SARRACENOS



SARRACENOS

Sarraceno nome de derivação árabe Xarqccn, plural de Xarqcc, ‘oriental’, pelo grego bizantino sarakenoí, e pelo latim sarracenu, singular de sarraceni correspondente na língua portuguesa ao indivíduo dos sarracenos, um povo nômade pré-islâmico, habitante dos desertos entre a Síria e a Arábia, bem como a designação comum, na Idade Média, dada às populações muçulmanas do Oriente, da África e da Espanha. Pode está relacionado ao Árabe e aos mouros cuja adjetivação está ligada aos sarracenos. Mouro - palavra de derivação latina mauru corresponde ao indivíduo dos mouros, povos que habitavam a Mauritânia (África); mauritano, mauro, sarraceno. Aquele que não é batizado, que não tem a fé cristã; infiel, indivíduo que trabalha muito pode ser chamado de curandeiro e além do mais tem a adjetivação de relativo ou pertencente a, ou próprio de mouros; mauro; mauresco, mauriense, mouresco, mourisco. Que não é batizado, que não tem a fé considerada verdadeira, infiel, mudéjar e no linguajar brasileiro diz-se do cavalo de pêlo preto salpicado de branco, variação de moiro.


Trabalhar como um mouro representa trabalhar intensamente (como os mouros tornados cativos, no tempo da reconquista da Península Ibérica). A história da humanidade é rica em nuanças, com aspectos e destinações repletas de violência. “Em 1187, Jerusalém foi tomada por Saladino, o sultão “dos infiéis”. A Europa cristã, não se conformou com a perda da Terra Santa. O papa recorreu a todas as cortes para organizar a reconquista. Os reis Filipe Augusto da França, Ricardo I da Inglaterra e Frederico Barba Roxa da Alemanha, atenderam ao pedido, mas só Ricardo denominado por sua bravura de Coração de Leão, destacou-se nos campos de batalha na Terra Santa. Terceiro filho do Rei Henrique II, nasceu em 1157 e aos quinze anos recebeu o Ducado de Aquitânia, atual região do sul da França próximo a Bordeaux. É interessante revivermos estes fatos, visto que muitas vezes fogem ao nosso conhecimento assuntos de tamanha importância e quando expostos em discussões é bom que saibamos determinados episódios relacionados aos sarracenos e aos mouros, bem como as inserções em Israel e as preocupações dos monarcas da França e da Inglaterra com a fúria dos mouros, para não ficarmos voando e boquiabertos.


Quando Henrique morre e Ricardo passa a ser o herdeiro do trono, Henrique II lhe pede para deixar Aquitaine para o irmão João. Sem aceitar a proposta, Ricardo assume o trono inglês em 1189. Foi educado essencialmente pela mãe e quando ela decidiu separar-se de Henrique II- e foi viver em Poitiers (1170), levou-o em sua companhia. Enquanto príncipe recebeu uma excelente educação, mas, sobretudo virada para a cultura francesa. Ricardo nunca aprendeu a falar inglês e nenhuma importância deu a Inglaterra durante a sua vida. Aliou-se ao rei da França, Felipe II, contra seu pai. Herdeiro aos 11 anos tomou posse definitiva do condado (1172) e com a mãe e o irmão Henrique promoveu uma rebelião que partiu da Aquitânia (1173) contra o pai, mas foi derrotado e teve de submeter-se para obter o perdão (1174), porém Leonor permaneceu encarcerada. Em nova revolta contra o pai (1188), conseguiu vencê-lo com a ajuda de Filipe II Augusto da França.


Vejam como as batalhas de antanho eram duras, sanguinárias e o poder era o azimute principal. O filho ter que lutar duas vezes contra o pai para vencê-lo parece estranho, mas não é. Na antiguidade aconteciam fatos horripilantes de deixar qualquer um de coração partido e abismado como alguns gostam de afirmar. Ricardo vende parte do tesouro real para comprar armas, deixa no governo um conselho e parte com o rei da França, Felipe Augusto, filho de Luís VII, para libertar Jerusalém do domínio dos infiéis, dava início à 3ª Cruzada. Em 1191 casa-se com Berengária, de Navarra, com quem não teve filhos. Derrotado na Cruzada, feito prisioneiro pelo duque Leopoldo da Áustria, que pede uma soma colossal como resgate, já que a Inglaterra é a maior potência econômica da época. Parte do valor é pago e Ricardo é solto em 1194. Em sua ausência, o irmão João, que reina mais tarde como João Sem Terra, manobra com Felipe Augusto para usurpar o trono.


O golpe é sufocado, e Ricardo se faz coroar pela segunda vez. Reconcilia-se depois com o irmão e o reconhece como herdeiro do trono. Morre em batalha na região de Châlus, na França. As cruzadas repercutem até os dias atuais pela sua violência e o número muito extenso de mortos era o resultado das violentas batalhas. O ponto primordial e essencial era a libertação de Jerusalém já naquela época considerada como terra Santa. Os cruzados chegaram às portas de Jerusalém em julho de 1099. Seus primeiros ataques foram facilmente repelidos pelos turcos. A 14 de julho, após jejum e oração, o exército cristão partiu para seu mais importante ataque. Por volta do meio-dia de 15 de julho de 1099, os cruzados escalaram as muralhas e abriram um de seus portões. Os que estavam fora das muralhas correram para dentro da cidade e massacraram impiedosamente e sem discriminações - judeus e muçulmanos - habitantes da cidade. Quando finalmente entraram na Igreja do Santo Sepulcro, os cruzados caíram de joelhos dando graças a Deus pela vitória. Do lado de fora da Igreja os cadáveres de suas vítimas, recobertos de sangue, enxameavam as ruas.

A região da cidade de Jerusalém, na Palestina, onde atualmente fica o Estado de Israel é considerada sagrada para os fiéis das três mais importantes religiões monoteístas do mundo: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Desde épocas muito remotas, judeus, cristãos e muçulmanos faziam peregrinações a Jerusalém para venerar os Lugares Santos. Em 1187, Jerusalém foi tomada por Saladino, o sultão “dos infiéis”. A Europa cristã, não se conformou com a perda da Terra Santa. O papa recorreu a todas as cortes para organizar a reconquista. Os reis Filipe Augusto da França, Ricardo I da Inglaterra e Frederico Barba Roxa da Alemanha, atenderam ao pedido, mas só Ricardo denominado por sua bravura de Coração de Leão, destacou-se nos campos de batalha na Terra Santa.


A Inglaterra ia tomar outra direção, mas os interesses comuns eram fortes: a conquista da Terra Santa, decisiva para as rotas comerciais com a Ásia e o símbolo da fé cristã, superou as desavenças dinásticas. Juntos, Ricardo e Filipe vão para a Terceira Cruzada. Ambos, apaixonados pela causa, mas Ricardo sonhando em ser um verdadeiro cavaleiro e imperador de novas terras. Em 1189, antes de partir confia o governo ao Bispo de Ely, William Longchamp, ao Bispo de Durham, Hugh de Puisset sob a supervisão de sua mãe a Rainha Eleanora de Aquitânia. Após atravessar a França, Ricardo permaneceu na Sicília junto com Filipe, até 1191, e rumaram então para Chipre dominada pelos bizantinos. Desejando chegar à Palestina com glórias militares e sendo a posição estratégica da ilha importante, acusou o governador grego de ter insultado sua noiva Berengaria, filha do Rei Sancho VI de Navarra. Declarou guerra, conquistou Chipre e tornou-se herói.


A oito de junho de 1191 Ricardo e Filipe, reunem-se em Acre na costa da Palestina. A fortaleza é dominada em semanas, mas a rivalidade entre os aliados torna-se grave. Orgulhoso, Ricardo insulta Leopoldo da Áustria e suas relações com Filipe se desintegram a ponto deste retornar para a França. Lá encontra com o Príncipe João, irmão de Ricardo, para dividirem entre si o reino de Ricardo. Nesse período Ricardo vence novas batalhas levando os cruzados duas vezes ao muro de Jerusalém. Recebeu notícias da Inglaterra e resolveu voltar, antes, recebeu do sultão Saladino o reconhecimento da posse das cidades costeiras da Palestina e o livre acesso dos cristãos ao Santo Sepulcro. Voltando para a Inglaterra a frota naufragou no mar Adriático, ele se salvou e evitando o território francês, atravessou a Alemanha - disfarçado, mas foi capturado em Viena, por ordem do Rei Leopoldo da Áustria no dia 21 de dezembro de 1192.


Em 1193 Leopoldo é obrigado por Henrique VI, imperador do Sacro Império Romano Germânico a lhe entregar o prisioneiro. Enquanto isso na Inglaterra os partidários de Ricardo uniram-se ao Arcebispo de Rouen, Walter de Coutances e a Rainha Mãe, para lutar contra João. Este anunciara a morte de Ricardo. Em fevereiro de 1194, - (Henrique VI)- liberta Ricardo. Em 16 de março de 1194, Ricardo entrou em Londres sob aclamação popular. João refugiou-se em território francês. Ricardo parte para lá e o combate ocorre na França contra Filipe e João. Às lutas, sucedem-se armistícios (Derivação latina de armistitium < latim armae, 'armas', + lat. stare, 'suspender', 'parar', pelo modelo, por exemplo, de justitium (jus + stare) 'suspensão das funções dum tribunal’. Refere-se também a suspensão das hostilidades entre beligerantes como resultado de uma convenção, sem, contudo pôr fim à guerra; trégua. Suspensão de guerra). Ricardo estava na França há cinco anos e nunca retornaria a Inglaterra. Um incidente trivial ocasionou sua morte em seis de abril de 1199, aos 42 anos.


Estas batalhas relacionadas às cruzadas não se revestiam de consideração, visto que filho luta contra pai e com irmão, vê-se claramente que o que interessava mesmo era os interesses da nação, pois a libertação da terra Santa facilitaria o comércio para a França e a Inglaterra. “Ressaltem-se mais uma vez que: dos dez anos de seu reinado passou nove fora da Inglaterra, participando da 3ª Cruzada. Obteve vitórias na cruzada como a conquista do Chipre (1191), mas se indispôs com Leopoldo V, duque da Áustria, enquanto Filipe II Augusto estimulava seu irmão João sem Terra a se revoltar contra o rei, já então conhecido como Coração de Leão, o que o obrigou a deixar à Palestina (1192), após firmar, com Saladino, uma trégua de três anos que permitia aos cristãos o acesso aos lugares santos. Ao retornar (1192), foi feito prisioneiro pelo duque Leopoldo da Áustria, que o entregou ao imperador Henrique VI, da Alemanha. Após dois anos de prisão no castelo de Dürrenstein, no Danúbio, foi libertado em troca de valioso resgate e promessa de vassalagem. Coroado pela segunda vez (1194) voltou ao continente para tentar recuperar os territórios tomados por Filipe Augusto, mas morreu em conseqüência de ferimentos provocados por uma flecha que o atingiu no abdômen, em um momento que estava sem armadura, durante assédio ao castelo de Châlus, na região francesa do Limousin. Seu corpo foi sepultado na Abadia de Fontevraud, junto de Henrique II, da Inglaterra, e de Leonor, da Aquitânia.


Líder da Terceira Cruzada e considerado na sua época como um herói, suas façanhas foram imortalizadas por Sir Walter Scott no romance Ivanhoe (1819). Os muçulmanos do Médio Oriente deram-lhe o cognome de Melek-Ric pel, e usavam a sua figura para ameaçar as crianças que se portavam mal. O desenrolar das cruzadas com as peregrinações a lugares Santos continuava. Enquanto os nobres europeus se preparavam para a cruzada, pregadores itinerantes levavam a mensagem do papa às pessoas comuns. Um desses pregadores, Pedro, o Eremita, inspirava seus ouvintes com tanto entusiasmo que milhares passaram a seguí-lo. Em abril de 1096, os seguidores de Pedro se reuniram na cidade alemã de Colônia. Não eram soldados disciplinados. Na Idade Média, somente os nobres eram treinados nas artes da guerra. Os seguidores fiéis de Pedro, o Eremita, eram mendigos e camponeses pobres e ignorantes que, por vezes, levavam suas famílias consigo. Partiram no início do verão, cheios de fé e nenhuma provisão. Quando conseguiam alimentos era através do saque ou da mendicância. Atacaram, por exemplo, cidades na Hungria e na Iugoslávia. Além disso, ao passar por Constantinopla, sede do Império (Cristão) Romano do Oriente ou Império Bizantino, saquearam os subúrbios da cidade levando a todos grande terror. Mas o pior estava por vir: o enfrentamento com o feroz e bem treinado exército turco.


Resultado? Um verdadeiro massacre! Os cruzados maltrapilhos se instalavam desordenadamente numa fortaleza abandonada. Um pequeno grupo saiu para saquear os arredores, mas foi surpreendido e totalmente aniquilado. Quando o exército turco se aproximou da fortaleza, os cruzados como eram de se esperar, sofreram fragorosa derrota, com milhares de baixas. Alguns foram capturados e vendidos como escravos; outros escaparam e conseguiram ser resgatados para narrar o ocorrido. Tivemos no decorrer da história que é longa demais e de muitos detalhes as cruzadas estavam assim delineadas; “Peregrinações a Lugares Santos, “A Cruzada dos Pobres”, A Primeira Cruzada – Cruzada dos Nobres - Os nobres europeus prepararam-se com maior acuidade durante todo o ano de 1096. Partiram no outono daquele ano e já em abril de 1097 estavam em Constantinopla prestando sua solidariedade e solicitando o apoio do Cesar ao papa bizantino Aleixo Comneno. Partiram inicialmente ruma a Antioquia. No caminho sitiaram e tomaram a cidade de Nicéia, até então ocupada pelos turcos. O Cerco de Antioquia, Os cruzados continuaram seu caminho, atravessando a Síria.


A jornada foi muito difícil, cheia de conflitos e desentendimentos entre os chefes cristãos e perpassada por duros combates com o exército turco. No outono de 1097 finalmente chegaram a Antioquia, cuja conquista foi longa e penosa. Durante sete meses os cruzados sitiaram a cidade sem conseguir vencer a resistência de seus defensores. Somente em julho de 1098 os exércitos cristãos conseguiram ultrapassar as muralhas da cidade, graças a alguns moradores cristãos que ainda ali viviam e que facilitaram a sua entrada. Poucos dias depois uma nova leva do exército turco chegou e cercou Antioquia com os cruzados dentro. Depois de muitas batalhas os cruzados lograram romper o cerco, derrotar os turcos e seguir em sua jornada rumo a Jerusalém. Em Jerusalém - Os cruzados chegaram às portas de Jerusalém em julho de 1099. Seus primeiros ataques foram facilmente repelidos pelos turcos. A 14 de julho, após jejum e oração, o exército cristão partiu para seu mais importante ataque. Por volta do meio-dia de 15 de julho de 1099, os cruzados escalaram as muralhas e abriram um de seus portões. Os que estavam fora das muralhas correram para dentro da cidade e massacraram impiedosamente e sem discriminação - judeus e muçulmanos habitantes da cidade.


Quando finalmente entraram na Igreja do Santo Sepulcro, os cruzados caíram de joelhos dando graças a Deus pela vitória. Do lado de fora da Igreja os cadáveres de suas vítimas, recobertos de sangue, enxameavam as ruas. Criação de Feudos Europeus na Palestina - A maioria dos nobres e seus seguidores voltaram para a Europa, mas alguns permaneceram. Os líderes dos que ficaram estabeleceram quatro Estados cristãos nas regiões conquistadas: o Condado de Edís - o principado de Antioquia, o Condado de Trípoli e o Reino de Jerusalém, por ser o mais importante, ficaram com Godofredo de Bouillon, um dos líderes da cruzada. Queremos reafirmar que esta pesquisa teve a colaboração valiosa da Copyleft LCC Publicações, da qual agradecemos de todo o coração e para nós foi mais um aprendizado que ficará marcado para sempre em nossas memórias. (grifo nosso).



Os soldados receberam terras nesses novos Estados. Estabelecendo-se entre árabes, turcos, gregos e judeus que ali viviam, começaram gradualmente a adotar os hábitos e o linguajar do local. Vale ressaltar que aqueles Estados cristãos jamais conheceram a paz. Estavam constantemente em guerra com seus vizinhos muçulmanos e jamais foram capazes de controlar as áreas rurais. Os muçulmanos normalmente rondavam as estradas atacavam peregrinos cristãos com destino a Jerusalém. Cavaleiros Templários e Hospitalários; A Segunda Cruzada – Cruzada dos Reis; Saladino; Numa época em que era comum - os governantes mostrarem-se traiçoeiros e cruéis, Saladino ficou famoso por sua humanidade e honestidade. Tendo dado sua palavra, fosse a um amigo ou a um inimigo ele sempre a mantinha. Tinha grande amor pelas crianças e as histórias de seu carinho para com elas e sua gentileza para com os desprotegidos fizeram dele uma lenda. Saladino era implacável na luta, mas generoso na vitória.


Ao contrário do que aconteciam com os exércitos cristãos, seus homens nunca macularam seus trunfos com o massacre de prisioneiros indefesos. A Terceira Cruzada – Nova cruzada de reis; A Terceira Cruzada – Nova cruzada de reis; A Quarta Cruzada – Saque de Constantinopla; A Cruzada das Crianças - O pequeno pastor francês Estevão estava persuadido de que somente os puros de coração e mentes poderiam reconquistar a Terra Santa. Conseguiu fazer centenas de prosélitos em toda a Europa Ocidental. No verão de 1212, milhares de crianças, principalmente francesas e alemãs, deixaram suas casas para se juntar a uma cruzada. Nenhuma delas conseguiu chegar à Terra Santa. O grupo francês dirigiu-se a Marselha, onde mercadores inescrupulosos lhe ofereceram transporte gratuito até a Palestina.


Algumas das crianças afogaram-se numa tempestade; as restantes foram vendidas como escravas. As crianças alemãs foram para a Itália, mas não conseguiram seguir adiante. Sem dinheiro e sem comida, tiveram de mendigar para sobreviver. Pouquíssimas conseguiram voltar para casa. A Quinta Cruzada – outro fracasso; A Sexta e a Sétima Cruzada – vitórias diplomáticas e tragédias militares A Sexta Cruzada foi comandada por Frederico II, da Alemanha. O monarca chegou ao Oriente em 1228, mas muitos cristãos locais não quiseram juntar-se a ele. Para sua sorte os muçulmanos mostravam-se igualmente divididos. Ambos os lados preferiam parlamentar ao invés de lutar.
As negociações se estenderam por todo o inverno e, em 29 de fevereiro de 1229, chegou-se a um acordo de paz, assinado para durar 10 anos. Os cristãos foram muito mais favorecidos pelo tratado, pois obtiveram Jerusalém, Belém e Nazaré.


A cruzada representou o triunfo de Frederico. Através de negociações inteligentes ele alcançou o que anos de guerra não tinham conseguido. O que Frederico conquistou perdeu-se em 1244, quando os muçulmanos expulsaram os cristãos de Jerusalém. Para reconquistar a cidade foi organizada uma cruzada em 1248, sob o comando de Luís IX, da França. O Fim das Cruzadas - A Sétima Cruzada terminou em tragédia, mas o pior ainda estava por vir. Em 1260, dez anos depois da derrota do rei Luís, chegou ao poder no Egito o sultão Baybars. A ele caberia unir os muçulmanos e expulsar os cristãos do Oriente. A Paz que ainda não veio - Mais de novecentos anos após a Primeira Cruzada, a região do Oriente Médio em geral, Palestina em particular, é uma das áreas mais conflituosas do globo terrestre.


Desde 1948 a Organização das Nações Unidas estabeleceu um território para o Estado Nacional de Israel e outro – Cisjordânia e Faixa de Gaza – para o Estado Nacional Palestino. Israel, além de descumprir todas as determinações da ONU, ocupa espaço em cinco Estados muçulmanos: Líbano, Síria, Cisjordânia, Gaza e Jordânia, acirrando os ânimos de fundamentalistas muçulmanos que se defendem como podem, com atos ditos de “terrorismo” e fundamentalistas judeus que oprimem o povo palestino negando-lhes autonomia e autodeterminação. Já nos estendemos demais, visto que o assunto e por demais interessantes e uma biblioteca seria o suficiente para narrar todos os detalhes dos mouros, dos sarracenos, de Paladino, de Ricardo Coração de Leão, Jerusalém a Terra Santa, a luta da França e da Inglaterra para libertação de Jerusalém para obterem um retorno comercial, todas as cruzadas com suas nuanças, mas a verdade é preciso vir à tona, pois até hoje apesar de muitos mortos e muito sangue derramado a guerra ainda continua e cada vez mais violenta e sangrenta. O ponto hoje é a criação do Estado palestino que Israel quer impedir, mas a luta continua e muitas vidas ainda serão ceifadas com certeza.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-DA ALOMERCE E DA AOUVIR-CE.
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


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