Você possui motivação e alto desempenho?



"O campeão é aquele que mantém o gás mesmo quando os resultados não são os esperados. Ele cria objetivos e não deixam que derrotas provisórias abalem sua fé na vitória."
Roberto Shinyashiki

Primeiro definiremos o que é motivação, motivação é ter um motivo para a ação, algo que faça a pessoa se mover, fazer alguma coisa. Um funcionário pode ter vários motivos para fazer o seu trabalho, um deles pode ser “ficar nesse emprego medíocre até encontrar coisa melhor”. Uma pessoa pode manter um relacionamento motivada pelo medo de ficar só, apesar de ter certeza de que as coisas estão indo de mal a pior. Um jovem pode permanecer num curso escolhido pelos pais, apesar de detestar tal área de atividade, pois acredita que se revelar suas inclinações por outra área, decepcionará os pais. Esses, certamente, não são bons objetivos para ninguém. No caso do funcionário a sua postura pode ser fruto de um objetivo mal especificado, encontrar algo melhor do que outro que está ruim não significa, necessariamente, que o próximo seja bom. Pode ser apenas menos ruim. A motivação alicerçada no medo da solidão só pode dar numa péssima relação e fazer um curso universitário para não desagradar aos pais só gera frustrações. Mas, note, nos três exemplos há o motivo para agir. Não é necessária nenhuma especialização em comportamento para saber que em todos os casos mencionados o desempenho será muito ruim, para todos os envolvidos.

Depois temos que especificar o alto desempenho. É preciso saber alto comparado a que outro desempenho? Se forem os desempenhos dos exemplos mencionados, isso não significa que sejam altos. Muita gente reclama que não encontra motivação para trabalhar, estudar, se relacionar e muitas outras coisas na vida. Por isso, vive mudando constantemente de uma insatisfação para outra, num círculo vicioso de pioras contínuas. O que fazer para sair desse processo degradante e alçar desempenhos embasados em parâmetros qualitativos aceitáveis?

Um dito popular afirma que de perto ninguém é normal. Normal é um comentário sem referencial, do mesmo modo que bom, ruim, alto desempenho, etc. Para saber o que significa, de fato, um desses conceitos é preciso saber com que outro ele está sendo comparado, quem está fazendo a comparação ou julgamento e com base em que critérios, caso contrário é uma execução perdida ou omissão simples, em que exige uma comparação ou julgamento, mas não especifica os critérios nem o julgador. Em Programação Neurolinguística – PNL esse processo é esclarecido por uma ferramenta chamada Metamodelo de Linguagem. Pois bem, agora vamos ao que se propõe o artigo. O mercado, essa entidade anônima possui seus critérios e índices de comparações, nem sempre muito claros. Quando se fala em alto desempenho pressupõe-se que o elemento comparativo implícito seja tirado, do mercado como um todo, em que a comparação é feita entre as empresas que obtém posicionamento mercadológico, financeiro e com elevados índices de lucratividade, clima interno, imagem pública com avaliações positivas, valor das ações, figuração em guias como as melhores para se trabalhar, etc. em comparação às empresas que não possuem tais indicadores. Assim, para provar que se é uma pessoa de alto desempenho o candidato deve confrontar seus resultados com o de quem está numa dessas organizações. A questão passa a ser como ter acesso a tais dados. O que pode não ser tão fácil assim. A solução é apresentar seu próprio ranking e esperar pelos resultados.

Mas, e a tal motivação? Esqueça-a. Isso mesmo. Se você não possui motivos para agir, certamente não estará entre os profissionais de ponta, que fazem parte das empresas de vanguarda. Estas estão em busca de alguém que detenha um elemento interno mais poderoso do que uma simples motivação, os profissionais de destaque possuem entusiasmo. Uma palavra que deriva do grego e significa “ter um Deus dentro de si.” Como os gregos eram panteístas, acreditavam em diversos Deuses, eles atribuíam o sentimento de entusiasmo a uma chama interna derivada de um Deus específico, como por exemplo, o Deus da inovação, para aqueles que vivem criando novidades que facilitam a vidas dos demais; um excelente vendedor é aquele que possui dentro de si o Deus da negociação; um outro que se entusiasma com seu emprego e busca fazer o melhor naquela função possui dentro de si o Deus da perfeição ou do fazer bem feito e assim sucessivamente.

Mas e daí? O que isso tem a ver com este artigo e principalmente com aqueles infelizes mencionados lá no início? Simples, se eles possuíssem entusiasmo pelas próprias vidas e tivessem objetivos bem formulados, saberiam que o que deve motivá-los não está na empresa, na outra pessoa ou nos pais, mas sim em si mesmos e, por isso mesmo teriam a capacidade de buscarem aquilo que desejassem, ao invés de ficarem tentando fugir daquilo que detestam. Trocando em miúdos, a motivação é um sentimento atrelado às circunstâncias e funciona como uma variável na tomada de decisões. O entusiasmo é algo inerente à pessoa e funciona como um elemento interior forte o bastante para movê-la em direção àquilo que realmente é importante para ela. Os entusiastas conseguem contagiar os demais com suas energias transformadoras. Entusiasmo é diferente de otimismo, que é diferente de pensamento positivo, que é diferente de motivação, nestes a pessoa deve acreditar e torcer para dar certo, naquele a pessoa age e faz a diferença, através de resultados advindos de uma postura focada em indicadores de quantidade, mas com elevado grau de qualidade. Ambos validados pelo mercado. Um bom encontro com seu Deus interior, ou com vários deles, em número igual ao de seus objetivos realmente significativos.
Autor: Aguilar Pinheiro


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