Administração De Recursos Humanos



Francisca Elisângela Pedrosa Mendes[1] 

O ambiente de recursos humanos, hoje, considerado por vários autores como vasto e complexo, representa todo um universo que envolve externamente uma organização. É tudo aquilo que está situado fora da organização. É a própria sociedade, constituída por outras empresas, organizações, grupos sociais etc.

As organizações são estruturadas pelo o homem para se adaptarem a circunstâncias ambientais, a fim de alcançarem objetivos que façam delas eficazes e com condições de sobrevivência e crescimento.

O ambiente de recursos humanos, direcionado para as organizações e sua estrutura, é um contexto externo que apresenta uma enorme variedade de condições extremamente variáveis e complexas, que as organizações precisam discernir para reduzir a incerteza a seu respeito.

Conforme o sistema de mapeamento ambiental[2] de Idalberto Chiavenato[3], existe três dificuldades: a seleção ambiental, quando as organizações selecionam seus ambientes e passam a visualizar na estrutura exterior, apenas uma pequena porção de todas as inúmeras variáveis ambientais possíveis, a participar realmente do contexto da organização; a percepção ambiental, quando as organizações percebem subjetivamente seus ambientes de acordo com suas expectativas, suas experiências, seus problemas, suas convicções e suas motivações; e os limites ou fronteiras, que são as linhas imaginárias que definem o que é a organização e o que é o ambiente, e servem para delimitar ou reparar a organização do contexto[4] ambiental que a envolve.

As organizações vivem em um mundo humano, social, político e econômico em constante mudança. Daí o conceito de o ambiente ser extremamente multivariado e complexo.

Segundo Idalberto Chiavenato, para uma melhor compreensão sobre o que constitui o ambiente de recursos humanos de uma organização, é necessário dividi-lo em duas partes: o ambiente geral (comum a todas as organizações) e o ambiente de tarefas (específico de cada organização)[5].

O ambiente geral constitui variáveis tecnológicas, políticas, econômicas, legais, sociais, demográficas, ecológicas.

O ambiente de tarefas ou específico, diferente do geral, é constituído pelas outras organizações, instituições, grupos e indivíduos com quem uma determinada organização mantém interface[6] e diretamente interada para operar.

É o contexto ambiental que fornece a uma organização as entradas ou insumos[7] de recursos e informações, e distribuição de saídas ou resultados.

Sabe-se que os ambientes organizacionais, como os demais ambientes, tornam-se "doentes" a partir de práticas de ARH[8] que não levam em conta o aspecto humano do negócio, como também valorizam em primeiro lugar apenas a produtividade esquecendo-se do trabalhador, ou seja, de suas necessidades humanas.

Até porque, num mundo, onde o trabalhador está cada vez mais escolarizado e as organizações estão obrigadas a competir globalmente, é importante pensar que as empresas terão melhores resultados, se trabalharem com colaboradores com significativa autonomia, engajados e felizes. Neste ponto exige-se uma estrutura de ARH pró-ativa e estratégica, a fim de permitir que "a toxidade das emoções[9]" definida por Peter Frost, seja minimizada e/ ou eliminada do corpo da organização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário eletrônico Aurélio da língua portuguesa. Software. Versão 05. Curitiba: Positivo Informática Ltda., 2004.

CHIAVENATO, IDALBERTO,1936. Administração de Recursos Humanos: fundamentos básicos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

FROST, Peter. As emoções tóxicas no trabalho. Editora Futura. São Paulo.




Autor: Francisca Elisângela Pedrosa Mendes


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