemporânea
de família, como algo natural na organização humana, é contrariada. Da mesma
forma que a visão de grande parte das escolas que toma tal estrutura familiar como
parâmetro de normalidade em nossa sociedade.
A partir da Revolução Industrial, as mães tendo de trabalhar para ajudar no sustento
da casa, raramente tinham a oportunidade de se dedicar inteiramente aos seus
filhos. A escola, que por sua vez, tinha o papel de ensinar o que o mundo do
trabalho iria cobrar ao indivíduo no futuro, passa a exercer também a função de
educar para a vida, e passou a agir com ensinamentos de filosofia, sociologia dentre
outros que eram passados pela família (ARIÈS, 2006).
Durante muito tempo, especialmente durante a Idade Média, a família era a única
fonte de aprendizagem da criança até tornar-se adulta, ter suas próprias
experiências e se tornar parte de outros segmentos da sociedade. Não só a própria
família, mas muitas vezes, outras famílias ficavam incumbidas da educação das
crianças, e as famílias faziam o que hoje a escola se propõe a fazer: educar para a
vida.
De acordo com Ariès (2006), uma forma muito comum na educação era o
aprendizado por meio da prática, e muitas vezes essa prática não apresentava
limites entre a profissão e a vida particular. O mesmo autor relata ainda que a
bagagem de conhecimentos, a experiência prática e o valor humano eram
transmitidos por meio do serviço doméstico.
13
A aprendizagem tinha como currículo a cultura que era passada de geração a
geração. Dessa forma, a aprendizagem era contextualizada e direcionada
especificamente a uma profissão ou aos serviços de cavaleiro. Como a educação da
criança poderia ser transferida a outra família ou à Igreja, perdia-se o vínculo familiar
entre pais e filhos. Assim, “a família era uma realidade moral e social, mais do que
sentimental” (ARIÈS, 2006).
Com o início da Idade Moderna, começam a aparecer as primeiras instituições
educacionais. Diante disso, os pais começaram a preocupar-se em ter os filhos mais
por perto e a cuidar mais de sua educação, o que antes era transferido a outra
família e isolava a criança totalmente do convívio com sua verdadeira família até a
proximidade de sua fase adulta. Com a educação escolar, a criança recebia a visita
dos pais e passava também as férias em convívio familiar, o que os aproximava
mais. Conforme afirma Ariès (2006, p. 159), “o clima sentimental era agora
completamente diferente, e mais próximo do nosso, como se a família moderna
tivesse nascido ao mesmo tempo em que a escola, ou ao menos, que o hábito geral
de educar as crianças na escola”.
Ao contrário do que acontece hoje, o crescimento do número de escolas fez com
que os pais se aproximassem mais dos filhos, devido às mesmas estarem mais
acessíveis, possibilitando assim, ver os filhos com mais freqüência. No entanto, no
decorrer dos séculos XVIII e XIX a disciplina escolar foi se tornando cada vez mais
rígida e foi sendo reforçado o regime de internado.
Ariès (2006) afirma que a instituição de ensino aprisionou a infância do aluno num
sistema cada vez mais arcaico e rígido durante os séculos XVIII e XIX resultando
numa espécie de internato. De modo geral, as regras impostas pela sociedade
restringiram a liberdade da criança que outrora desfrutava entre os adultos.
A criança passa a ser castigada, a escola tem toda a rigidez, principalmente por
separar a criança de seu contexto, ela vivia presa, muitas vezes, em regime de
internato e quando saía dali, ia para o convívio com a família. A família, por sua vez,
também fazia suas cobranças, estas impostas pela sociedade.
14
O que temos hoje é um reflexo dessas mudanças, nas novas concepções de
educação dos filhos, o que antes era feito entre famílias, passou a ser feito por uma
instituição. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a educação feita por outra
família isolava cada vez mais a criança de sua família biológica. A criança aprendia
de forma prática, fazia afazeres domésticos enquanto aprendia, praticava coisas
comuns do nosso cotidiano, mas sempre acompanhada pelo mestre que era
responsável por sua aprendizagem que era voltada para a vida.
A realidade atual fez com que as escolas absorvessem todas as funções que as
famílias educadoras exerciam, pois as funções familiares vão cada vez mais se
restringindo. O que se vê hoje é um quadro de crianças entregues a sua própria
sorte, pois os pais assumiram outras funções sociais e a escola sozinha não
consegue cumprir todo o processo educacional.
Ariès (2006) aborda mais uma função da família: a proteção. A sociedade, longe da
família, para quem não está preparado, pode ser muito desafiadora. A família deve
preparar o indivíduo para viver fora dela, ou seja, a família tem a função de educar
para a vida.
Nos período de instabilidade do poder público, a criança encontra na instituição
familiar o seu primeiro refúgio. Entretanto, assim que o Estado oferece condições
satisfatórias, a criança se liberta do regime familiar no qual sofreu alterações de
ordem política (DUBY, apud ARIÈS, 2006).
Segundo ainda este autor, até meados do século XV, o sentimento de família e
infância era ausente na vida cotidiana das pessoas. As crianças eram vistas como
"adultos em miniatura", havendo um único mundo para adultos e crianças, dando-se
a educação e as aprendizagens pela interação direta. Posteriormente, o sentimento
de infância começou a ser desenvolvido, primeiro transformando a criança em fonte
de distração para os adultos e, em seguida, pela preocupação moral dos
eclesiásticos e moralistas, defendendo os colégios como espaço para proteger e
ensinar as crianças.
15
Referindo-se, também, à concepção histórica da “família”, Bock, Furtado e Teixeira
(2002) afirmam que ela esteve intacta ao longo de milhares de anos, mas tem
mudado, e muito, nos últimos séculos, principalmente depois da liberalidade
feminina. Segundo esses autores, a estrutura de pai, mãe e filhos têm sofrido muitas
modificações advindas da modernidade, modificações estas que para muitos, não
lhe permitem mais o uso do termo “família”. Eles ainda citam exemplos muito
comuns em nossos dias, como a família de pais separados, ou filhos e cônjuges de
mais de uma união como em segundos casamentos, a união homossexual, entre
muitas outras que podem existir. Por outro lado, os autores ressaltam que nem
sempre essa mudança no conceito de família está ligada à sua estabilidade.
Haveria alguma influência dessas várias formas de considerar a família sobre a
conduta, o comportamento, a formação, enfim, influências sobre o aprendizado de
uma criança no âmbito escolar? A discussão sobre essa questão levantaria
dissensões sobre vários pontos de vista, sem dúvida.
Ainda conforme Bock, Furtado e Teixeira (2002, p. 254), "o vínculo, em seus
aspectos biológico, social e afetivo é condição para o crescimento e
desenvolvimento global da criança. Não há possibilidade de sobrevivência física e
psíquica no desamor". Percebe-se, portanto que numa relação familiar com ou sem
paradigmas, o importante é que o ser humano seja tratado como tal. Este fator é
imprescindível à formação de qualquer cidadão. Mas deve-se também considerar
que uma criança necessita, além de amor, do exemplo dos pais ou responsáveis. E
mesmo que não haja reflexos diretos e perceptíveis no seu processo de
aprendizado, a formação do caráter, a construção da índole seguirá potencialmente
esses exemplos.
Diante do pressuposto de que a família é a base das primeiras aprendizagens de
cada indivíduo, entende-se ser preciso valorizá-la e valorizar o que nela se aprende.
Apesar disso, entende-se que hoje, não só a família, a escola e a Igreja participam
da educação das crianças e jovens, mas a mídia e os meios de comunicação em
geral também dão sua contribuição, trazendo para a educação dos nossos tempos
uma homogeneidade de culturas e de ideologias.
16
2.1 O PAPEL DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
Gokhale (1980) defende que a família além de servir de base para a futura
sociedade, desempenha também papel fundamental na vida social do aluno. A
educação familiar bem fundamentada possui papel importante no desenvolvimento
do comportamento produtivo do discente.
Além de uma educação familiar bem fundamentada, Tiba (1996), defende a inserção
da escola na vida familiar do aluno. A família, por outro lado, deve proporcionar
atenção e carinho à criança e deve assegurar um ambiente agradável para que a
criança consiga de maneira satisfatória resolver seus deveres escolares.
Bartholo (2003) relata que as relações familiares implicam na integração que o aluno
apresenta com o processo ensino-aprendizagem, indagando que os pais são o
maior valor que pode vir a possibilitar o entendimento do indivíduo. Parolin completa:
Segundo Parolin (2003), a família tem o dever de estruturar o sujeito em sua
identificação, individuação e autonomia. Esse processo ocorre no cotidiano da
criança, no qual lhe são oferecidos carinho, atenção e dedicação para que possa
suprir suas necessidades, por meio da arte da convivência.
17
3 A INTERAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA
A participação da família no processo educacional tem sido intensamente explorada
por estudiosos nas últimas décadas. Muitos desses estudos tinham por principal
finalidade apontar os benefícios da integração família e escola e esclarecer como
pode ocorrer a participação dos pais. Maimoni e Bortone (2001) informam que as
pesquisas realizadas indicam que o envolvimento dos pais pode ocorrer de várias
maneiras, como segue:
- acompanhamento das tarefas e dos trabalhos escolares;
- estabelecimento de horários de estudo;
- acompanhamento do rendimento do aluno na escola;
- encorajamento ao desenvolvimento por meio do reforço aos esforços da própria
criança;
- participação na programação da escola, como atividades esportivas e
extracurriculares;
- auxílio ao filho adolescente na seleção de cursos, entre outros.
3.1 IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA
É cada vez mais difícil a distinção do certo ou errado na cabeça das crianças e
jovens. Isso acontece porque, enquanto os educadores medievais agiam com total
proteção da criança, ensinando-lhes tudo com situações do cotidiano, e depois a
escola assumiu essa função com a toda rigidez da época, hoje é cada vez mais raro
encontrar uma estrutura familiar favorável à educação da criança; além disso, a
sociedade lhe oferece outros atrativos que a afasta da família e vice-versa.
A família tem atributos diferentes a cada fase de seus membros. Dessa forma, deve
ter um direcionamento para o bebê, para a criança, para o púbere, para o
adolescente e para o adulto. Assim também, a escola deve direcionar suas
atribuições para cada fase, conforme ressaltam Bossa e Oliveira (1998, p. 170):
18
Da mesma forma que os indivíduos, que, no decorrer de sua existência,
passam por um ciclo de diferentes fases, cada qual com características
específicas, a Família e a Escola também passam por fases diversas em
função da idade de seus membros, os cuidados que necessitam, a estrutura
que melhor os atende... Assim, se o bebê, a criança, o púbere, o
adolescente tem diferentes características e necessidades, a família com
crianças pequenas púberes e adolescentes, jovens e adultos também têm
diferentes tarefas, expectativas e organizações para atender o
relacionamento em cada uma dessas fases. A escola, da mesma forma, tem
que cuidar desde o espaço físico ao professor contratado e às atividades
programadas para cada etapa do desenvolvimento dos alunos no decorrer
do ciclo vital.
A família enfrenta seus problemas para cada fase, assim como a escola também
enfrenta suas dificuldades diante de cada etapa da vida de seus alunos. Uma das
questões mais conflituosas que a escola enfrenta é o fracasso escolar e esse
problema, que por vezes é atribuído a muitos fatores, também é atribuído a
problemas familiares.
A criança, quando não é bem amparada pela família no sentido de educar, transmitir
conhecimentos, valores, cultura e servir-lhe como exemplo, pode ser influenciada
pelos seus grupos sociais. Muitas vezes é mais fácil seguir ao “seu grupo” de amigos
do que aos pais ou à escola. Com isso, a criança pode acabar apegando-se ao que
é mais fácil e atraente para seguir naquele momento, juntando-se, por exemplo, ao
grupo dos mais “bagunceiros” da escola, dos menos interessados em atividades
escolares, e que sempre estão envolvidos com problemas de indisciplina. Como
afirma Tiba, “atualmente, o contato social é muito precoce. Ainda sem completar a
educação familiar, a criança já está na escola. O ambiente social invade o familiar
não só pela escola, mas também pela televisão, internet, dentre outros” (2002, p.
178).
O que acontece atualmente é a inversão dos papéis: a família espera da escola uma
educação exemplar, uma educação completa, uma formação como acontecia na era
Medieval, quando os pais entregavam os filhos a outra família para educá-los ou
contratavam um mestre para que acompanhasse a criança a todo o momento
ensinando-lhe tudo o que fosse necessário para viver em sociedade, principalmente
bons modos e etiquetas sociais.
19
Segundo Tiba (2002), muitos pais culpam a escola pelo mau comportamento em
casa, dando a entender que quem educa é a escola. Na realidade, essa idéia é
errônea e não deve prevalecer, pois cabe aos pais a formação do caráter, da autoestima
e da personalidade da criança.
Entende-se que se cada um cumprir seu papel, um completa o outro, não serão
necessárias cobranças e não haverá uma sobrecarga nem da família e nem da
escola. Não apenas as duas entidades precisam definir-se, mas também é preciso
deixar bem claro para a criança a função de cada um para que ela possa buscar de
forma correta a ajuda para seus conflitos.
Tiba (2002) entende que se a união entre família e instituição de ensino for firmada
desde o início da vida escolar da criança, todos irão ganhar. O mesmo ressalta ainda
que, se a criança estiver bem, vai melhorar, e se precisar de ajuda para resolver
seus problemas, receberá tanto da escola quanto dos pais para solucioná-los.
Concordando com as concepções de Tiba (2002), Parolin (2003) coloca família e
escola como "instituições parceiras". Segundo ela, ambas carregam a função de
socialização, porém, esta tarefa seria diferentemente conduzida em cada uma, e
complementares perante a sociedade como um todo. Pois é essencial a fusão da
emoção, sentimentos e intuição advinda do “mundo subjetivo” que se adquire na
família, à razão, conhecimento e informação do mundo objetivo passado pela escola
em busca da sabedoria.
Reforçando os autores citados anteriormente, Lopez (2002) lembra que, em nossa
sociedade, os pais nunca deixaram de ser os responsáveis morais e legais sobre os
filhos, por mais que seja cada vez mais comum às crianças no mundo atual
começarem a freqüentar escolas antes mesmo dos dois anos de idade. E é
justamente por isso que a integração dessas instituições deve ser extremamente
íntima. Ainda segundo o mesmo autor, na educação dos filhos a família tem a função
de proporcionar suporte à atuação pedagógica, garantindo o cumprimento dos
deveres fora do corpo físico escolar, contribuição esta muito importante na formação
do cidadão.
20
Nogueira (1999) completa que a relação entre escola e família tem-se resumido à
comunicação de notas e freqüência escolar, e resultados de aprendizagem com a
solicitação de ajuda para resolver problemas disciplinares e financeiros, relação esta
que normalmente não inclui o respeito e reconhecimento dos pais como educadores
responsáveis por seus filhos. A autora ressalta ainda que a concepção de
comunidade escolar inclui todos os seus profissionais, alunos e respectivas famílias
em busca de um mesmo objetivo: a formação do cidadão.
Voltando ao comentário de Parolin (2003), anteriormente citado, escola e família são
instituições independentes, porém, nunca isoladas, e de atuação obrigatoriamente
conjunta. Nessa relação, nem sempre se poderá atribuir responsabilidades a uma
que exima a outra dessa mesma obrigação.
Diante disso, destaca-se que é de fundamental importância a integração dos pais
no sistema educacional, pois são eles que podem incentivar o melhor
aproveitamento educacional de seus filhos, e é através dessa parceria que a
instituição de ensino pode constituir uma aliança com forte embasamento (TIBA,
2002).
3.2 FATORES QUE INFLUENCIAM A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA E O
RENDIMENTO ESCOLAR
A interação da família no processo educacional dos filhos tem se mostrado cada vez
mais fundamental para seu desempenho escolar. Assim, a integração entre os pais e
a instituição de ensino tende a contribuir para uma estabilidade educacional do aluno
(CHECHIA; ANDRADE, 2002).
Referindo-se a essa questão, Paro afirma que “na mesma medida em que enfatizam
a importância e a necessidade de os pais participarem, em casa, da vida escolar de
seus filhos, os professores e funcionários, em geral, reclamam da falta dessa
participação” (2007, p. 39).
Carvalho (2000) ressalta que uma das tarefas que a família deve exercer na vida
21
estudantil dos filhos é justamente a de acompanhar seus estudos, e que essa
participação pode ser espontânea ou proposta pela própria instituição de ensino.
Após estudo realizado, Bhering e Blatchford (1999) apontaram que os pais
necessitam conhecer melhor o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, bem
como suas regras. O PPP de uma escola é um documento que representa um
referencial teórico-filosófico e político da mesma. Deve incluir estratégias e
propostas práticas de ação, além de aspirações e ideais da comunidade escolar.
Esse documento deve permitir que a escola faça suas escolhas sobre a melhor
forma de educar a todos. Por ter como princípio uma transformação ou uma
mudança da realidade educacional deve englobar os diversos segmentos da escola
de forma participativa, o que inclui os pais dos alunos.
Concordando com Bhering e Blatchford (1999), Paro (1992) defende que
conhecendo fatores relacionados à escola, é possível criar situações que possam
agir de maneira a aproximar a escola e a família.
Outro fator importante para a aproximação entre família e escola é o diálogo
(PARO, 2007). Para que o mesmo aconteça é necessário que os pais se sintam
respeitados, valorizados e tratados “de igual para igual” na escola dos filhos.
Referindo-se aos fatores que prejudicam o rendimento escolar dos alunos, Paro
(2007) destaca a falta de condições favoráveis para o estudo, principalmente nas
classes menos favorecidas. O mesmo relata ainda que nessas camadas sociais
podem ser evidenciadas situações bastante diversas, desde extrema precariedade
até realidades na qual a família oferece boas condições de trabalho. No entanto, na
atual situação das famílias menos favorecidas, é bastante possível que os casos em
que há ausência de situações adequadas aos estudos predominem amplamente.
Diante disso Paro ainda afirma que “a precariedade dos recursos e dos espaços
para o estudo no interior dos lares não deixa de ser uma realidade que dificulta o
trabalho estudantil das crianças e jovens (2007, p. 48).
Percebe-se, então, que famílias menos favorecidas financeiramente possuem uma
22
dificuldade muito maior em poder proporcionar aos filhos condições favoráveis de
estudo. Oliveira (2008) confirma essa constatação defendendo em seu artigo que o
fator condição social exerce fundamental influência no insucesso nos estudos por
parte dos alunos.
Outro fator apontado por Paro (2007) como prejudicial à integração família e escola
é a comunicação ineficiente. Em relação a isso, ele afirma que a comunicação
eficiente entre a família e a escola está muito distante da realidade atual, e que os
valores importantes no que diz respeito ao ensino ficam prejudicados nesse tipo de
relação. De acordo com o mesmo autor, a falta de iniciativa dos educadores contribui
de maneira significativa para este quadro. Para ele, os docentes deixam a desejar
nas atitudes, além de haver escassez de trabalho em conjunto com a família dos
alunos.
Paro (2007) relata que os docentes não têm iniciativa de trabalho junto à família do
aluno, e que esta também é carente de habilidade e incentivo para que os filhos
tenham bons hábitos escolares.
Entende-se que a precariedade de condições das classes menos favorecidas
economicamente influencia de maneira negativa no processo educacional, e que
isso aliado à falta de interesse do educador em re-socializar o aluno e de trazer a
família para dentro da escola, ajuda a potencializar ainda mais os problemas que
assolam o sistema educacional brasileiro.
3.3 O PAPEL DA ESCOLA NO PROCESSO DE INTERAÇÃO COM A FAMÍLIA
De acordo com Paro (1992), o entendimento de alguns fatores vitais da atuação da
comunidade na escola, levaria diversos profissionais ligados à educação a fomentar
idéias de como se aproximar da família, estreitando a relação entre ela e a escola.
Paro (1992) afirma ainda que a instituição de ensino deve usar todos os métodos de
aproximação direta com a família, pois dessa forma podem compartilhar informações
significativas em relação aos seus objetivos, recursos, problemas, além de questões
23
pedagógicas. Somente dessa maneira, os pais poderão participar efetivamente do
aumento do nível educacional, bem como do desenvolvimento de seu filho.
Depois de um estudo realizado com pais de alunos, Bhering e Blatchford (1999),
apontaram que os pais sentiam a necessidade de entender melhor sobre o
funcionamento escolar e, que ainda, as suas regras fossem mais conhecidas,
principalmente as de sala de aula.
Segundo Corsino (2003), a escola deveria ser aberta à sua integração com a família,
entretanto, salienta que essa deve ser realizada com regras pré-estabelecidas. Este
ainda relata que muitos pais lidam de maneira inadequada com várias situações
cotidianas da vida escolar de seus filhos. O mesmo autor diz ainda que é nesse
momento que a instituição de ensino se envolve como referência educativa.
Maimoni e Bortone (2001) apontam que a pesquisa sobre as famílias é o caminho
mais curto para aproximar a família da escola e, conseqüentemente, contribuir para
o sucesso escolar dos filhos, já que há muitos fatores que indicam que as causas
das dificuldades escolares estejam situadas na família. Portanto, esses autores
reforçam a idéia de que é necessário o acompanhamento das atividades escolares
dos filhos por parte dos pais.
Marini (2003), reforça que é necessário selecionar as particularidades de cada
família, pois esses dados englobam fatores importantes para que todas as partes
inseridas no processo educacional possam analisar corretamente suas atitudes no
objetivo de apresentar propostas educacionais coerentes com a realidade da
comunidade na qual estão inseridos os alunos.
Desse modo, Paro (2007) ressalva que a instituição escolar que prima pelo
conhecimento do aluno precisa ter presente a continuidade entre a educação familiar
e a escola, inovando maneiras de unir a família junto à escola no processo ensinoaprendizagem.
24
4 METODOLOGIA
4.1 TIPO DE PESQUISA
No que se refere aos objetivos, a presente pesquisa pode ser classificada como
descritiva, conforme Gil (1996). Tal classificação se justifica pelo o fato de serem
apresentados e descritos o papel da família e da escola na educação dos filhos e os
fatores que exercem maior influência na interação entre essas duas instituições.
Além disso, a pesquisa de campo procurou descrever a forma como ocorre a
interação entre a escola e a família na E.E.E.F.M. “Polivalente de Linhares I”.
Quanto aos procedimentos para coleta de informações, essa pesquisa classifica-se
como pesquisa bibliográfica, por meio da qual foram obtidas informações teóricas
em livros de autores renomados da área, periódicos especializados e outros tipos de
publicações. Também foi realizado um levantamento, através da aplicação de um
questionário que possibilitou fazer uma interrogação direta às pessoas cujas
informações se desejavam conhecer (GIL, 1996).
4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população a que se refere essa pesquisa são os pais dos alunos das séries finais
do ensino fundamental da E.E.E.F.M. “Polivalente de Linhares I”. Como são em
média 200 alunos do turno matutino (que está sendo observado pelo pesquisador) e
optou-se por aplicar a entrevista a um dos pais, a população total dessa pesquisa é
de aproximadamente 200 pessoas, o que corresponde a 100% dos pais dos alunos.
Considerando a dificuldade de receber os questionários distribuídos devidamente
respondidos e ainda visando obter uma amostra satisfatória, foram distribuídos 150
questionários entre alunos das 7ªs e 8ªs séries do turno matutino da E.E.E.F.M.
“Polivalente de Linhares I”.
25
4.3 COLETA DOS DADOS
Para obtenção das informações, foi aplicado um questionário estruturado com 17
perguntas fechadas, visando coletar das famílias dos alunos informações e opiniões
sobre os mais diversos fatores relacionados ao processo de interação da família com
a escola.
A pesquisa foi realizada no período de março a junho de 2008, inicialmente com 200
pais. Desse total, somente 80 devolveram os questionários respondidos,
representando 40% do total.
4.4 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS
A tabulação dos dados obtidos por meio dos questionários foi feita com o auxílio do
software Excel (modelo 97-2003), possibilitando a organização das informações
obtidas na pesquisa de campo em representações gráficas capazes de auxiliar os
possíveis leitores na interpretação dos resultados.
A análise dos dados, por sua vez, foi feita tomando como base a fundamentação
teórica apresentada nessa pesquisa que está descrita nas seções 2 (dois) e 3 (três)
desse trabalho.
26
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ao longo desta pesquisa, foram distribuídos 150 questionários contendo questões
fechadas. Desses, 80 foram respondidos e devolvidos para o levantamento dos
dados. As informações obtidas por meio desses questionários foram organizadas
estatisticamente em gráficos e estão listadas a seguir apresentando resultados
expressivos.
No que diz respeito à escolaridade dos pais dos alunos entrevistados, cerca de 40%
do total declarou possuir nível de escolaridade de 5ª a 8ª séries, seguido por pouco
mais de 31% de ensino médio e exatos 5% de pós-graduação. Por outro lado, 2,5%
dos pais nunca estudaram e pouco mais de 3,5% disseram ter apenas a
alfabetização, como demonstra o Gráfico1.
0
10
20
30
40
50
Nunca
estudei
Alfabetização
J e A
1º a 4º 5º a 8º Ens. Médio Ens.Superior Pós
graduação
Percentual
GRÁFICO 1 - PERFIL DAS FAMÍLIAS DOS ALUNOS
Em relação à renda familiar dos pais entrevistados, cerca de 45% possui renda entre
um e dois salários mínimos e apenas 5% possui renda familiar abaixo de um salário
mínimo (Gráfico 2). Do total de entrevistados, 55% revelaram que de quatro a cinco
pessoas sobrevivem da renda mencionada a seguir (Gráfico 3).
27
GRÁFICO 3 - NÚMERO DE PESSOAS
Em sua pesquisa, Paro (2007) relata que famílias menos favorecidas
financeiramente possuem uma dificuldade muito maior em poder proporcionar aos
filhos condições favoráveis de estudo, e que isso, muitas vezes pode implicar no
rendimento escolar da criança e até mesmo resultar em seu fracasso. Tiba (1996)
diz que a família deve assegurar um ambiente agradável para que a criança consiga
de maneira satisfatória resolver seus deveres escolares. Oliveira (2008) revela em
seu artigo que o fator condição social exerce fundamental influência no insucesso
nos estudos por parte dos alunos.
Os resultados da pesquisa demonstram que 50% dos entrevistados possuem renda
familiar de até dois salários mínimos e que 55% sustentam de quatro a cinco
pessoas com essa renda. Tomando como base os autores citados anteriormente,
deduz-se que a baixa condição financeira pode ser um fator prejudicial à interação
da família com a escola e, mais especificamente, ao rendimento escolar dos filhos
em mais da metade das famílias entrevistadas.
Quando perguntados se a educação possui importância na vida dos filhos, exatos
100% responderam de maneira positiva, ou seja, que sim (Gráfico 4), e mais de 97%
expressaram que além de cuidar, a família também tem o dever e a
responsabilidade de educar os filhos (Gráfico 5).
0
10
20
30
40
50
Menos de 1
salário
Entre 1 e 2 Entre 2 e 3 Mais de 3
Percentual
0
10
20
30
40
50
60
até 3 de 4 a 5 de 5 a 6 mais de 6
Percentual
GRÁFICO 2 – RENDA MENSAL DAS
FAMÍLIAS
28
Diversos autores, como Paro (2007), Tiba (2002) e Parolin (2003), afirmam que nem
a escola, nem a família sozinhas conseguem êxito na educação dos filhos, mas que
quando aliadas são muito mais fortes, e juntas proporcionam condições favoráveis
para que o aluno desenvolva-se bem em seu processo educacional.
Em relação à função da escola, 1/3 dos entrevistados respondeu que a cidadania é
o principal papel da escola. Por outro lado, pouco mais de 3% disseram que a escola
tem o dever de cuidar da criança. Atividades tradicionais realizadas pela escola,
como ler, escrever e calcular obtiveram 27% da opinião dos pais, como ilustra o
Gráfico 6.
0
10
20
30
40
cuidar ler, escrever
e calcular
profissão convívio cidadania outra
Percentual
GRÁFICO 6 - FUNÇÃO DA ESCOLA NA VIDA DOS FILHOS
No que se refere à participação dos filhos na escola, 65% dos entrevistados
disseram ser boa, e o restante, 35%, avaliaram como regular (Gráfico 7).
0
20
40
60
80
100
sim não ás vezes
Percentual
0
20
40
60
80
100
cuidar e ducar educar cuidar
Percentual
GRÁFICO 4 – IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO
NA VIDA DOS FILHOS
GRÁFICO 5 - RESPONSABILIDADE DA
ESCOLA NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
29
0
15
30
45
60
75
boa regular ruim
Percentual
GRÁFICO 7 - AVALIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO FILHO NA ESCOLA
Quando perguntados sobre a expectativa para a formação de seus filhos na escola,
mais de 51% dos pais disseram que esperam que a escola os prepare para a vida,
outros 44% esperam que a escola os prepare para o mercado de trabalho, ou seja,
preparo profissional, como pode ser observado no Gráfico 8.
0
15
30
45
60
preparo profissional preparo para a vida outra
Percentual
Este resultado reflete em parte o que Paro (2007) encontrou em sua pesquisa, na
qual relata que tanto profissionais da educação, como pais de alunos, acreditam que
a escola tem a função de preparar os alunos para conseguir um emprego, seja pela
qualificação, seja pela melhora da função profissional.
Um fator importante na interação entre a família e a escola é a freqüência de visitas
dos pais à escola. Sobre isso, mais de 62% responderam que sempre vão à escola,
outros 40% disseram que só vão a reuniões, e apenas pouco mais de 1% admitiram
que nunca vão à escola, como mostra o Gráfico a seguir.
GRÁFICO 8 - EXPECTATIVA DOS PAIS EM RELAÇÃO À FORMAÇÃO
DOS FILHOS PELA ESCOLA
30
0
15
30
45
60
75
não vai se houver
notas baixas
reuniões sempre outra
Percentual
GRÁFICO 9 - FREQÜÊNCIA DE VISITAS DOS PAIS À ESCOLA
Em relação a esta questão, Paro (2007) relata em sua pesquisa que os pais diziam
freqüentar a escola regularmente, mas que os profissionais da área educacional
reclamavam da ausência da família na escola, e que a realidade era bem diferente
do que a exposta pelos pais.
Outro importante fator nessa interação é o diálogo entre a família e a escola. Assim,
mais de 71% avaliaram esse diálogo como bom, o restante disse ser apenas regular
(Gráfico 10).
0
20
40
60
80
bom regular ruim
Percentual
GRÁFICO 10 - AVALIAÇÃO DO DIÁLOGO ENTRE A FAMÍLIA E A
ESCOLA
Em relação à sensação durante o diálogo dos pais com membros da escola, pouco
mais de 67% disseram sentir-se normal, e quase 31% responderam sentir-se muito
bem, como ilustra o Gráfico 11.
31
0
20
40
60
80
bem nomal com vergonha ou timidez
Percentual
Já sobre a recepção dos pais por parte da escola, pouco mais de 55% expressou ser
bem recepcionado, o restante dos entrevistados disse ser muito bem recebido na
escola, conforme pode ser observado no Gráfico abaixo.
0
10
20
30
40
50
60
muito bem bem mal com indiferença
Percentual
GRÁFICO 12 – RECEPÇÃO DOS PAIS POR PARTE DA ESCOLA
Sobre o acompanhamento dos estudos dos filhos, quase 42% dos entrevistados
disseram ajudar a estudar as lições escolares e outros 34% verificam a tarefa de
casa. No entanto, praticamente 14% disseram não terem tempo e quase 4%
admitiram não terem paciência para acompanharem os estudos dos filhos, como
expressa o Gráfico 13.
GRÁFICO 11 – SENSAÇÃO DURANTE DIÁLOGO COM MEMBROS DA
ESCOLA
32
0
10
20
30
40
50
sem tempo sem paciência verifica a tarefa
de casa
ajuda a
estudar as
lições
outro
Percentual
GRÁFICO 13 – ACOMPANHAMENTO DOS ESTUDOS DOS FILHOS
Carvalho (2000) ressalta que uma das tarefas que a família deve exercer na vida
estudantil dos filhos é justamente a de acompanhar seus estudos, e que essa
participação pode ser espontânea ou proposta pela própria instituição de ensino.
Quando questionados sobre os efeitos da participação da família junto à escola,
mais de 91% dos pais responderam de maneira positiva, ou seja, que sim. Em
contrapartida, pouco mais de 1% disseram que essa participação não possui efeito
nenhum (Gráfico 14).
0
20
40
60
80
100
sim comportamental talvez não
Percentual
Já em relação ao conhecimento sobre o projeto político pedagógico da escola, mais
de 41% admitiram não conhecer tal projeto, e 25% não sabem nem o que é o
projeto, outros 22,5% disseram conhecer mais ou menos e apenas 17,5%
responderam que conhecem o projeto pedagógico da escola, como demonstra o
Gráfico 15.
GRÁFICO 14 – OPINIÃO SOBRE OS EFEITOS DA PARTICIPAÇÃO
FAMILIAR JUNTO À ESCOLA
33
0
10
20
30
40
50
sim mais ou menos não não sabe o que é
Percentual
Após estudo realizado, Bhering e Blatchford (1999) apontaram que os pais
necessitam conhecer melhor o projeto pedagógico da escola, bem como suas
regras. Paro (1992) diz que conhecendo fatores relacionados à escola, é possível
criar situações que possam agir de maneira a aproximar a escola e a família.
Em relação às atividades a serem desenvolvidas para melhorar a integração entre a
escola e a família, 60% disseram que as reuniões de rendimento constituem a
melhor atividade de integração, outros 28% responderam que os encontros,
palestras e as oficinas são as atividades mais integradoras e apenas pouco mais de
11% escolheram as reuniões como sendo as atividades a serem desenvolvidos para
melhorar a integração entre a família e a escola conforme ilustra o Gráfico a seguir.
0
10
20
30
40
50
60
70
Reuniões:
rendimento
Reuniões: PPP Encontros,
palestras, oficinas
Reuniões: datas
especiais
PERCENTUAL
GRÁFICO 15 – CONHECIMENTO SOBRE O PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO DA ESCOLA
GRÁFICO 16 – ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS PARA
MELHORAR A INTEGRAÇÃO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA
34
Vários pesquisadores, como Paro (1992, 2007), Corsino (2003), Bhering e Blatchford
(1999), entre outros, afirmam que a instituição de ensino deve fomentar formas e
maneiras de inserir a família e a comunidade local dentro do contexto que a escola
atua. Essa atitude é muito importante para criar alianças entre essas duas
instituições que, se trabalharem em conjunto, podem obter resultados muito mais
satisfatórios do que separadas.
35
5 CONCLUSÕES
A família é essencial para o desenvolvimento do indivíduo, independente de sua
formação. É no meio familiar que o indivíduo tem seus primeiros contatos com o
mundo externo, com a linguagem, com a aprendizagem e aprende os primeiros
valores e hábitos. Tal convivência é fundamental para que a criança se insira no
meio escolar sem problemas de relacionamento disciplinar, entre ela e os outros.
Sobre o que se pôde observar dos dados obtidos nesta pesquisa e que foi o assunto
de algumas questões avaliadas é consenso entre as diferentes classes sociais e
intelectuais da população estudada: a importância da educação na vida de um
cidadão, a responsabilidade familiar de educar e cuidar dos filhos e a consciência
dos efeitos positivos da presença assídua da família na escola sobre o desempenho
escolar dos filhos.
O trabalho aparentemente, não demonstrou um grande desequilíbrio na relação
entre família e escola, porém, uma parcela muito pequena demonstrou ter
conhecimento do Projeto Político Pedagógico da escola em questão, o que poderia
ser citado como exemplo para se perceber que a participação dos pais no
crescimento escolar dos filhos não é tão ativa como se pensa que deveria ser.
Sendo assim, a sociedade necessita de uma parceria de sucesso entre a família e
a escola, pois só assim poderá, realmente, fazer uma educação de qualidade e
que possa promover o bem estar de todos.
Só assim se poderá alcançar uma sociedade coerente em que seus agentes
conheçam e cumpram seus papéis em todos os processos, sobretudo, no processo
educacional, sem deixar de lado o familiar e o social.
36
6 REFERÊNCIAS
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protagonistas sobre esta relação e o que propõem para as interações. Disponível
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37
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escolar e à educação especial. Disponível em:
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VEIGA, I. P. A. (Org.) Projeto político-pedagógico da escola: uma construção
possível. 23. ed. Campinas: Papirus, 2001.
38
APÊNDICES
39
APÊNDICE - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PAIS DOS ALUNOS DAS SÉRIES
FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA E.E.E.F.M. “POLIVALENTE DE
LINHARES I”
Senhores pais ou responsáveis,
Este questionário tem por objetivo auxiliar-nos na realização da pesquisa que aborda
os fatores que exercem maiores para integração família e escola nas séries finais do
Ensino Fundamental.
Para responder a ele, não é necessário que se identifiquem, porém, pedimos que
suas respostas sejam realmente verdadeiras.
Desde já, agradecemos.
Ricardo de Andrade Alves (pesquisador)
1 – Qual é o seu nível de escolaridade?
( ) Nunca estudei
( ) Alfabetização (Educação de Jovens e Adultos)
( ) Fundamental (1ª a 4ª)
( ) Fundamental (5ª a 8ª)
( ) Ensino Médio
( ) Ensino Superior
( ) Pós-graduação
2 – Qual é a renda mensal de sua família?
( ) Menos de um salário mínimo.
( ) Entre 1 e 2 salários mínimos.
( ) entre 2 e 3 salários mínimos.
( ) Mais de 3 salários mínimos.
3 – Quantas pessoas vivem dessa renda?
( ) até 3 pessoas
( ) de 4 a 5
( ) de 5 a 6
( ) Mais de 6
4 – Você considera a educação escolar importante?
( ) sim
( ) não
( ) às vezes
5 – Para você, quais são as responsabilidades da família na educação dos seus
filhos?
( ) cuidar
( ) educar
( ) cuidar e educar
40
6 – Para você, qual é a função da escola?
( ) cuidar das crianças
( ) Ensinar a ler, escrever e a fazer cálculos.
( ) Ensinar uma profissão
( ) Ensinar a conviver com outras pessoas
( ) Ensinar o exercício da cidadania
( ) outra:
7 – Como você avalia a participação de seu filho na escola?
( ) boa
( ) regular
( ) ruim
8 – O que você espera da escola para seu filho?
( ) Preparação profissional
( ) Preparação para a vida
( ) outro:
9 – Você vai à escola com qual freqüência?
( ) não costumo ir, porque não acho importante
( ) Só vou se as notas estiverem baixas
( ) Vou nas reuniões, quando sou chamado
( ) Vou sempre que posso, para saber se está tudo bem
( ) outro:
10 – Se vai à escola com freqüência, como você avalia o diálogo entre a escola e a
família?
( ) bom
( ) regular
( ) ruim
11 – Se você respondeu que não vai, qual a razão para não ir à escola?
( ) Não gosto
( ) Não acho importante
( ) Não gosto do(a) professor(a), coordenador(a), supervisor(a) e/ou diretor(a)
( ) Só escuto reclamações
( ) Não tenho tempo
( ) outro:
12 – Como você se sente ao falar com o(a) professor(a), coordenador(a),
supervisor(a) e/ou diretor(a) da escola?
( ) bem ( ) normal ( ) nervoso(a) ( )com vergonha ou timidez
13 – Como você é recebido quando vai à escola?
( ) muito bem ( ) normal ( ) mal ( ) com indiferença
14 – Como você tem acompanhado o estudo do seu(ua) filho(a)?
( ) Não tenho tempo para acompanhar
( ) Não tenho paciência
41
( ) Verifico a “tarefa de casa”
( ) Ajudo a estudar as lições
( ) outro:
15 – Você considera que a sua participação junto à escola pode melhorar o
desempenho e a aprendizagem de seu(ua) filho(a)?
( ) sim, acredito ( ) só o comportamento ( ) talvez ( ) não
16 – Você conhece o Projeto Político Pedagógico da escola que seu(ua) filho(a)
estuda?
( ) sim ( ) mais ou menos ( ) não ( ) não sei o que é
17 – Em sua opinião, que atividades poderiam ser desenvolvidas para melhorar a
integração entre a escola e a família? Numere por ordem de prioridade:
( ) Reuniões de pais para informar sobre a freqüência e rendimento dos alunos
( ) Reuniões para informar e discutir sobre o Projeto Político Pedagógico da escola
( ) Reuniões para comemorar datas especiais (dia das mães, natal, festa junina etc)
( ) Encontros para trocas de experiências, palestras e oficinas
( ) outras:
Autor: RICARDO DE ANDRADE ALVES


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