Impessoalize os textos empresariais



Um texto é pessoal e subjetivo quando pronomes pessoais e possessivos, verbos conjugados, basicamente, em primeira e segunda pessoa do singular, contribuem para que o diálogo se estabeleça entre autor e leitor de forma explícita, evidente.

Mas nem sempre é interessante explicitar quem fez, quem deve fazer algo. Muitas vezes, para evitar conflitos diretor ou para dar mais autoridade ao seu argumento, deve-se adotar uma posição impessoal, aparentemente neutra, ocultando o agente das ações.

Gramaticalmente, há muitas maneiras de impessoalizar o texto. Abaixo, as mais comuns:

a) Generalizar o sujeito, colocando-o no plural.

Pluralizar o agente é uma forma elegante de se distanciar do tom muito pessoal, sem adotar neutralidade absoluta.

Exs.: Procuramos demonstrar..., os pesquisadores reconhecem..., nossas conclusões... (Note que essas formas são menos subjetivas do que Procurei demonstrar..., reconheço..., minhas conclusões...).

b) Ocultar o agente.

As expressões é preciso, é necessário, é urgente, é imprescindível são utilizadas para ocultar o agente. Dessa forma, a afirmação passa a ser geral, universal, objetiva, como se não houvesse um intermediário.

c) Usar um agente inanimado.

Pode ser uma palavra que represente um ser inanimado, um fenômeno, uma organização ou até o nome da empresa.

Exs.: O Ministério decidiu..., A diretoria adiou..., A gerência autorizou...

A responsabilidade em relação à ação de dilui e não se pode identificar claramente quem realizou a ação. Este é um recurso muito utilizado na administração pública, na política, na imprensa e nas empresas.

d) Escrever na voz passiva.

Em vez de o analista cometeu um erro (voz ativa, muito acusativa), escreva um erro foi cometido (voz passiva analítica) ou cometeu-se um erro (voz passiva sintética).


Essas estratégias podem ser muito úteis na comunicação escrita, portanto, use-as quando julgar necessário impessoalizar seus textos.

Atenção: cuidado para não achar que não se deve usar "eu", "minha", "você". Esses pronomes, que caracterizam textos bem pessoais, subjetivos, podem sim ser usados, desde que sua intenção seja usar um tom menos impessoal.
Autor: Vívian Cristina Rio


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