Artigos Religiosos da Terra Santa - Evocação espiritual
Lá, foi o teatro vivo dos passos do Mestre, do pranto de Maria, do fervor dos discípulos. E, conforme, mais vai aumentando a distância no tempo em que todos esses personagens Sagrados viveram aquela epopéia, mais e mais fiéis católicos e cristãos de todo o mundo, mais cultuam seus artigos religiosos.
Medalhinhas, crucifixos, imagens, correntes, oratórios, essências, óleos, camafeus, até a água e a terra, impregnados das reminiscências históricas e imbuídas do Sagrado, transferem todo um clima de miraculosidade daqueles tempos de fé, sofrimento, missão, e expiação do Salvador do mundo. E, por que, essa evocação se opera tão forte, tão intensa no nosso espírito? É, que, parece que toda a história da revelação divina continuou a escrever novas páginas, lá, na Palestina de Jesus, como se fosse num jogo Sagrado onde, Deus, que já havia se revelado num primeiro tempo, há quase dois mil anos antes, através de Abraão, deu uma nova chance para a Salvação do homem, convocando seu Filho a entrar no “jogo”, para nossa redenção.
Tudo aconteceu lá, naquela região, que vai desde o Nilo, traspassa uma enfiada de países e povos para formar a meia-lua da Crescente Fértil, até a antiga Mesopotâmia (atual Iraque). E hoje, é essa região que, com critérios de originalidade produz e disponibiliza tais preciosidades, os artigos religiosos cultuados por católicos do mundo inteiro. Assim, quando se preza por um simples crucifixo, um rosário, uma corrente que se ostenta no peito, está se evocando todo o espírito vivo, toda aquela sinergia sagrada daquela região santa. Aquele protuberante cenário. Aquela profusão de episódios e passagens marcantes de toda história da divindade cristã. Os maiores portentos. Êxtases. Dramas. Os artigos religiosos daquela região veem imbuídos desses fatos reais.
Hoje, quem visita Jerusalém, Belém, Jericó, Qumrán, Nazaré, vem de lá, sortido desses objetos sagrados. Mas, mesmo quem não tem a chance de viajar até lá, tem, em seus países, escritórios, bureaux de importação dessas autenticidades, artigos religiosos provenientes da Terra Santa – Israel, Palestina. Assim, países com grandes maiorias católicas, tais como, México, Argentina, Rússia, Itália, Estados Unidos, Filipinas, Polônia, Europa, disponibilizam peças limitadas desses artigos religiosos, sendo que, no Brasil seu representante autorizado é... (Cruz da Terra Santa).
Por que, o valor espiritual e a impregnação simbólica desses objetos, vindos de tão longe, é tão profundo? É que estes artigos religiosos, daquela procedência, carregam em si, toda origem histórica. A região é como uma fonte sagrada, onde toda água é purificadora. Onde cada pedrinha da região impregna o testamento natural, inato, de mistérios, confissões, sofrimento, tragédia, catarse, e, ascensão numinosa, por obra de Deus. Onde cada grãozinho de areia se torna vitalizador, testemunho da divina compaixão.
Que fatos e dramas dos tempos de Jesus esses artigos religiosos da Terra Santa podem nos inspirar a reviver? Que reminiscências? Que passagens sagradas? Quando alguém traz pendurado no peito um broche da Sagrada Família – Jesus, Maria e José, – proveniente de lá, daquela região santa, traz também, os fatos e as narrativas. Uma Família predestinada, que teve que fugir à perseguição de Herodes, para salvar a vida do recém-nascido, futuro Salvador da Humanidade. Por isso, tudo que possa lembrar Belém e a Galiléia, faz-nos recordar daquela Santa Família perseguida. Assim como, uma medalhinha de Maria ou, uma imagem do carpinteiro bondoso e trabalhador, José, ou qualquer nicho ou imagem que lembre essa família, é muito mais do que uma simples referência do lugar santo. É uma história que interpola amor e crueldade. O bem e o mal. Ternura e escatologia. Ascese e iniqüidade. Pois, desde os primeiros dias do Messias, o mundo o acolhera com ódio e ameaças. Na verdade, não era o mundo todo. Mas sim, os poderosos que as profecias da Torá já vinham prenunciando e alertando todo um povo. Os que acreditavam e aguardavam a tão prometida vinda, esses se encheram de esperança, como os três reis Magos do oriente e o velho Simeão, que reconheceram no Menino, o Rei que o céu prometera ao mundo. Que santas evocações!
São incontáveis os episódios históricos das revelações divinas que os artigos religiosos da Terra Santa trazem impregnados em si: a terra que Jesus e os Apóstolos pisavam; as águas das fontes, paragens e milagres do Mestre; a Via Dolorosa das catorze estações da Cruz; as sinagogas de Cafarnaúm; a aldeia de Ain Karim, onde Maria visitou sua prima Isabel, mãe de São João Batista; as colinas da Judéia, por onde José e Maria tiveram que viajar, na fuga para o Egito; o Jordão; o lago de Genesaré, onde Jesus passou grande parte de sua vida com seus amigos Apóstolos, pescadores; Jerusalém, das principais passagens da vida de Cristo.
A evocação espiritual que traz à nossa alma tamanha sinergia divina de todos esses lugares, de todos aqueles fatos, estimulada, às vezes, por um simples rosário de contas, é uma força divina muito poderosa. E, a força da fé, faz milagres, por... evocação!
Por isso, milhares de fiéis no mundo inteiro fazem questão de carregar consigo essas preciosidades simbólicas do Divino, remanescentes nos artigos religiosos, provenientes de Israel, Palestina ou simplesmente... da Terra Santa.
Autor: T. Ranto Rochar
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