O VOO 447 DO AIRBUS 330 DA AIR FRANCE



O VOO 447 DO AIRBUS 330 DA AIR FRANCE

Doloroso, angustiante, preocupante, desastroso, comovente e há quem diga inexplicável. O avião saiu do Rio de Janeiro com destino a Paris não conseguindo completar sua rota. Muitas indagações, muitas especulações foram debatidas durante toda a semana, depois do misterioso acidente. “Tudo dava plena segurança ao vôo epigrafado. O – Airbus 330 era uma aeronave nova. O piloto, um dos mais experientes da Empresa. Na rota, jamais havia ocorrido um acidente de jato sobre o Oceano.

A rota do Atlântico ficará marcada para sempre, pois desde 1936, com aproximadamente 100 voos semanais e nenhum acidente registrado, em altitude e velocidade de Cruzeiro, deveria ser o momento mais tranquilo da viagem Rio de Janeiro-Paris. Até que, às 23 h de domingo 31 de maio, o AF 447 se viu diante de uma turbulência. O fato aparentemente banal derrubou todos os paradigmas. “Uma pergunta que não quer calar: Então, quer dizer que nunca estivemos seguros?! Acreditamos que sim. Esta pergunta pode ser considerada verdadeira, pois o erro humano acontece em todas as profissões. O defeito mecânico é inerente a inexperiência humana, ao descuido, a ganância associada ao egoísmo e apego descomunal ao vil metal.

Queremos afirmar que toda morte tem um fator triste, horripilante para os seres humanos, visto que ainda não estamos preparados para conviver com a estagnação biológica, apesar de que, desde o nascimento, vida e morte caminhem juntas. Nada acontece por acaso é preciso que isto seja assimilado por todos os seres humanos. A Terra é um mundo de provas e expiações, dependendo da nossa evolução espiritual poderemos ingressar no mundo de regeneração, infelizmente não sabemos quando.

Duzentas e vinte e oito pessoas desencarnaram e neste momento seus Espíritos ainda se encontram em estado de perturbação, não tendo assimilado a condição de pertencerem a outro mundo, o espiritual. A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em consequência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do Perispírito ligado a uma molécula do corpo.

A morte não é o remate dos padecimentos morais e físicos, e sim uma transição na vida imortal. É o processo renovador da vida, apesar de seres atrasados espiritualmente condenarem estas informações preciosas. Toda morte é ressurreição na verdade. Todo ser humano deveria viajar com profundidade nos caminhos da espiritualidade benfeitora e nos casos de perdas de entes queridos a aceitação seria mais amena, e sem muito sofrimento.

Nas mortes violentas provocadas por acidentes de todos os matizes, intempéries da natureza entre outras causas, as sensações não são precisamente as mesmas. Nenhuma desagregação inicial há começado previamente a separação do Perispírito; a vida orgânica em plena exuberância de força é subitamente aniquilada. Nestas condições, o desprendimento só começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente. O Espírito, colhido de improviso, fica como que aturdido, perturbado, sente e pensa e acredita-se vivo, prolongando-se esta ilusão até que compreenda o seu estado.

O estado de não mais pertencer ao mundo físico e sim ao mundo espiritual. A morte ao contrário do que muitas pessoas admitem não provoca dores, elas são oriundas da matéria grosseira que reveste nosso corpo e que um dia esta vestimenta voltará para o lugar de onde veio ao fluido universal. O maior enigma da vida é a morte e o maior enigma da morte é a vida. O livro Espiristimo de A (a) Z nos revela ensinamentos maravilhosos sobre a vida e a estagnação biológica, bem como as nuanças do orbe material e espiritual com todas as nuanças e explicações.

Os fenômenos da natureza acontecem com constância e por incrível que pareça eles são provocados pelos princípios inteligentes que povoam o orbe terreste e o espaço sideral. Podes crer! Em todos os casos de mortes violentas, quando não resulta da extinção gradual das forças vitais, mais tenazes são os laços que prendem ao corpo ao Períspirito e, portanto, mais lento o desprendimento completo. Muitas indagações sem consistência podem levar os familiares dos acidentados a um estresse sem proporções.

A mídia na ânsia de informar muitas vezes desinforma e deixa as famílias a ver navios. É bom frisar que não existe efeito sem causa ou causa sem efeito. Ouvimos muitas pessoas entrevistadas sobre o acidente, inclusive teólogos que se manifestaram sobre o acidente. Alguns afirmaram ser coisas de Deus, os que pensam assim não tem uma formação espiritual desenvolvida.

Deus pode interferir na vida das pessoas? Sim, Deus pode tudo. Mas, na condição de Deus Soberano, Onipotente, Onisciente e Onipresente, por sua bondade pela sua criação, deu-lhe atributos para que tivesse o livre-arbítrio como azimute para interagir unindo-o a inteligência e dessa união o amor fosse à resultante. As suas qualidades só poderiam sofrer impactos pela ação maldosa e o uso do instinto animal. Por que acontecem acidentes? Todas as horas o dia todo, estamos sujeitos a acidentes, dependendo em parte das atividades que exercemos umas mais outras menos perigosas.

Quem viaja em transporte de alto risco a responsabilidade aumenta em gênero, número e grau. Se alguma pessoa for viajar de carro deve tomar todas às providências cabíveis como: vistoria geral no transporte, realizar exames para constatar se está gozando plena saúde e que o stress não seja o vilão de sua vida ou se está passando por algum problema familiar. Estes fatos são de riscos e o acidente pode ocorrer e quando ocorrem às causas principais são oriundas da imprudência, do cansaço, do sono ao volante, de cochilos ou falta de conservação das estradas.

O que Deus tem haver com as falhas humanas? Nada. Se a viagem é por via aérea os cuidados se multiplicam, as inspeções devem ser rigorosas, o piloto não pode deixar-se influenciar pelo cansaço, não tomar medidas que fujam os ditames de segurança de uma aeronave. Se houve falhas na inspeção rotineira da aeronave estará associada à humana ou mesmo a fabricação de peças ou do próprio avião. O que Deus teria haver com todos estes detalhes. Fala-se em casualidade, destino, intuição, débitos passados, mas são apenas especulações, visto que no rol de muitas pessoas não poderíamos afirmar que todas tinham referidos débitos.

O grande psicólogo - Mira Y Lopes diz que o pensamento intuitivo não admite este pensamento, porém outros aceitem como verdadeiro. No caso do pensamento lógico seria mais apropriado e admissível. Sempre a esfera dos chamados mortos influenciou poderosamente a atividade mental dos chamados vivos. Queríamos afirmar aos leitores que alguns senões inseridos nesta matéria são frutos de estudos científicos que levaram muitos anos para uma comprovação mais fortalecida destes fenômenos. A dupla vista é o resultado da libertação do Espírito, sem que o corpo seja adormecido, também conhecida como segunda vista, é à vista da alma. Quem possui esta mediunidade vê, ouve e sente além dos limites.


Todos os seres humanos se desdobram isto é, o Espírito se liberta do corpo, seja em condições especiais ou durante o sono. Santo Antônio de Pádua quando rezava uma missa recebeu um aviso de entidades, que seu pai estava sendo julgado numa cidade vizinha. Ele se desdobrou e seu Espírito foi à presença de seu pai materializando-se. Conseguiu absorver o pai da acusação que lhe era imputada. Salomão constantemente se desdobrava, Jesus Cristo nem se fala. Pois é amigos este lamentável acidente que ceifou a vida de muitas pessoas deve ser investigado profundamente, pois pelas informações colhidas por radares, instrumentos balizadores e pela tecnologia aérea pode ter ocorrido falha humana ou falha mecânica no avião, normalmente estas falhas são imputadas a tripulação, pois estando morta a defesa não é possível.

Não descartamos a ambição pelo dinheiro, mesmo sabendo que alguns aviões têm voado com problemas técnicos. Lamentamos as perdas humanas, mas em nossa opinião Deus nada tem haver com este pavoroso acidente como muitas pessoas apregoam e não seria de bom alvitre atribuir ao destino. Que destino? O homem é responsável pelos seus atos direto ou indiretamente. Constatamos na reportagem da revista “Isto É” que há 36 anos, um Boeing 707 da Varig (Viação Aérea Riograndense) decolou do Rio de Janeiro para o vôo RG 820 com destino a Paris.

O comandante Gilberto Araújo da Silva seguiu pela Rota do Atlântico com outras 133 pessoas a bordo. Entre passageiros estavam o então presidente do Senado Federal, Felinto Muller, e o cantor Agostinho dos Santos, que a cinco quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto de Orly acabaram vítimas de um dos mais dramáticos acidentes da aviação. Tarde de 11 de julho de 1973 e faltava apenas um minuto para o pouso. O avião foi tomado por fumaça tóxica vindo do banheiro, onde um cigarro acesso foi deixado no lixo. Na cabine, a visibilidade ficou nula e o comandante optou por um pouso de emergência. A aeronave se arrastou por mais de 500 metros e foi tomado pelas chamas. Apenas 11 passageiros sobreviveram.

Vejam até que ponto chega o descaso e a responsabilidade humana. Alguns detalhes do Airbus A330-200: assentos 219, autonomia de vôo 12.500 km, fabricação ano 2005, última revisão 16/04/2009, tripulação 12 pessoas, horas de vôo 18.870. Queda por falhas técnicas 26% em Airbus e 20% média anual. Apesar de se afirmar que o avião é o meio de transporte mais seguro, sempre existe o receio, o medo, pois normalmente vêm à tona os episódios do último acidente aviatório. Referindo-se ao percentual os riscos estão delineados assim: 6% no solo, 14% na decolagem, 15% na subida inicial, 5% no percurso, 15% na aproximação e 45% na aterrissagem. Pelo exposto não consideramos ser o avião o transporte mais seguro. Transporte seguro é aquele em que o passageiro viaja sem tensão e na viagem aérea a tensão é constante. Pensem nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-DA ALOMERCE E DA AOUVIR/CE.
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


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