O VÍCIO DO PODER



O VÍCIO DO PODER

Aprendemos que: “se bem observares em torno de ti, perceberás que são muitos os teus semelhantes que, acicatados pela personalidade enodoada negativamente, desde que te tomem desprevenido”, mas os mais espertos diriam: estamos de olhos esbugalhados. Devemos, no entanto, no momento atual em que a nação passa por crises de diversos matizes, desde a moral até a financeira, ficarmos alertados, do que poderá vir como canga para os mais fracos e oprimidos. É triste sentirmos na pele a especulação de determinados seres humanos que só pensam na locupletação. Não vislumbramos dias melhores para a nação que nos acolheu como filhos, pois o aguilhão está acumpliciado com o poder, isto é a vontade ferrenha por posições de destaque na política, e em outros setores da vida. Somente com a visão imantadora nos reais, dólares, euros, em contrapartida aumentar sem escolho o patrimônio sem proporções e medidas. A miséria, a fome, o desemprego aumentam com o passar dos minutos e o badalar do carrilhão. O poder torna as pessoas estúpidas, muito poder, torna-as estupidíssimas. (R. Kurz). O psicanalista J. Lacan observou que a partir do momento em que alguém se vê "rei", ele muda sua personalidade. Um cidadão qualquer quando sobe ao poder, altera seu psiquismo. Seu olhar sobre os outros será diferente; admita ou não ele olhará "de cima" os seus "governados", os "comandados", os "coordenados", enfim, os demais.

Crianças cheirando cola, fumando crack e se prostituindo para conseguir alguns trocados para saciar a fome, e tentar ajudar os familiares que as esperam. O teatro de operação da política nacional não muda, as caras são as mesmas e os ideais são verdadeiros tusinames com ações deletérias e prejudiciais ao ser humano. Dizem que no jogo do bicho só existem dois. A águia que é o bicheiro e o burro, aquele joga. A Caixa Econômica Federal com suas loterias e jogos - não passa de uma verdadeira máquina de fazer dinheiro e de brincar com a ilusão dos que pensam em ficar ricos da noite para o dia. E ainda explora os mutuários com a ilusão da “casa própria”. Sabemos do pagamento da primeira prestação, mas a última, só Deus. Os medianeiros são poucos, tanto na Câmara dos deputados, como no Senado Federal. Fazem parte deste rol, deste écran políticos ricos e os que entram pobre na fazenda de muitas vacas leiteiras e saem ricos. A Receita Federal precisa agir, pois funcionários públicos que pagam impostos de renda não deveriam, visto que recebem salários. Empresários, banqueiros e políticos estes sim auferem rendas.


Os irmãos Eliana Tranchesi e Antônio de Albuquerque, sócios da Daslu, foram condenados a 94 anos de prisão por sonegação de impostos. Eliana está "inconformada pela injustiça". Já o procurador da República Matheus Magnani comemora que "Justiça esteja atingindo os fidalgos.” Será que uma pessoa desse naipe pode ser considerada fidalga e o que diríamos dos políticos corruptos e aqueles que usam o poder para locupletação e não são alcançados pelo braço curto da justiça. Os antigos companheiros poderão ser substituídos por novos, que o leva a sentir-se menos ameaçado. O sentimento persecutório de "ser mal - visto", precisa ser evitado a qualquer preço por quem ocupa o poder. Minha gente veja até que ponto o poder modificas as pessoas, eles matam a ética e passam a usar artimanhas, são suas armas poderosas.


Sarney o homem do Senado Federal foi presidente da República, senador, mudou de domicílio eleitoral para conseguir reeleição, achando pouco ainda concorreu à presidência do senado. Convivemos em seu governo com uma inflação renitente que causou pânico a classe média e a pobre do Brasil. O lucro e as benesses da inflação ficaram com os empresários, banqueiros e os corruptos de plantão, bem como a classe rica deste país sugado, e do pseudos políticos que se julgam defensores dos humildes. Ficamos com uma pulga atrás da orelha com a briga jurídica pelo governo do Maranhão. Roseane Sarney que em eleições passadas foi cassada pela Polícia Federal por abuso financeiro, na suposta compra de votos, onde aviões cheios de dólares foram apreendidos, hoje quer tomar a força o governo do vizinho Estado, com acusações e as mesmas prerrogativas que ela teria usado para ser eleita governadora do estado do Maranhão. Não é preciso explicar eu só queria entender.

O caçador de Marajás, o senador Tasso Jereissati afirmou que o cargo de senador não lhe rende nada. “Engana-me que eu gosto’, diríamos muitos funcionários públicos estaduais. Se a política não lhe rende nada paira no ar uma indagação: por que citado político assumiu o governo do Estado em que nasceu por três vezes? Queremos a resposta senador. O mais absurdo e inaceitável é político ser aposentado por tempo de serviço, visto que política não é profissão. Aqui determinado político assumiu o governo por poucos dias e ganhou na justiça a aposentadoria “tão merecida” para ele. Malbaratando o livre-arbítrio, o homem se submete à lei de causa e Efeito, debatendo no cipoal de suas erigidas provações. Sofre e pretende libertar-se. Estas enunciações não se aplicam a política brasileira, pois do livre-arbítrio o mal sempre será uma diretriz e um azimute magnetizado e tergiverso. Não conseguimos deixar de narrar o que vimos nos últimos dias, à peleja pelo governo do Estado do Maranhão. O Secretário da Fazenda do Ceará afirma que nosso Estado está nadando em dinheiro. Queríamos que ele sustentasse esta tese quando do anúncio do reajuste do funcionalismo público.

Nossa cidade está um verdadeiro sonrisal tudo se desmancha e a prefeita continua calada. Enfim perguntamos o porque da reeleição? Faz pena e dó ver uma cidade considerada turística entregue as moscas e baratas. O mosquito Aedes aegypti já começa a fazer a festa, pois lugar para desova não falta. Buracos, crateras e lixo não fazem falta ao mosquito que apelidamos de inteligente. A nossa prefeita antes de assumir as rédeas da prefeitura, vivia criticando tudo que era governo ou tudo que constituía como efeito de governo. Mas, logo que passa a ocupar o poder, revela "sua outra face", não suportando a mínima crítica. O poder os torna cegos e surdos a crítica. Uma pesquisa de Pedro Demo, da Universidade de Brasília, constata que os profissionais de academias apreciam criticar a tudo e a todos, mas são pouco eficazes na crítica para consigo mesmos. Enquanto só teorizavam, nada resolviam, mas quando passam a ocupar um cargo que exige ação prática, terá que testar a teoria; agora é que "a prática se torna o critério da verdade".

Por falta de referencial e por excesso de idealismo, é freqüente ocorrerem bobagens e repetições dos antigos adversários, tais como: fazer aumentos abusivos de impostos, aplicarem multas injustas, discursos cínicos para justificar um ato imoral de abuso de poder. Há um provérbio oriental que diz: "quem vence dragões, também vira dragão". Pegando uma carona amiga no psicanalista Raymundo de Lima professor da UEM diremos que Os sujeitos quando no puder protege-se da crítica reforçando pactos de auto-engano com seus colegas de partido. Reforçam a crença de que representa o Bem contra o Mal, recusando escutar o outro que lhe faz crítica e que poderia norteá-lo para corrigir seus erros e ajudar a superar suas contradições. Se entrincheirarem no grupo narcísico, o discurso político tornar-se-á dogmático, duro, tapado, e podemos até prever qual será o seu futuro se tomar o caminho de também eliminar os divergentes internos e fazer mais ações de governo contra o povo, "em nome do povo”. Infelizmente assim é o poder: seduz, corrompe, decepciona e faz ponto cego e surdo nos seus ocupantes temporários. O perfil de nossos políticos tem que mudar, senão o fim será trágico e na verdade já caminhamos para isso. De olho minha gente, pois de promessa nem santo vive mais.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E DA ALOMERCE
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


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