A Montanha Secreta
Paz do Interior daquela Montanha.
Minha singela mensagem de Natal para o povo Cristão, e para os não cristãos, enfim, a todos que desejam um mundo melhor, mas que não só ficam no desejo, preferindo buscar seus caminhos (Tao, em chinês), na busca incessante de Paz, de algum alento, de se superar, de ser melhor... enfim, envio esses votos a todos, ateus, religiosos, seja quem você seja, você merecerá um bom caminho no ano seguinte se assim lutar por fazer sua parte, plantando sua árvore para colher seus frutos e ainda ter pra distribuir a quem desejar...
Reproduzo abaixo uma pequena história contida num dos livros mais sábios já escritos, Tao Te King, de Lao Tzu. Ao fim do mesmo, encontra-se uma bela história que fala de caminho, de um bom caminho... ou seja, seria bom que os homens cultivassem a mente em harmonia com Deus para perscrutar em seus labirintos o que há de verdadeiro em certos caminhos... A seguinte história, dizem, é verdadeira; há alguns que dizem ser lenda, o que pensa o nobre leitor sobre a mesma?
A Fonte do Bosque de Pessegueiros Floridos
Vivia outrora em Wuling, nos tempos de Tai Yüan, um pescador. Havia ali um rio. Navegando-o na direção da nascente, o pescador sabia se havia ido muito longe ou não quando deparou com um bosque todo iluminado por flores de pessegueiro, que ladeavam as margens do rio, numa extensão de umas boas centenas e passos. Não havia outras árvores; só um belo capim cheiroso e fresco, onde se amontoavam as pétalas das flores dos pessegueiros. O pescador se admirou muito disso e foi ainda mais longe, porque desejava saber onde era o fim do bosque. Na orla deste, porém, havia uma montanha de onde brotava um rio; e havia também uma estreita paisagem para o interior da montanha, que parecia envolta em luz.
Penetrou nela com dificuldade, mas, poucos passos adiante, a passagem se tornou ampla e luminosa e uma paisagem se estendia ao longe. Cabanas e casas muito limpas levantavam-se no meio de boas glebas de terra entre belos espelhos de água rasa. Caminhos se entrecruzavam e havia todos os tipos de bambus e muitas amoreiras. De uma aldeia para a outra os cães e as galinhas dialogavam. Homens e mulheres semeavam os campos, como nós fazemos; crianças e anciões viviam satisfeitos e felizes em seus afazeres. Admiravam-se ao ver o pescador e o interrogaram. Depois que ele falou, convidaram-no a permanecer com eles e ofereceram-lhe vinho e prepararam galinhas para ele comer. Na aldeia, todos ouviram falar disso e vieram para fazer perguntas, e eles próprios contaram que outrora, nos tempos agitados de Tsin Chïn Huang, seus haviam emigrado com mulheres para lá e que, desde então, ninguém mais havia saído e, por isso, nada sabiam a respeito dos homens de fora. Perguntaram quem era o rei, mas não conheciam a dinastia dos Han, e menos ainda a dos We e dos Tsin. O pescador deu-lhes notícias de tudo quanto sabia e eles eram todo ouvidos. Desse modo, passaram-se vários dias, o pescador sendo tratado como convidado e hóspede e alimentado com vinho e comida. Depois, na hora da despedida, eles acharam que não valeria a pena contar algo do que vira às pessoas de fora...
O pescador saiu, tomou o barco para voltar para casa; porém, antes, gravou bem na memória todos os pontos de referência à sua volta. Na capital do distrito, contou tudo honestamente ao mandarim e este manou mensageiros à procura do que ele havia descrito. Estes, no entanto, se perderam e não acharam o caminho...
Conta-se que Liu Tsï Ki, sábio originário do sul, cheio de ânimo, reiniciou a busca. Antes, porém, de ver o sucesso de sua jornada, adoeceu e morreu. Desde então ninguém mais tem perguntado pelo caminho.
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Como percebeu o nobre leitor, há certas mistérios que ainda ninguém explica, mas sei de uma coisa: um bom caminho certamente leva a uma Paz Interior indescritível...
Que você possa encontrá-la! Para além do bosque dos pessegueiros! Um dia....
Bibliografia: Tao-te King, de Lao-Tzu, Editora Pensamento
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Abaixo um texto de um que talvez tenha encontrado tal Tao...
Prof. Rogério Turgante
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Para estudos eubióticos e maçônicos: www.eubiose.com.br
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Autor: Rogerio Turgante
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