Copiadores de idéias



De que me adianta visitar o site X para ler a mesma notícia que foi publicada no site Y? Ah... Mas, estou sendo injusta, afinal, no site Y foi postada por outra pessoa. Quanta originalidade! Sem contar o fato dos direitos autorais, estes completamente negligenciados, mas tudo bem...Tudo bem uma ova!

Desculpe, leitor, porém creio que as pessoas precisam voltar a ter suas próprias idéias. Não dá pra viver como se fosse na novela, em que as pessoas entram gritando num escritório, transam em cima da mesa de reunião e, dissimuladas, tramam tomar a presidência da empresa. Sim, já ia me esquecendo: todo mundo loirinho e na moda, é claro.

Gente, o negócio é sério. Durante toda a minha trajetória profissional, nunca vi tanto desrespeito ao conhecimento alheio como nos dias de hoje. Tem gente que parece zumbi, copia e cola um punhado de caracteres sem ao menos compreender o discurso do texto que subtraiu. Falta de estrutura cognitiva, auto-sabotagem ou ingenuidade?

Indignação? Não, já passei dessa fase. Sou educadora, e o que realmente me importa não é a questão da propriedade intelectual propriamente dita, afinal a informação deve circular. O grande problema está no empobrecimento relativo à capacidade do indivíduo em transmitir algum valor real para o ambiente em que interage.

Antigamente, quando tínhamos alguma dificuldade, como escrever, por exemplo, o que fazíamos? Buscávamos ajuda. Aprendíamos.

O mais cabalístico é que não estamos falando de pessoas desinformadas, não. São gestores de empresas que passam aos seus subordinados um amontoado de informações sem estabelecer critérios de veracidade e aplicabilidade.
Daí o subordinado segura a folha de papel de diz: “O que isto tem haver com nosso trabalho mesmo? Acho que o chefe é quem deveria ler isto”.

Pera aí. Será que o chefe leu antes de distribuir?

Comunicar é socializar. Não é apenas passar uma informação adiante, mas explicar no que esta pode ser útil dentro do nosso contexto e, sobretudo, beber de uma fonte da qual, no mínimo, respeitamos o autor.
Autor: Débora Martins


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