APOCALÍPSE



APOCALÍPSE

Apocalipse tem derivação grega apokalypsis que significa revelação. Tem também influência do latim tardio apocalypse. “O livro da Revelação, o último livro do Novo Testamento, atribuído ao apóstolo João, o Evangelista. Aquele em que Jesus confiou o cuidado que dispensaria a sua mãe Maria. Um livro profético que contém revelações aparentes terrificantes para os destinos da humanidade, mas verdadeiramente, seus augúrios são dirigidos à própria Igreja cristã, que se transformou na Igreja Católica Apostólica Romana e, depois, por uma variedade de cismas dividiu-se em muitas seitas e doutrinas diferentes. É preciso observar que um médium, quase sempre, fala do que seu psiquismo está cheio, pelo seu envolvimento pessoal, pelas pressões que sofre (Palhano Junior – A Verdade de Nostradamus). O grande problema de João era a igreja nascente com as perseguições e as heresias berrantes. Segundo o Espírito Emmanuel, em sua obra “A Caminho da Luz” psicografada pelo médium Chico Xavier: “Todos os fatos posteriores à existência de João estão ali previstos.


É verdade que, frequentemente, a descrição apostólica penetra o terreno mais obscuro; vê-se que sua expressão humana não pode copiar fielmente a pressão divina das suas visões de palpitante interesse para a história da humanidade. As guerras, as nações futuras, os tormentos porvindouros, o comercialismo, as lutas ideológicas da civilização ocidental, estão ali pormenorizadamente entrevistos. “E a figura mais dolorosa, ali relacionada, que ainda hoje se oferece à visão do mundo moderno, é bem aquela da igreja transviada de Roma, simboliza na besta vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos.” Quando João, o evangelista se refere à Igreja de Roma temos que evidenciar o que já fizemos outras vezes em outras ocasiões. “Do ano 33 da morte de Jesus ao ano 54 da Era cristã, os seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo, o salvado do mundo os seus seguidores eram chamados “os seguidores do caminho”, tal citação pode ser conferida em (Atos 11: 26). Já no ano de 54 da nossa era ao ano 170 D.C., os seguidores do Mestre Jesus de Nazaré passaram a ser chamados de “Cristãos”. Por esta época, a igreja cristã era uma só, sem divisão e com única doutrina, a dos apóstolos.


No ano 170 da nossa Era, Santo Inácio de Antioquia, um presbítero daquela cidade da Síria (capital do império romano) e filho na fé do Apóstolo João, O Evangelista (posteriormente o seu sucessor na congregação cristã de Éfeso), escrevera uma epístola à igreja de Esmirna, declarando então (capítulo oito) que os imperadores pagãos jamais conseguirão destruir a igreja, pois ela era católica, ou seja, universal. Santo Inácio, ao chamar a igreja cristã de católica, dava entender que aquela Santa Instituição não se restringia, unicamente, às fronteiras do Império Romano, mas abrangeria todos os cantos do Planeta Terra. De 170 a 313 da nossa Era, a Igreja Católica não tivera nenhum envolvimento com assuntos concernentes à corrupção do mundo, ou mesmo participação na política daquele período agitado e perigoso da história romana. (Tais conotações estão inseridas no livro de Jeovah Mendes citado anteriormente). Passando uma revista no Livro do Apocalipse podemos anotar várias nuanças sobre este fenômeno religioso.

O propósito principal é confortar a igreja militante em seu conflito contra as forças do mal. O livro está cheio de consolações para os crentes afligidos. A eles é dito:Que Deus vê suas lágrimas — 7:17; 21:4, suas orações produzem verdadeiras revoluções no mundo - 8:3-4, sua morte é preciosa aos olhos de Deus -14:13, sua vitória é assegurada - 15:2, seu sangue será vingado - 6:9; 8:3, seu Cristo governa o mundo em seu favor - 5:7-8 e seu Cristo voltará em breve - 22:17. ( estudos do reverendo Hernando Dias Lopes). Este livro foi inicialmente endereçado aos crentes que estavam suportando o martírio na época do apóstolo João. Houve grandes perseguições nos primeiros séculos contra a igreja: 1) Nero (64 d.C); 2) Domiciano (95 d.C); 3) Trajano (112 d.C); 4) Marco Aurélio (117 d.C); 5) Sétimo Severo (fim do segundo século); 6) Décio (250 d.C); 7) Diocleciano (303 d.C). “A idéia de que ele é um livro selado, que trata de coisas encobertas - Na verdade o livro de Apocalipse é oposto disto. Apocalipse significa tirar o véu, descobrir, revelar o que está escondido. A ordem de Deus é: "Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo" (22:10).


As coisas que em breve devem acontecer mostra que há uma tensão entre o futuro imediato e o mais distante; o mais distante é visto como que transparecendo do imediato. O Cordeiro é o executor do deve acontecer. Há duas atitudes em relação à segunda vinda: 1) Quem se acomoda diz: "Onde está a promessa da sua vinda?" 2) "Estai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo". A idéia de que ele é um livro que fala de catástrofe, tragédia e caos - Esse é o significado da palavra hoje. Tornou-se sinônimo de tragédia. Mas Apocalipse não fala de caos, mas do plano vitorioso e triunfante de Cristo e da sua igreja. Tema muito controverso que fala da igreja católica universal que não tinha interferêcia do Império Romano. Dessa sementes sem intervenções vem a influência do Império Romano que passou de simples igreja católica para Igreja Católica Apostólica Romana, fundada em 381 D.C., pelo imperador , Teodósio I de Roma, através do Concílio de Constantinopla I e do decreto imperial “Cunctus Populos” ( todos os povos), isto é, toda a massa, em peso, era convidada a aderir a nova igreja, sem nenhuma exigencia .


A igreja católica apostólica romana passou então a receber pessoas de todos os matizes – Arianos, pagãos, com os seus deuses, os povos bárbaros não regenerados, mas degenerados e outros connvencidos e não convertidos, a Igreja Romana passou a ser uma instituição paganizada, babilonizada e herética. E o mais desagradável é que o Apocalipse adverte a todos quanto almejam salvação: “sai dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, e para não participardes dos eus flagelos”. ( Apocalipse 18:4). O Espírito Santo usou João para escrever o quarto evangelho, as cartas e o Apocalipse. O objetivo do evangelho é alertar as pessoas a crerem em Cristo (20:31). O objetivo das cartas é encorajar os crentes a terem certeza da vida eterna (5:13). O objetivo do Apocalipse era alertar os crentes para estarem preparados para a segunda vinda de Cristo (22:20). Domiciano, o segundo Nero, que arrogou para si o título de Senhor e Deus, baniu João para a Ilha de Patmos, a colônia penal da costa da Ásia Menor.


Mas ao mesmo tempo em que se achava fisicamente em Patmos, achou-se também em espírito e Deus abriu-lhe o céu e revelou-lhe as coisas que em breve devem acontecer. Num tempo em que a igreja estava sendo massacrada e pisada, perseguida e torturada, João recebe a revelação de que o Noivo da Igreja, o Senhor absoluto dos céus e da terra, está no total controle da igreja e da história (1:1.3; 5:5). O número sete é um número importante no livro de Apocalipse. Ele aparece 54 vezes neste livro. O livro fala de sete candeeiros, sete estrelas, sete selos, sete trombetas, sete taças, sete espíritos, sete cabeças, sete chifres, sete montanhas. O número sete significa completo, total. Havia mais de sete igrejas na Ásia Menor. Mas quando Jesus envia carta às sete igrejas, significa que ele envia sua mensagem para toda a igreja, em todos os lugares, em todos os tempos. Pelo que vemos o Apocalipse leva diversos aspectos em seu bojo. Algumas religiões falam no controle da igreja e seu número simbólico de sete na Ásia. Já em outras fala sobre as atividades de João mostrando a face negra da igreja primitiva quando se transformou em Católica Apostólica Romana. Pensem nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-DA ALOMERCE E DA AOUVIR/CE
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


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