Ser humano: Uma árvore em crescimento



O ser humano: Uma árvore em crescimento.

A Leitura como instrumento na vida para desenvolver a raiz, o caule, as folhas e os frutos da cognição permite a poda no início, meio e constante crescimento da árvore do aprendizado, para não ser extinta.
É inevitável durante o início da formação humana, ao descobrir a magia da visualização e descoberta da junção das palavras na infância, você não ficar encantado e curioso com todo aquele letreiro que passa rápido ou até mesmo em câmera lenta, quando, da janela do ônibus ao observar tudo tão embaralhado, para encontrar sempre algo mais, como uma mágica. Assim sendo, o gênero desenvolve-se e quando adulto traz à memória, estas cenas marcantes, das quais outrora, foram construídas a sua etnia, o que repercutirá positiva ou negativa no futuro e tudo só dependerá de você. Portanto, convicta de que alguns meios de socialização onde se está inserido, como: família, escola, universidade, serão capazes de moldar a tua educação, vejo a necessidade de sempre ao longo de tua existência, buscar, processar e expor toda a inteligência do conhecimento.
Sendo assim, lembro-me quando criança, de situações , não sei se por indução (estante com livros variados com histórias infantis, literárias, seleções e didáticas) ou muita insistência do meu pai Alberto (Aberto), que me abriu as portas da vida, diante de uma abrangência de blocos quadrados, coloridos, mas fechados, naquela estante de madeira, que após abertos remeteram-me aos sonhos e realidades, e então quase como um ritual (na ordem de leitura diária de trechos de jornais ou revistas), admiração por ele ser Jornalista e eu um dia querer ser escritora, ou até dádiva mesmo pelo prazer que a leitura proporcionava ao ler todos àqueles meus gibis favoritos, que até hoje trazem boas lembranças e ainda quando possível os leio, como também os da turma da Mônica, Zé Carioca, Tio Patinhas, Cebolinha, Clube da Luluzinha e do Bolinha e ainda os de Histórias infantis: Cinderela, O Patinho feio, Branca de Neve e os Sete Anões, Os Três Porquinhos, Chapeuzinho Vermelho, Alice no País das Maravilhas. Assim, com o tempo criei o hábito, como que um ciclo vicioso e já na escola pública, no ensino fundamental e médio não encontrei dificuldades nas leituras dos livros literários indicados pelos professores (Sítio do Pica Pau Amarelo, Memórias Póstumas de Brás Cuba, Dom Quixote, Hamlet, As Viagens de Gulliver, entre outros) que passavam trabalhos para apresentação, dos quais eu sempre obtive nota máxima.
De contra partida, o gosto pela leitura foi tanto, que isolava-me, tornando-me uma pessoa introspectiva, pensativa, avaliadora, crítica e seletiva diante de minhas amizades, com isso, escolhia em meus horários de intervalo, ler a brincar. Então lá estava eu, na sala de aula, mergulhada em todo aquele jogo de palavras fascinantes e fiquei considerada como alguém intelectual, mas também muito metida, o que resultava no afastamento de alguns colegas e dos que se aproximava, eu os ignorava por serem zombeteiros e acreditava que não tinham nada a oferecer (engano meu). Mas com tanto conhecimento adquirido eu não possuía ninguém para dividir e nem queria, e foi quando iniciei o desinteresse, pois comecei a acreditar que não tinha muito valor possuir conhecimento e aos 18 anos terminei o segundo grau.
Ao concluir o ensino médio, interrompi meus estudos, namorei, casei e por quatorze anos, me enclausurei em um quadrado, ado, ado, ado, e com minha nova família, adaptei-me às condições precárias de renda, onde antes eu tinha tudo (recursos), fui enfrentar à dura realidade, estagnada no tempo. Precisei trabalhar e cuidar das crianças, e como assalariada, só dava para suprir às necessidades básicas, sem ter como investir na educação. Entretanto, em 2008.1, tomada por um impulso de reverter toda a situação de precariedade, resolvi dar o salto de Ninja. Tive a oportunidade de fazer a prova do ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio, fui aprovada e diante do Programa do Governo PROUNI - Programa Universidade para Todos, fui selecionada, recebi a bolsa e realizei a inscrição na Universidade Metodista de São Paulo - EAD e ao ingressar, senti-me motivada e movida àquela mesma sensação prazerosa da infância: adquirir conhecimentos. E entusiasmada, decidi participar do processo seletivo do vestibular da UFPE 2009.1. Ao ser aprovada, percebi a importância de dar continuidade à educação, da qual surgiu na infância, um sonho, através da leitura, que na interação familiar com o apoio do meu pai, formei conhecimentos que não morreram, apenas foram podados.
Com isso, hoje aos 34 anos, como estudante de Secretariado Executivo da UFPE, vejo-me em uma carreira promissora, onde pretendo expor tudo que um dia ficou engavetado, e assim necessitarei de um público para compartilhá-lo. Então, com essa nova formação, pude fazer uma junção com as leituras complementares da aula de Português, como: Marcuschi, Marcos Bagno e Chico Buarque para desenvolver este artigo de opinião, onde me sentei à sombra de um jambeiro tão frutífero, e com a mente fixa naquele jambo, Jambo não fruto, mas um grande educador, de um conteúdo imensurável, inspirou-me com palavras que jamais voltarão vazias, pois desta semente, irá perpetuar por muitos e muitos anos, aos que apreciaram, provaram e se saciaram ao sabor do saber degustar o conteúdo do “jambo” - Jambo professor de Produção Textual.
Sendo assim, a leitura embutida em toda vida na infância, serão raízes, onde permitirão fixar teus sonhos, e o caule da educação se tornará forte, espalhando para as folhas o conhecimento, onde os frutos serão bem distribuídos para alimentar aos que tem fome de sabedoria.
Autor: Senôma Landy de Barros Cavalcante


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