Custo Do Vapor Em Agroindústria



CUSTO DO VAPOR EM AGROINDÚSTRIA

Krishnamurti Simon Evaristo[1]

Reginaldo Santana Figueiredo[2]

O vapor em uma planta industrial é responsável pela transmissão de calor para os processos em que é exigido aquecimento.

A geração de energia térmica, em forma de vapor, está associada à uma fonte de energia química através da reação de combustão. Para tanto são necessários combustíveis oriundos de diversas formas como os fósseis (óleo combustível – O.C., gás GLP, gás natural – GN) ou as biomassas (bagaço de cana, lenha em tora, cavaco de lenha), entre outras que fazem parte de uma matriz energética.

A caldeira, que é o equipamento responsável pela geração do vapor, tem o consumo de combustível em função de três variáveis, a pressão de geração do vapor, a temperatura da água de alimentação e o rendimento térmico. Este último representa a eficiência do equipamento na geração de energia térmica (vapor).

A determinação do custo do vapor envolve uma série de variáveis que se comportam de maneira aleatória ou estocástica, para tanto foi desenvolvido um modelo de simulação que trata a maior parte das variáveis, de maneira probabilística, simulando diversos cenários do custo do vapor.

O modelo de simulação tem como objetivo auxiliar a indústria na definição do custo do vapor e em tomadas de decisões relacionadas ao seu processo de geração. Lançando mão de uma metodologia chamada System Dynamics e baseado em dados de uma agroindústria de atomatados, foi desenvolvido um modelo estocástico de apuração do custo do vapor, uma poderosa ferramenta para gestores e gerentes de qualquer tipo de indústria que consuma vapor.

O modelo de simulação, apresentado no esquema 1, é composto por quatro módulos: o módulo "demandador de vapor", o módulo "matriz energética", o módulo "ofertador de vapor" e o módulo "financeiro".


Esquema 1: Estrutura do modelo de simulação do sistema de custeio do vapor saturado.

Os resultados apresentados aqui são frutos da pesquisa desenvolvida dentro de uma agroindústria de automatizados do Estado de Goiás que serviu de suporte para desenvolvimento da dissertação de mestrado em Agronegócios do programa de pós-graduação da Universidade Federal de Goiás – UFG, defendida em 31 de março de 2006.

A agroindústria em questão tem em sua matriz energética uma combinação (mix) de fontes energéticas composto por, aproximadamente, 54% de bagaço de cana, 35% de cavaco de lenha, 7% de lenha em tora e 4 % de óleo combustível, tomado neste estudo como padrão.

Foram escolhidos três cenários distintos para análises. Cada cenário foi simulado levando em conta os períodos "ano-inteiro", "entressafra" e "safra", e diferentes combinação apresentadas a seguir:

a)Cenário 1: com o mix de fontes energéticas padrão e rendimento térmico da caldeira em 68% nos períodos;

b)Cenário 2: com o mix de fontes energéticas padrão e rendimento térmico da caldeira em 80% nos períodos; e

c)Cenário 3: 100% com óleo combustível e rendimento térmico da caldeira em 80% nos períodos;

A tabela 1 apresenta os custos médios e seus respectivos desvios padrões obtidos pela simulação do modelo levando em conta os três cenários.

Tabela 1 Médias e desvios padrões, do custo total do vapor em R$ por tonelada, de três cenários, em períodos diferentes do sistema de custeio de vapor de uma agroindústria de atomatados do estado de Goiás.


Autor: Krishnamurti Simon Evaristo


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