Tendências em Calçados Femininos - Outono Inverno 2009



Antes de abordarmos propriamente as tendências, vamos deixar claro que a idéia de calçados como acessórios, algo secundário é algo do passado, mesmo que um passado recente, mas é! Neste passado era muito comum, as consumidoras saírem às compras de seus calçados, após já terem comprado o vestuário, isto tanto é verdade que, em muitas ocasiões especiais estas escolhiam o tecido de seus vestidos e com este tecido, mandavam confeccionar seus calçados. Hoje isso praticamente não ocorre mais, salvo raras exceções. Passou a ser muito comum, encontrar consumidoras que após fazerem as compras de seus calçados, saiam ás compras do vestuário.

Diante desta realidade, não queremos dizer que os calçados estejam em um patamar de maior importância, mas sim, que eles caminham lado a lado com o vestuário, deixando como acessórios segundo a indústria coureira/calçadista as bolsas, cintos, carteiras, malas, pastas e outros.

Uma imensidão de tendências pode ser acompanhada nos lançamentos internacionais nos principais pólos mundiais da moda, isso sem dúvida foi um ótimo combustível e trouxe muitas inspirações aos nossos designers, que deverão surpreender o público feminino, devido às diversidades de estilos, ousadia e grande desenvoltura de suas criações.

No campo das cores para o inverno 2009, fica bem evidente a volta triunfal do preto, embora raramente tenha saído de cena nas coleções de inverno, mas desta vez, ele reaparece com força total, sendo que há muitas coleções ele não tinha tanta atenção dos holofotes. Mas sem dúvida alguma os acinzentados são as estrelas da estação, se não só, pelas suas aplicabilidades, mas também por suas vastas variações na paleta de cores. Ao lado do preto e acinzentados podemos ainda destacar alguns tons terrosos entre eles o marrom e o whisky (também chamados nesta estação de chocolate e tabaco). Não devemos nos esquecer dos profundos azuis, verdes, violetas e beges que também estarão presentes neste inverno, já em relação ás cores vibrantes como os amarelados, rosados e avermelhados, estes tons tem suas vibrações quebradas pelas misturas dos acinzentados e a mesclagem com o preto e em poucas vezes com o branco. Neste contexto vale lembrar que há algumas décadas, não admitia-se para o inverno outras cores a não ser, o preto e algumas variações do marrom, hoje dificilmente estes tons saem das paletas de cores, mas há sim uma inserção de cores vibrantes e mais variações, pois há uma crescente a procura por parte dos consumidores pelo diferencial, pelo inusitado e pelo belo, sem ser o exótico.

Ainda no campo das cores, as tonalidades perdem o brilho, uma vez que ganham forças os aspectos foscos, envelhecidos, desgastados ou mesmo o brilho encerado e escovado.

No quesito materiais, a grande vedete é sem dúvida alguma o couro com diversos acabamentos e texturas, utilizando-se destes acabamentos e texturas para alcançar diferentes efeitos em um mesmo calçado. Há muitos anos as texturas exóticas vêm conquistando o mercado nacional e com a chegada do inverno, estas ganham ainda mais força. Texturas como tilápia, elefante, enguia, lezard e principalmente os répteis, com destaque aos jacarés e crocos, que podem ter em sua textura bastantes variações e ainda as cobras que variam da textura tradicional à python, também será observado estampa de inspirada em animais entre eles o leopardo a e onça e ainda estampas em alto relevo. Os vernizes perdem espaço, mas não desaparecem totalmente, eles ainda são utilizados para quebrar o ar excessivo dos envelhecidos como as camurças, atanados e vegetais, as novidades entre os vernizes ficam a cargo do verniz degrade, verniz petróleo e o verniz croco. Os metalizados a exemplo dos vernizes também perdem espaço, porém a eles podem ser atribuídas algumas texturas como a tradicional cobra e python. Ainda na questão dos acabamentos nos couros podem ser encontrados efeitos como o laqueado, empoeirado, espelho, molhado e até brilhantes como perolizados.

Todos estes materiais e texturas seguem o rígido padrão de maciez e caimento exigidos pela estação.

Embora o couro seja a grande estrela da estação, os tecidos também estão em alta, com efeitos desgastados, pied-poule, densos e leves, com estruturas frágeis ou brilho encerado, o xadrez ainda poderá ser encontrado. Nos forros e palmilhas dos calçados poderão ser encontrados jacquards, estampados em cores constantes, ou ainda dublados com desenhos diversificados e de apelo requintado, também com motivos florais aquarelados, animal print, além de forros com efeitos de corrosão.

Dentre os tecidos o destaque fica com o cetim.

Tradicionalmente o inverno requer modelos abotinados, uma vez que intenção é proteger contra o frio, logo as botas ganham destaque e seus canos variações nas alturas, porém com um visual mais clean do que em coleções passadas, modelos como scarpin, sandálias-botas ou botas abertas, sapatilhas ballerinas e os sapatos bonecas serão certamente encontrados neste inverno.

As formas estão mais curtas e com bicos arredondados, embora o bico fino ainda demonstre sua força ele está mais curto.

Os saltos tendem a ganhar volumes, em certos casos volumes exagerados adquirindo um visual pesado, os saltos finos não saem de cena, estes podem ser encontrados em modelos com altura superior a 7 ou 8 centímetros. Detalhes inesperados como alto relevo, ou estrutura diferenciada valorizam os modelos.

Na utilização do salto podemos classificá-los em 3 categorias:
•Clássica/Elegante – Salto alto, fino ou meio fino;
•Casual – Salto alto ou médio, volume maior;
•Esporte/Tecnológico – Pouco ou quase nenhum salto.

Nos solados poderemos encontrar estampas mais requintadas, lembrando até efeitos piead-poule, ou com toque especial de impressões, desenhos em relevo e imagens que dão um caráter exclusivo aos produtos.

O quesito enfeites fica representado pelos metais, metais estes que nunca deixaram as coleções de calçados com as fivelas, ilhoses, passadores, zíperes e outros, tradicionalmente os metais são mais empregados nas coleções de inverno, o que realmente muda de coleção para coleção é a intensidade do seu emprego, seus banhos, tamanhos e formas. Com a tendência cada vez maior de tornar o calçado um produto nobre, os metais também sofrem uma grade transformação, pois há uma necessidade de torná-los bijuterias finas, ou até mesmo em semi-jóias. Os metais podem variar de tamanhos entre os grandes, médios e pequenos, mas como peças únicas e devem ser aplicados de forma discreta, em alguns casos, podem ser forrados tornado-os ainda mais discreto e criando uma mescla com o cabedal. O ouro e níquel são os banhos em destaques geralmente foscos, já o prata perde força e aparece apenas com os tons acinzentados, os banhos escurecidos também têm seus espaços assegurados. As formas cada vez mais geométricas principalmente arredondadas podem conter texturas em relevos com motivos arabescos ou texturas inesperadas, as formas retas ganham banhos ultra polidos.

Outros ornamentos e adornos poderão ser encontrados como: Bordados aprimorados com canutilhos, miçangas, vidrilhos, cristais, pérolas e pedrarias rebuscadas, além de uso de resina.
Autor: Fábio Marcelo Espíndula


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