A Chave Linguística



Chave Lingüística

Língua Portuguesa, Língua Sagrada!


Entre as sete, a Língua sem qualquer sombra de dúvida é umas das chaves que ao primeiro contato pode parecer que nem encerra em si tantos mistérios assim. A Língua é também de domínio público de um povo, de modo que muitos se acham conhecedores da Língua, já que a falam. Raciocinam que, se a falam, a dominam; se a dominam, logo, conhecem seus segredos; se conhecem seus segredos, conseqüentemente entendem da arte e da ciência denominada ‘Língua’!


Os estudos lingüísticos, falando de modo genérico, contém muitas variantes nos dias correntes. Não se pode absolutamente conhecê-la totalmente devido à vastidão de estudos e linhas de pesquisas as mais diversas. Existem estudos muito interessantes sobre aspectos lingüísticos, outros que respeitam o regionalismo, o falar popular, outros que não os aceitam e consideram apenas a norma culta como "a correta", há inclusive desde os estudos mais estrambóticos, exóticos, curiosos, intrigantes, complexos e outros simples porém profundos e uma infinidade de visões – algumas concordantes, outras nem tanto.


Assim como somente uma pessoa capacitada em Medicina poderia ou deveria outorgar conselhos de ordem médica, sugerir interferências, participar de discussões médicas, da mesma forma, um advogado faria em sua área. Um evento grave, que acaba por colocar em risco a instituição ‘Língua’, por razões citadas acima e outras mais como as de presunção do homem culto porém não-lingüista (portanto não apto a fazer interferências, outorgar o que não é de sua área nem competência e não devendo assim sequer participar de discussões fora de seu âmbito) é o fato de qualquer pessoa querer dar palpite sobre a Língua, como se dissesse "a língua é nossa, é do povo!". Obviamente a língua é do povo, mas isso não significa que qualquer pessoa sem conhecimentos profundos recomendem qualquer tipo de interferência por pura opinião sem fundamentos sólidos e cientificamente sérios, baseados numa metodologia lógica, racional, mas sob o amparo de muita pesquisa de campo. Acontece que até mesmo os gramáticos discordam num ponto ou outro, por vezes lançam ilações contraditórias umas com as outras: os Doutores da Língua parecem muitas vezes não se entenderem.


Um consenso, no entanto, parece-nos cada vez mais se nos apresentar diante de nossas vistas: ninguém duvida hoje em dia que se fazem necessários mais estudos, de maior profundidade das Línguas nos meios acadêmicos, sejam estudos lingüísticos, sejam gramaticais, sejam da Teoria do Discurso, Literários, Dialéticos, estudos textuais ou outros; que hoje não se mexe simplesmente na nossa Sagrada Língua, mesmo porque há um acordo internacional entre os países de Língua Portuguesa; que opinião teremos na mesma proporção em que no Brasil temos ‘técnicos’ da Seleção Brasileira de Futebol, ou seja, quase duzentos milhões! O consenso? Bom, por ter vencido muitos obstáculos em toda sua história, ter sabido ser flexível, e adotar todos os falares do Brasil e dos demais países de Língua Portuguesa, ter sabido se adaptar bem às mudanças do tempo, influências de outras línguas estrangeiras (várias, por assim dizer!), a Língua de Camões, de Pessoa, de Guimarães e de Jinas Renomados, assim como de Mestres da envergadura de Machado de Assis, José de Alencar, Saramago e inúmeros outros, citados inclusive pelo Professor José Henrique de Souza, sobretudo em várias CR’s, podemos finalmente afirmar: Nossa Sagrada Língua é Vitoriosa!!!


Prof. Rogério Turgante
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Autor: Rogerio Turgante


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