Gestão do Conhecimento



Não há substituto para o conhecimento (E. Deming)

Gestão estruturação e orientação dos recursos da organização para alcançar os objetivos envolvendo planejamento, execução, controle e ações corretivas (PDCA); direcionando as pessoas e os recursos para agregar valor aos produtos / serviços e obter resultados.

A Gestão do Conhecimento (GC) é o meio de estruturar e orientar as ações na obtenção dos resultados que se transformarão em vantagem competitiva através de processos, iniciativas de capitalizar a informação e dar suporte ao acesso, aquisição, seleção, criação, organização, aprimoramento, compartilhamento e uso do conhecimento que uma organização tem de si e de seu entorno.

Toda organização é composta por um conjunto de capitais que formam seu patrimônio, alguns tangíveis e outros intangíveis e como estamos na era do conhecimento o patrimônio mais importante da organização é o capital intelectual, que consiste para Brooking (1996, p. 13), “...de quatro tipos de ativos: a) ativos de mercado, onde se incluem marcas, clientes, canais de distribuição e colaborações nos negócios; b) ativos de propriedade intelectual, que incluem patentes, copyrights, designs, segredos industriais e comerciais; c) ativos humanos, compreendendo educação e conhecimento relacionado às atividades, competências, expertise, habilidade para resolver problemas; e d) ativos de infraestrutura, incluindo-se nesse grupo os processos, as tecnologias e metodologias, como sistemas de informação, cultura, métodos gerenciais e redes de comunicação.

A Gestão do conhecimento é um imenso guarda-chuva de processos dirigidos à obtenção e uso de informações relevantes ao negócio da organização, a saber::
• Gestão da Informação:
• operacional – informações geradas a partir da cadeia de negócios (SCM, CRM, ERP)
• administrativa e gerencial – informações de comandos que transitam no sentido vertical descendente da hierarquia e informações de resultados no sentido vertical ascendente.
• ambiental: - informações do entorno que influencia ou afeta a organização (inteligência empresarial).

De uma forma geral, sabe-se que a gestão do conhecimento materializa-se nas organizações através da introdução de processos e práticas cujas fontes de captação, organização e difusão do conhecimento são amplas e variadas: na área de pesquisa e desenvolvimento (P&D), aprendizado através de joint ventures, benchmarking, treinamento, contratação de funcionários-chaves, portais corporativos, e-learning, comunidades de prática, fornecedores, revistas especializadas, brainstorming, coaching e mentoring. Tais fontes de aprendizado variam de acordo com a indústria, com tecnologia empregada, os ciclos de vida dos produtos e as estratégias empresariais.

A Gestão de Conteúdo é um dos pilares da Gestão do Conhecimento consistindo das etapas: a) Mapear o conhecimento organizacional - a primeira e uma das mais importantes etapas da CG é justamente identificar e mapear o mesmo, b) Documentar o conhecimento organizacional: Tão importante quanto mapear e entender a dinâmica do conhecimento é criar mecanismos para sua democratização.

A pratica na gestão do conhecimento produz ganhos em redução de custos e aumento da produtividade (eficiência), aprimoramento no atendimento ao mercado (eficácia), rapidez na inovação e melhora do clima organizacional (efetividade).

Enfim, a GC é a sistematização da aquisição, transformação e compartilhamento do conhecimento pela organização a partir dos seguintes passos: a) Entender a dinâmica do conhecimento na organização: o conhecimento é gerado e disseminado em diferentes maneiras em diferentes organizações, sendo crucial o entendimento de sua dinâmica na organização; b) Criar agentes multiplicadores: mais importante do que ter o conhecimento é necessário dissemina-lo de maneira objetiva e organizada e sistematizada. C) Rever e atualizar conceitos: o conhecimento evolui com experiência e tempo, portanto a organização deve rever e atualizar os conceitos e o conhecimento periodicamente. Na era do conhecimento, nada mais lógico que “ele” revista-se no principal ativo da organização, infelizmente “a ciência avança em conhecimentos mais rapidamente do que a sociedade ganha em sabedoria” (Isaac Azimov) e, sendo a organização um organismo social, precisamos estimulá-lo de forma planejada, elaborada e intencional. Seu núcleo é a geração, codificação (para torná-lo acessível a todos ou a um grupo definido), apropriação e disseminação do conhecimento.

Edvinsson e Malone (1998, p. 38) relatam que no ambiente organizacional da Skandia AFS, que foi instituída em setembro de 1991, a função corporativa de diretor de Capital Intelectual, tinha como missão “incentivar o crescimento e desenvolver o Capital Intelectual da empresa como um valor visível e permanente que complementasse o balanço patrimonial”, pois bem “o Capital Intelectual é a posse de conhecimento, experiência aplicada, tecnologia organizacional, relacionamento com clientes e habilidades profissionais que proporcionem a Skandia AFS uma vantagem competitiva no mercado” (EDVINSSON e MALONE, 1998, p. 40). Essa função deveria, também, forjar um elo entre outras funções na empresa, tais como desenvolvimento de negócios, recursos humanos, sistemas informatizados e, durante o processo, desenvolver novos instrumentos para avaliação e medição, bem como implementar novos programas para acelerar a disseminação do conhecimento na organização, tudo sobre o guarda-chuva da Gestão do Conhecimento.

Para finalizar, um pensamento de Larry Prusak e Tom Davenport, dois dos mais respeitados pensadores da gestão do conhecimento: “Como uma organização pode efetivamente transferir o conhecimento? A melhor resposta é: contratar pessoas perspicazes e deixar que elas conversem entre si. Infelizmente, a segunda parte deste conselho é a mais difícil. Quase sempre as organizações contratam pessoas brilhantes e as sobrecarregam de tarefas que lhes deixam pouco tempo para pensar, e nenhum para conversar”.
IVMMIX
Autor: Wagner Herrera


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