PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL PARA A ÁREA DO SERROTE DO PICO NO MUNICÍPIO DE NAZAREZINHO – PB



PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL PARA A ÁREA DO SERROTE DO PICO NO MUNICÍPIO DE NAZAREZINHO – PB

Márcio Aércio1
Ana Luiza Almeida2
Maria Cristina Crispim3


Resumo: Esta pesquisa de abordagem qualitativa que foi realizada na área rural do município de Nazarezinho – PB teve como objetivo estudar o potencial ecoturístico do mesmo, focando especificamente a área conhecida como Serrote do Pico e, a partir daí, criar um Plano de Gestão Ambiental que sirva como guia para o desenvolvimento do ecoturismo no local. Para o alcance do objetivo proposto utilizou-se a observação através da qual coletamos os dados necessários. É apresentado ainda um estudo de capacidade de carga, segundo a metodologia de Cifuentes (1992) e o zoneamento da trilha, baseado na acessibilidade e público alvo. A partir da pesquisa, concluiu-se que o município apresenta uma grande potencialidade para o ecoturismo, embora necessite de infra-estrutura específica para o desenvolvimento da atividade turística, precisando do incentivo, apoio e cooperação do poder público e de investimentos do setor privado para a própria execução do Projeto Ecoturístico, baseado no planejamento ambiental para a área do Serrote do Pico.


Palavras-chaves: Sertão Paraibano; Ecoturismo; Planejamento Ambiental.


1. Introdução

Este trabalho teve como objetivo elaborar um Plano de Gestão Ambiental para a área do Serrote do Pico no município de Nazarezinho/PB afim de que a atividade turística no local se desenvolva de forma planejada. Além disso, procurou-se destacar o potencial ecoturístico do município e, ao mesmo tempo, caracterizar a área e avaliar sua atual situação no que se refere ao desenvolvimento do turismo.
Considerando a visão que as pessoas geralmente têm do Sertão Nordestino como um local onde só há seca, fome e miséria, o trabalho torna-se relevante por apresentar uma das potencialidades do Sertão: o ecoturismo. Sendo este “um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas” (MIC/MMA apud The Ecotourism Society, 1995, p. 17).

Além disso, o trabalho mostra-se importante, pois através do Plano de Gestão Ambiental pode-se desenvolver o ecoturismo no local de forma que ele permita a preservação do bioma caatinga e o desenvolvimento econômico e social do município. A Gestão Ambiental pode ser entendida como “o conjunto de princípios, estratégias e diretrizes de ações e procedimentos para proteger a integridade dos meios físico e biótico, bem como a dos grupos sociais que deles dependem” (MARIANI apud SEABRA, 2007, p. 213).
Ainda de acordo com MARIANI “suas atividades envolvem o monitoramento, o controle e a fiscalização do uso dos recursos naturais, bem como o processo de estudo, a avaliação, o licenciamento de atividades potencialmente poluidoras, a normatização de atividades, a definição de parâmetros físicos, biológicos e químicos dos elementos naturais a serem monitorados, assim como os limites de sua exploração, e as condições de atendimento dos requerimentos ambientais em geral” (MARIANI apud SEABRA, 2007, págs. 213-214).
Para os municípios em que a economia gira em torno de apenas uma atividade econômica, como é comum nas pequenas cidades, o ecoturismo surge como alternativa pois “uma das principais vantagens é a de proporcionar um impulso que favorece tanto a expansão da conservação quanto o desenvolvimento do turismo. Sob o aspecto da conservação, o ecoturismo é o benefício que é mais facilmente vendido e, assim, é com freqüência incorporado nas decisões sobre o uso da terra. [...] Sob o aspecto do desenvolvimento econômico, o ecoturismo pode gerar oportunidades de emprego em regiões remotas” (Kreg e Hawkins, 1999, p. 145).
E é como alternativa econômica que “o ecoturismo vem sendo acolhido por muitos como uma oportunidade para gerar rendimentos e empregos em áreas relativamente intocadas pelas tentativas tradicionais de desenvolvimento” (Kreg e Hawkins, 1999, p. 179).

2. Metodologia

Este trabalho é caracterizado como uma pesquisa-ação que é “a pesquisa empírica com estreita vinculação com uma ação ou resolução de um problema coletivo (...) e seu objetivo é agir sobre a realidade imediata” (DENCKER, 1998, p.127), na qual foi utilizado para a coleta de dados o método da observação que segundo Richardson (1999, p. 259) “é o exame minucioso ou a mirada atenta sobre um fenômeno no seu todo ou em algumas de suas partes; é a captação precisa do objeto examinado”.
Além disso, o método de investigação da pesquisa foi qualitativa caracterizada como “a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de medidas quantitativas de características ou comportamentos” (Richardson, 1999, p. 90).
O conteúdo desses dados foi analisado por temas, sendo eles: área de estudo, caracterização da área da proposta de planejamento turístico, detecção de conflitos e zoneamento. A partir da análise desses dados foi elaborado o Plano de Gestão Ambiental.

3. Área de estudo

A mesorregião do Sertão Paraibano apresenta-se com diversas peculiaridades, a exemplo do Bioma Caatinga fazendo-se presente em sua quase totalidade. Um bioma único e exclusivamente brasileiro, ou seja, não sendo encontrado em nenhum outro lugar da Terra. Essa particularidade por si só, já seria um enorme produto/potencial ecoturístico, levando-se em consideração uma gama de informações que podem ser extraídas a respeito do tema/ambiente.
Porém, existem também outros potenciais na área do Sertão Paraibano que podem ser estruturados para a atividade ecoturística, no intuito de tornar as comunidades locais participativas do processo turístico, gerando emprego e renda.
É nesse contexto que o município de Nazarezinho surge como proposta para uma futura estruturação da atividade turística, justamente por apresentar grande potencial para tal objetivo. Com grandes extensões de áreas verdes, diversidade de recursos hídricos e regiões montanhosas, propícias para a atividade do Ecoturismo, o município poderá fortalecer a sua base econômica através do Turismo.
São três áreas de grande potencial ecoturístico que o município apresenta: o Rio Piranhas, que tem grande importância para a cidade de Nazarezinho, devido ao abastecimento hídrico da mesma; o Olho D’água do Frade, por estar no imaginário popular através de sua lenda e das inscrições rupestres, além de tratar-se de um poço perene, fato este de fundamental importância para a comunidade local (sítio Olho D’água); e o Serrote do Pico, por oferecer diversas opções de atividades ecoturísticas e de aventura como caminhadas ecológicas, trekking, rappel, escaladas etc.
No entanto, este último será o recurso natural focado neste trabalho, tanto por estar localizado mais próximo à cidade, quanto por apresentar mais opções de atividades a serem desenvolvidas num mesmo ambiente.

4. Caracterização da área da proposta de planejamento turístico

O município de Nazarezinho está inserido na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja e fica a cerca de 460 Km da capital, João Pessoa. Primeiramente originou-se com o nome de Nazareth do Pico, após a doação do terreno para fundação do povoado pelo fazendeiro Francisco Lins. A Fazenda Picos localizava-se na base do Serrote do Pico, daí o nome do atrativo. Mais tarde, o povoado passou a denominar-se Nazaré e em 28 de agosto de 1856 ganhou uma capela, cujo terreno foi doado por Joaquim Maria Gonçalves Braga, tendo como Padroeiro São Sebastião. Até então o povoado pertencia ao município de Cajazeiras, mas nesse mesmo ano passou a pertencer a Sousa, pela Lei de Província. Com isso o povoado foi elevado à categoria de Vila e passou a ser chamado de Nazarezinho. Sua emancipação proporcionou-se no dia 22 de dezembro de 1961, através da Lei nº 2.659, sendo sua instalação oficial no dia 31 de dezembro do mesmo ano (LEON, 2003).
A sua localização é na região Oeste da Paraíba, onde se limita ao Norte com Marizópolis e Sousa; ao Sul com Carrapateira, Aguiar e São José de Piranhas; a Oeste com Cajazeiras; a Noroeste com São João do Rio do Peixe; e ao Leste com São José da Lagoa Tapada. Apresenta uma área de 173 km2 (WIKIPÉDIA, 2008).
Apresenta um relevo modesto, com faixas de planícies ao longo dos rios e riachos e planaltos fortemente ondulados como a Serra de Santa Catarina e a Cascavel, além do aspecto montanhoso do Serrote do Pico. A vegetação predominante é a Caatinga, caracterizando-se as xerófilas (plantas extremamente adaptadas à aridez) e as caducifólias (perdem suas folhas no período de estiagem). Alguns exemplos são a Jurema, o Marmeleiro, a Macambira, o Pereiro, o Mandacaru, o Xiquexique, além das arbóreas como Aroeira e Angico (LEON, 2003).
O solo apresenta boa fertilidade com condições para a exploração da agricultura como cultivo de feijão, milho, banana, arroz, cana-de-açúcar, coco, mandioca, algodão, além da agropecuária. O clima é do tipo semi-árido com temperaturas médias de 28º a 30º e período chuvoso de janeiro a maio, apresentando chuvas de verão ao longo do ano. A precipitação média anual é de 800 mm, possibilitada através das massas de ar oriundas da Amazônia. A sua hidrografia é bastante diversificada apresentando rios, riachos e açudes como suportes aqüíferos. Os principais são o Rio Piranhas, o Riacho da Égua Russa e alguns açudes particulares de médio e grande porte como o Açude Grande e o do Jordão (LEON, 2003).
O município possui cerca de 7.163 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2006).
No que diz respeito à área no entorno do Serrote do Pico, ela apresenta duas trilhas ecoturísticas já formadas. Contudo, elas estão inseridas em três propriedades particulares: a do Sr. Valdener Alves, no lado norte, e a do Sr. Janduí Vale e Sr. Manoel Alvino no lado sul. Já com relação à infra-estrutura, estas não apresentam qualquer tipo de apoio ao turismo, com exceção de algumas casas durante o percurso da trilha, as quais dão suporte apenas à atividade agropecuária. Estas residências serão apresentadas mais adiante como alternativa para dar apoio à atividade turística.
As características peculiares da Caatinga e o relevo montanhoso do Serrote do Pico são os elementos que tornam a região propícia à prática do Ecoturismo.

5. Detecção de conflitos

• Donos das terras do entorno do Serrote do Pico

Como já foi mencionado, a área é formada por três propriedades particulares. Atualmente não há problemas com relação à presença de grupos de turistas pelo acesso norte do atrativo, isto é, pela propriedade de Valdener Alves, sendo este a favor da atividade na área. Por este motivo, tais atividades só estão sendo realizadas por este acesso do atrativo.
Porém, a outra trilha passa pelas terras dos outros dois proprietários, os quais não vêem o turismo como uma possibilidade econômica, sendo as mesmas usadas para a agricultura, a pecuária e para a atividade de olaria (fabricação de tijolos).
Neste caso, torna-se necessário o planejamento de algumas ações para sensibilizar estes proprietários de modo a eliminar este conflito. Algumas sugestões seriam cobrar uma taxa de acesso à trilha e construir um tipo de infra-estrutura de apoio para a venda de alimentos não perecíveis, água e outros materiais que são necessários para a trilha, do outro lado do Serrote do Pico (lado sul), visando a geração de renda e participação dos mesmos na atividade.

• Desmatamento e queimadas no período de inverno para agricultura

A princípio a sugestão para esse conflito seria desenvolver um projeto para ser apresentado aos proprietários, com base numa fundamentação técnico-científica, seguindo os critérios e procedimentos de um planejamento ambiental. No projeto seria proposto um zoneamento, em que áreas para a agropecuária seriam isoladas das áreas que seriam usadas para a trilha, conciliando os dois usos.

• Falta de infra-estrutura tanto no entorno do Serrote do Pico quanto na própria cidade

Este é o principal conflito que a área apresenta, pois não existe nenhuma infra-estrutura turística de hospedagem, como hotel, pousada, albergue, bangalôs, nem área de camping devidamente estruturada.
Atualmente, é disponibilizado pela Secretaria de Educação, Cultura e Lazer da cidade, um alojamento provisório de apoio aos grupos que vêm à cidade como Universidades e Colégios. Porém, para as pessoas que estão visitando o atrativo através de pacotes turísticos, obrigatoriamente há a necessidade de estruturação tanto hoteleira, quanto gastronômica, pois é o mínimo necessário para que a atividade tenha progresso.

• Falta de sinalização ao longo da trilha

A sinalização ao longo da trilha ainda não existe, justamente por ser uma área que vem sendo estudada para fins turísticos há pouco tempo e, por isso mesmo, necessita de um projeto de sinalização. A proposta seria seguir um padrão, sendo as placas confeccionadas com a madeira encontrada na própria área, fazendo assim o aproveitamento deste material para que não seja necessária a derrubada de árvores nativas.
Seria necessária a estruturação de todo o trajeto, desde o início, ainda na cidade, até o cume do Serrote do Pico, com placas informativas e educativas. As primeiras seriam informando as distâncias do trajeto; já as educativas seriam com informações sobre o Bioma. Além disso, o uso de marcos referenciais de indicação do trajeto é importante, para que os turistas não encontrem dificuldades, mesmo na ausência dos guias.

6. Zoneamento

Com toda a caracterização e apresentação da área proposta neste estudo, é de suma importância relacionar todas as etapas desenvolvidas para o Zoneamento, onde foram realizadas duas saídas de campo para melhor conhecer o objeto de estudo. A primeira foi com o objetivo de calcular todo o percurso da trilha para ser utilizado no cálculo da Capacidade de Carga. Para isso, utilizou-se como instrumento uma corda de cinqüenta metros (50m), valendo-se da importante colaboração dos guias locais, por conhecerem melhor a área. A segunda foi para o reconhecimento geral e contemplação por parte dos pesquisadores, para se chegar a análise e relatório final sobre o local. Aqui, foram utilizados como instrumentos de pesquisa câmeras fotográficas, com as quais foram registradas fotografias e arquivos de áudio e vídeo. A seguir é descrito todo o zoneamento.
A trilha começa na Casa Grande de Abdias Pereira Dantas (Trecho 1) mais especificamente no juazeiro em frente à mesma. Nesse primeiro momento, a trilha apresenta-se sem maiores obstáculos, com uma distância de aproximadamente 1.150m, que é quando se entra em outro trecho do percurso, caracterizado por um caminho mais aberto, por se tratar da estrada de rodagem que dá acesso à Casa Grande de Tita Vale, à direita, e a propriedade de um dos donos das terras do Serrote do Pico, Valdener Alves, à esquerda.
Do início do trecho onde se entra na estrada de rodagem no sentido esquerdo, em direção à propriedade de Valdener Alves, todo o percurso apresenta-se em nível de caminhada, com alguns aclives e declives, mas sem dificuldades no trajeto. A distância aproximada do início do trecho anteriormente citado até à propriedade fica em torno de 1.450m.
Dando continuidade ao percurso, daí até o primeiro ponto estratégico de parada para descanso e explicação do ambiente pelos guias – trata-se do Cruzeiro – a distância é de aproximadamente 400m.
A partir desse ponto, o nível de dificuldade da trilha aumenta, apresentando trechos em que se torna necessário o uso de cordas e, em alguns deles, é necessário “escalaminhar”, pois o grau de dificuldade é de nível 4 (ou super-pesado). Do Cruzeiro até o cume do Serrote do Pico são aproximadamente 500m.
Sendo assim, a trilha foi dividida da seguinte forma:

Trecho 1 – 1.150 m
> Nível de dificuldade: mínimo (baixo)
> Trajeto: da casa grande de Abdias Pereira Dantas até a estrada de rodagem

Trecho 2 – 1.450 m
> Nível de dificuldade: mínimo (baixo)
> Trajeto: do início do trecho da estrada de rodagem até a casa de Valdener Alves

Trecho 3 – 400 m
> Nível de dificuldade: intermediário (médio)
> Trajeto: da casa de Valdener Alves até o Cruzeiro

Trecho 4 – 500 m
> Nível de dificuldade: máximo (alto)
> Trajeto: do Cruzeiro até o cume do Serrote do Pico (em baixo da pedra principal).

Distância Total da Trilha (ida e volta) = 7.000 m = 7,0 km

Portanto, a trilha tem um total de 7.000m. Dependendo de vários fatores como temperatura, ritmo de caminhada, perfil e colaboração dos turistas, quantidade de paradas, atividade que será desenvolvida (no caso o rappel é o mais indicado), entre outros, o tempo médio para fazer o percurso é de aproximadamente 5 (cinco) horas. Em todos os trechos é possível desenvolver a interpretação ambiental.

7. Proposta de Plano de Gestão

• Estudo de capacidade de carga turística

Foram calculadas as Capacidades de Carga Física (CCF) e Capacidade de Carga Real (CCR) apenas para o Trecho 4 da trilha, visto ser o mais restritivo.
A CCF foi calculada considerando-se a superfície total da trilha (500m), a superfície ocupada por um visitante (1m), o tempo total em que a área está aberta como sendo de 12 horas (de 5h às 17h) e o tempo necessário para percorrer o trecho que é de 1 hora. A CCF encontrada foi de 6.000 visitas/dia.
A CCR é calculada levando-se em consideração os Fatores Limitantes, os quais têm como objetivo limitar o número de pessoas que terão acesso à área. Os principais fatores limitantes encontrados foram o período chuvoso (4 meses do ano), a temperatura elevada em algumas horas do dia (11h às 15h) e a acessibilidade, já que em algumas partes do trecho considerado apenas um número reduzido de pessoas consegue ir adiante devido o elevado grau de dificuldade. Devido à dificuldade em se calcular o fator limitante acessibilidade repetiu-se no cálculo da CCR o valor de um dos outros fatores (período chuvoso e temperatura). A CCR obtida foi de 18 visitas/dia.
Logo abaixo pode-se observar como se chegou a esse número:

Capacidade de Carga Física (CCF)

CCF = S/s.v x T/t.v

S = 500m
s.v = 1m
T = 12 horas (05:00 às 17:00 horas)
t.v = 1 hora
CCF = 6 000 visitas/dia

Capacidade de Carga Real (CCR)

CCR = CCF x FL1 x FL2 x FLn/100

Fator limitante 1 = período chuvoso (4 meses) = 0,67
Fator limitante 2 = períodos do dia mais quentes (4 horas) = 0,67
Fator limitante 3 = acessibilidade = 0,67
CCR = 18 visitas/dia

• Proposta de Educação e Interpretação Ambiental

Antes de iniciar a trilha e em cada parada fazer um breve resumo das características naturais do trecho a ser percorrido é uma das propostas de Educação Ambiental – EA. Utilizar a EA como ferramenta de conscientização dos visitantes para que estes não degradem o ambiente e evitem, por exemplo, as seguintes atitudes: jogar lixo nas trilhas, retirar a vegetação e riscar ou pintar as rochas.
Já a Interpretação Ambiental – IA pode ser feita informando ao turista o Bioma a que pertence a área e suas principais características com relação à fauna e a flora, esclarecendo o motivo pelo qual as chuvas são escassas e porque o solo é raso e pedregoso, indagando ao visitante se eles sabem porque as plantas possuem espinhos enquanto outras permanecem sempre verdes, falando sobre o relevo e explicando porque o Serrote do Pico possui aquela forma.
A IA será feita durante a trilha quando as pessoas estiverem em contato direto com o ambiente. Ela tem como objetivo fazer com que o turista entenda e conheça melhor o ambiente local através da interação com este e, a partir daí, passe a valorizá-lo e conservá-lo. Deve-se utilizar uma linguagem simples, de fácil entendimento para o visitante. A IA também tem como objetivo aumentar a satisfação do turista com relação ao passeio, já que este se tornará bem mais interessante. Serão incentivadas as perguntas dos participantes e as respostas dadas por eles mesmos, através da transmissão de suas experiências vividas.

• Percepção Ambiental

Através da interação entre o guia e o turista é possível avaliar e analisar como este percebeu e reagiu ao meio ambiente. É importante descobrir o que satisfez o turista e quais as suas insatisfações, procurando o motivo destas e tentando revertê-las. Por meio da Percepção Ambiental pode-se adaptar melhor a EA ao público-alvo para que este possa interagir mais efetivamente com o meio ambiente e se torne mais consciente da necessidade de protegê-lo e conservá-lo. Serão incentivados momentos de percepção ambiental pela audição, através de paradas para escuta da natureza (aves, vento, insetos, etc.) e da visão, com paradas para que cada um mostre o que vê no momento. Será chamada a atenção para algo que não tenha sido salientado, como o formato de folhas, insetos, cores distintas de verde, etc.

• Passeios por dia

Considerando-se os melhores horários para a realização da trilha (5h às 17h), a duração desta (aproximadamente 5 horas) e a CCR encontrada (18 visitas/dia), é proposto que sejam realizados dois passeios por dia:

1ª saída: de 05:30h às 10:30h
2ª saída: de 12:30h às 17:00h
Cada grupo seria formado por nove pessoas. Vale destacar que o referido passeio inclui os 4 trechos citados no tópico “Zoneamento”. Através do cálculo da capacidade de carga dos demais trechos, poderiam ser definidas outras atividades nos mesmos, como aulas-vivas tanto para turistas, quanto para crianças de escolas públicas e/ou particulares da região, por exemplo, para que conheçam com maiores detalhes o Bioma Caatinga.

• Guias

Pretende-se utilizar guias locais capacitados que conheçam a região e que saibam se comunicar com diferentes tipos de públicos-alvo. O guia é um educador, por isso ele tem que conhecer bem as características do ambiente, passando estes conhecimentos para os turistas e conscientizando-os da necessidade de conservar a natureza: eles são as principais ferramentas no processo de educação e percepção ambiental. Guias bem preparados são capazes de tornar o passeio uma experiência inesquecível.
Utilizar guias locais é uma das formas de incluir a comunidade no processo de desenvolvimento da atividade ecoturística. Eles além de conduzirem as pessoas nas trilhas também darão o suporte para a atividade do rappel que é uma prática já desenvolvida no Serrote do Pico atualmente. É uma descida de 25m que apresenta ponto de ancoragem natural e artificial. Com todos os equipamentos necessários e suporte técnico apropriado, além de profissionais qualificados é possível desenvolver a atividade de rappel com todos os públicos.

• Infra-estrutura

Instalar pequenas infra-estruturas de apoio ao turista, onde sejam oferecidos alimentos, água, materiais e produtos necessários para a realização da trilha. Nestes locais também haveria pessoas habilitadas a prestar primeiros socorros. Também poderia ser construído um Centro de Educação Ambiental, onde os visitantes conheceriam mais sobre a Caatinga e sobre as características da trilha através, por exemplo, de vídeos de curta duração. Sendo assim, o processo de EA começaria antes de iniciada a trilha e se estenderia durante seu percurso.
Essas instalações seriam construídas de forma a não agredir o meio ambiente pelo seu tamanho ou pela sua aparência. Elas se localizariam em pontos estratégicos de parada para os turistas. Antes da trilha, seria necessário instalar um pequeno restaurante com mão-de-obra local, onde seriam servidas as principais refeições. O Centro de Educação Ambiental poderia funcionar junto ao restaurante, onde também existiria uma área de camping.
Como sugestão poderia ser utilizada a Casa Grande da propriedade de Abdias Pereira Dantas para dar o apoio de hospedagem aos turistas, por ter uma grande área de terreno onde poderiam ser construídas tais instalações (ou mesmo adaptar a atual estrutura) e por se tratar do ponto de partida do trajeto. Nesse caso, a área serviria também como infra-estrutura de apoio gastronômico, onde pode ser servido, por exemplo, o café da manhã dos grupos de turistas antes do passeio ao atrativo.
Outra área em potencial que pode ser estruturada para servir de apoio ao passeio é a casa de Valdener Alves, já que se localiza praticamente na base do Serrote do Pico. Esta seria utilizada para servir, por exemplo, o almoço dos grupos na volta do passeio ao atrativo. Dependendo do grau de interesse do proprietário também se pode expandir a estrutura e disponibilizar outros serviços como área para camping, balneário (pois conta com um açude do lado da casa), bangalôs, passeios a cavalo etc.
Vale ressaltar que todas essas sugestões seriam formas de estar cumprindo com um dos objetivos do Ecoturismo que é o de envolver a Comunidade Local no processo de desenvolvimento da atividade ecoturística.
No entanto, seria necessário que o poder público incentivasse investimentos privados na área urbana para melhoria/criação da infra-estrutura turística do município. Poderia se utilizar o exemplo do município de Bananeiras - PB, em que uma lei incentiva qualquer investimento privado na área do turismo, seja ele hotel, restaurante ou pousada, através da isenção de alguns impostos como IPTU e ISS, por determinado período de tempo. Em contrapartida a lei exige que 70% da mão-de-obra contratada seja do próprio município. Isso seria mais uma forma de agregar/utilizar a comunidade local no processo de desenvolvimento do Turismo na área. Na cidade poderia também ser construído um ponto para venda de artesanato, gerando renda para a população.

• Acesso e Transporte

Para quem está saindo de João Pessoa, capital do Estado, por meio de agências de viagens ou de carro particular, o acesso até o município de Nazarezinho é feito através da BR-230 (sentido oeste) até a altura do km 450, no distrito de São Gonçalo, onde o restante do trajeto é feito pela Rodovia Francisco Mendes Campos/PB-384 (entroncamento com a BR-230), sendo este último trecho de 11 km.
Para os que preferem viajar de ônibus, a empresa que presta atendimento para a região é a Guanabara, com saídas nos três horários (manhã, tarde e noite). Quem optar por este meio de transporte deve ficar no terminal rodoviário da cidade de Sousa, 443 km da capital. De lá é só chegar ao centro da cidade através dos “motos-táxi” e pegar um dos veículos que fazem o trajeto Nazarezinho/Sousa.

• Custos

Todos os custos envolvidos para um pacote de viagem saindo tanto da capital, João Pessoa, quanto de outras localidades como Patos, por exemplo, já que nessa cidade tem agência de turismo, deverão ser calculados com antecedência. Para fechar os valores dos pacotes deve-se levar em consideração a distância, o meio de hospedagem que será utilizado, as atividades que serão realizadas no passeio, as refeições, entre outros.

• Divulgação

Para o processo de divulgação precisaria se buscar parcerias com as agências de viagens dos pólos turísticos como João Pessoa, Campina Grande e Patos, por exemplo, uma vez que nessas cidades há tais equipamentos turísticos, além de parcerias com grupos de Turismo de Aventura da região, disponibilizando panfletos, banners, folders, vídeos etc.
Nesse sentido, também seria de grande relevância a criação de um site da Prefeitura, onde fosse possível encontrar todas as informações sobre a cidade e sobre o projeto de desenvolvimento do Ecoturismo na mesma, sobre o Bioma Caatinga, além dos outros atrativos naturais de que dispõe.
Além disso, a implantação de um Posto de Informações Turísticas (PIT) na área urbana da cidade, utilizando mão-de-obra local a fim de divulgar e prestar informações sobre o turismo em Nazarezinho para aqueles que chegam à cidade seria outra excelente forma de divulgação. Também pode utilizar-se dos eventos de Turismo para apresentar o projeto e o roteiro Ecoturístico através de mídia impressa e digital, como um vídeo sobre o atrativo, por exemplo.

• Monitoramento

O monitoramento é necessário para identificar, avaliar e corrigir possíveis falhas no Plano de Gestão e para verificar se estão ocorrendo impactos no ambiente, procurando minimizá-los ou mesmo excluí-los.
Os próprios guias podem ser treinados para realizar esse monitoramento. Além deles, podem ser contratadas pessoas especializadas (biólogos, geógrafos, etc.) para acompanhar as ações que vêm sendo desenvolvidas no local e comunicar possíveis problemas para os órgãos competentes pelo desenvolvimento do turismo na área.
Como a área não é Unidade de Conservação, a Prefeitura poderia solicitar temporariamente relatórios que mostrassem o percurso através de material visual, para a comprovação da ausência de alterações ambientais, provocadas pela atividade turística, e assim “obrigar” a que haja esse monitoramento.

8. Outros Atrativos

• Rio Piranhas

A Bacia Hidrográfica Piranhas-Açú tem sua nascente na cidade de Bonito de Santa Fé (PB) e segue seu curso natural pelo Estado do Rio Grande do Norte, desaguando no Oceano Atlântico. Possui uma área total de drenagem de 43.681,50 km2, correspondendo a 60% da área no estado da Paraíba e 40%, no Rio Grande do Norte. Contempla 147 municípios, sendo 45 no Estado do Rio Grande do Norte e 102 na Paraíba, dentre eles está incluído o de Nazarezinho.
Este Rio é responsável pelo abastecimento hídrico da cidade, sendo este serviço prestado pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba – CAGEPA, através do sistema de bombeamento do Rio Piranhas para a Estação de Tratamento em Nazarezinho, com uma distância de 6 km.
Além disto, o Rio também serve como uma das opções de lazer, proporcionando um banho relaxante nas suas águas correntes no período de estiagem, já que na época das cheias suas águas ficam turvas e barrentas, impossibilitando o banho. Nas férias muitos turistas vão à área em busca de lazer, levando comidas, bebidas e tudo o que for necessário para o passeio durante todo o dia. Porém, a forma como está sendo utilizado para este fim não é uma das melhores uma vez que não há a consciência da maioria dos banhistas em recolher o lixo gerado durante o dia (impacto mais visível). Isso acaba por gerar a poluição do Rio.
Neste caso, seria necessária a conscientização dos que buscam essa área como lazer através de placas educativas ao longo do percurso e nas áreas de maior concentração de pessoas.
O acesso é pela estrada de rodagem, a qual nos períodos de chuva impossibilita a passagem de carros de passeio. Os mais aventureiros se arriscam em motos ou veículos especiais para terrenos de difícil acesso como os 4x4. Este pode ser considerado um fator limitante, pois com o acesso dificultado por razões naturais, acaba limitando o número de visitantes na área, diminuindo os impactos na mesma.

• Olho D’Água do Frade

Trata-se de um poço perene (que não seca no período de estiagem) localizado a 11km de Nazarezinho que dispõe de várias piscinas naturais formadas pelas formas das pedras. A paisagem é magnificamente deslumbrante, onde se pode ver as belas formações esculpidas nos paredões rochosos ao longo do tempo pelos processos naturais, a exuberante fauna e flora, os desenhos feitos nas pedras pela ação da água durante milhares de anos (forma de pé e golfinho), como também algumas inscrições rupestres, que se acredita ter sido feitas por civilizações passadas.
A principal atividade realizada no Poço é a drenagem da água através de motores para o abastecimento das casas no seu entorno, além do banho relaxante que o mesmo proporciona. Porém, na estiagem é proibido o banho no Poço, pois seu nível de água baixa e os moradores precisam dela para o consumo. Já no período de chuvas seu nível aumenta consideravelmente devido os grandes declives das serras que o circundam, fazendo com que a água que escorre das encostas deságüem no mesmo.
Entretanto, não é só pelo banho e belezas naturais que os turistas são atraídos, mas sim pela lenda que os moradores locais contam a respeito do Poço. Diz à lenda que há muito tempo um morador do local em mais um dia de caçada para alimentar a sua família, achou o poço com uma pequena cachoeira. Achou também correntes saindo do fundo do poço, fato que ele achou muito estranho. Então ele teve a idéia de chamar algumas pessoas para ajudá-lo a prender as correntes na sua carroça de bois e começar a puxar, seja lá o que fosse que tais correntes seguravam no fundo. Em certo momento, apareceu um objeto que elas descreveram como um “andor” (padiola portátil e ornamentada, sobre a qual se conduzem imagens nas procissões, muito comum no interior), e sobre ele estava um caixão repleto de ouro. Quando as pessoas viram aquilo começaram a se agitar. Uns falavam que era um milagre; outros diziam que era coisa do outro mundo; até que um mais distante falou que aquilo era coisa de Deus e que, se Ele assim quisesse, o caixão sairia do fundo do poço. Foi aí que o dono da carroça de bois replicou dizendo que Deus não tinha nada a ver com aquilo e que o caixão sairia quisesse Ele ou não. A partir disso, o caixão começou a afundar e a carroça foi puxada para o fundo com os bois, dos quais um chegou a morrer afogado. Até hoje ninguém mais quis se aventurar em resgatar novamente o caixão de ouro. Acredita-se que o tal caixão foi trazido por missionários jesuítas durante a estadia na região.
É claro que a riqueza de detalhes acerca da lenda não fica explícita aqui, ficando muito mais interessante toda a lenda sendo contada in loco pelo próprio morador local.
Outro fato que vale a pena ressaltar é que o Poço, até hoje, não teve nenhum olhar especial por parte do poder público no tocante à sua preservação e possível estruturação para receber turistas de uma forma saudável para o meio ambiente, no intuito de conservar a área para que as gerações futuras possam usufruir dela. Com todas estas características podia ser considerado um patrimônio histórico e cultural desse município, unindo a atividade turística e a comunidade local num projeto que beneficiasse a todos.

• FEIRAÇO – Feira de Arte e Cultura

É um evento que teve origem em 2005 e se estende durante toda a semana que antecede a data de emancipação política da cidade de Nazarezinho (22 de dezembro). Trata-se de uma feira multicultural onde ocorre o lançamento de livros, apresentações de peças teatrais, mostra de objetos antigos, artes, competições esportivas e o resgate da cultura do cangaço.
O FIC - Fundo de Incentivo à Cultura “Augusto dos Anjos” é o patrocinador oficial da feira, sendo da Prefeitura Municipal de Nazarezinho o apoio estrutural para a realização do evento. O Feiraço é fruto da parceria dos municípios vizinhos, que formam o chamado Pacto dos Municípios do Alto Piranhas. A partir deste pacto foi elaborado um projeto cultural para obtenção de apoio do Fundo de Incentivo à Cultura (FIC), o que resultou no resgate da cultura e organização do evento que mostra a cultura produzida na região de Nazarezinho.
O principal objetivo do Feiraço é de resgatar os valores artísticos e culturais da cidade de Nazarezinho, na medida em que cria oportunidades e incentiva a participação da comunidade local e circunvizinha, através de oficinas de iniciação ao pífano, dança de rua, dança folclórica, iniciação teatral, produção teatral, dramatização poética, danças folclóricas, fotografia, artesanato e técnicas circenses.

• Festa de São Sebastião

Considerado o Santo protetor contra as pragas, é justamente por esse motivo que se justifica a sua presença em capelas, igrejas coloniais ou pequenos povoados devocinais. São Sebastião é o Padroeiro de 13 municípios da Paraíba: Bayeux, Gurjão, Juripiranga, Picuí, São Sebastião de Lagoa Roça, Santa Rita, São João do Tigre, Taperoá, Matinhas, São Sebastião de Umbuzeiro, Santa Luzia, Riachão e Nazarezinho.
Seu dia é comemorado em 20 de janeiro e cada cidade festeja de formas diferentes. Em Nazarezinho as festividades do Santo Padroeiro começam sempre no dia 15 de janeiro com missas, rezas, novenários, procissões, entre outros rituais religiosos. Além disso, a Paróquia de São Sebastião, com o apoio da Prefeitura, promove quermesses, bingos e rifas, contribuindo para o incremento da economia e gerando renda para muitas pessoas. Ainda para ajudar a Paróquia, no dia 19 de janeiro é realizado o leilão da “penosa”, uma atividade em que os políticos, comerciantes e as demais pessoas interessadas participam anunciando seu lance máximo, cujo objeto é arrematar as deliciosas galinhas de capoeira feitas pela Igreja, contribuindo assim para a melhoria da Paróquia através de obras de melhoramento.
Ainda no dia 19, são promovidas as festas profanas, ora pela Prefeitura, ora pelos clubes particulares, com shows de artistas conhecidos. Com todas essas festividades a cidade aumenta consideravelmente o número de pessoas, pois os residentes nos municípios vizinhos, visitantes e filhos da terra, vêm à cidade nesse período para participarem das comemorações. Também podem ser encontrados parques de diversões, barracas de ambulantes com produtos importados, de comidas fast-food, artigos de confecção, calçados, entre outros.
As comemorações religiosas terminam no dia 20 de janeiro com a missa na Paróquia de São Sebastião, seguida da procissão pelas ruas da cidade com a imagem do Santo Padroeiro.

• Mini-museu do Cangaço

Localiza-se na Casa Grande de Abdias Pereira Dantas e trata-se de uma exposição de quadros, fotografias, reportagens em jornal impresso, tudo da época do cangaço, mostrando e relatando a trajetória da família e, especialmente, de Chico Pereira Dantas, um dos chefes do cangaço do alto sertão paraibano.
Fica aberto ao público durante todo o ano e recebe um maior número de visitantes no período do FEIRAÇO, pois faz parte da programação do evento. É proibido fotografar ou mesmo filmar o interior do museu, por recomendação da família.

9. Conclusão

Este trabalho visa orientar os futuros planejamentos na área do turismo para o município de Nazarezinho, mostrando o que está sendo feito em cada uma das áreas apresentadas como potencialmente turísticas e através de sugestões para se desenvolver um ecoturismo responsável no local.
Foi mostrado que além do Ecoturismo outras atividades podem ser desenvolvidas no município como o turismo cultural, de lazer e o religioso/místico. Durante todo o ano é possível encontrar essas opções de turismo, sendo necessário apenas um melhor planejamento de todas essas atividades. Só assim seria possível gerenciar e manter um calendário anual de atividades turísticas voltadas a incrementar a economia da cidade, gerando emprego e renda.
Porém, o fato é que Nazarezinho não apresenta nenhuma infra-estrutura capaz de receber turistas em épocas de grandes demandas, como é o caso da Festa do Padroeiro de São Sebastião.
Apesar de todas as características e potenciais que o município apresenta é importante que haja uma parceria entre o poder público e o privado no sentido de promover o desenvolvimento da atividade turística na cidade de forma correta. Investimentos na criação e melhoria da infra-estrutura básica para o setor são fundamentais, além de investimentos em capacitação de mão-de-obra. Sempre ressaltando a importância de se realizar um planejamento antes do início de qualquer atividade ou ação afim de minimizar prováveis impactos negativos que possam ser causados pelo turismo.

PLAN OF ENVIRONMENTAL ADMINISTRATION FOR THE AREA OF THE HANDSAW OF THE PICK IN THE MUNICIPAL DISTRICT OF NAZAREZINHO - PB

Abstract: This research of qualitative approach that it was accomplished in the rural area of the municipal district of Nazarezinho - PB had as objective studies the potential ecoturístico of the same, specifically focusing the area known as Handsaw of the Pick and, since then, to create a Plan of Environmental Administration that it serves as guide for the development of the ecoturismo in the place. For the reach of the proposed objective the observation was used through which we collected the necessary data. It is still presented a study of load capacity, according to the methodology of Cifuentes (1992) and the zoning of the trail, based on the accessibility and white public. Starting from the research, it was ended that the municipal district presents a great potentiality for the ecoturismo, although he/she needs specific infrastructure for the development of the tourist activity, needing the incentive, support and cooperation of the public power and of investments of the private section for Projeto Ecoturístico's own execution, based on the environmental planning for the area of the Handsaw of the Pick.


10. Referências

DENCKER, Ada de Freitas M. Métodos e técnicas de pesquisa em turismo. São Paulo: Futura, 1998, p. 127-128.

LEON, Maria do Socorro A. Pedrosa. Nazarezinho: das origens... aos dias atuais. Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura Plena em História pela UFCG, 2003.

LINDBERG, Kreg; HAWKINS, Donald E. (editores). Ecoturismo: um guia para planejamento e gestão. 2ª ed. – São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 1999.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.

THE ECOTOURISM SOCIETY. Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, MICT/MMA, março de 1995 apud The Ecotourism Society.

SEABRA, Giovanni (organizador). Turismo de base local: identidade cultural e desenvolvimento regional. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2007.

SITES

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Autor: Márcio Aércio Fernandes Pereira


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