CONTROLE URBANO



CONTROLE URBANO

O controle urbano seria momento(s) de paz para a sociedade. Infelizmente, a palavra controle esmaeceu nas atitudes insensatas do ser humano. O hominal parece alheio a responsabilidade. Esquece o divinal imantando o material. Infelizmente estamos repletos de anseios formatados por finalidades benéficas, mas nos anelamos ao viés do benefício e do proveito próprio. A insegurança, a corrupção são duas palavras que mais ecoam na psicosfera brasileira. A ética foi surrupiada das ações dos seres humanos. A energia benéfica esvaiu-se no metamorfismo da ambição, da inveja e da falta de amor que escoou nos ralos fétidos da podridão atual. Acumulam-se numa ilha de passividade estancando-se no espaço geográfico dos que denigrem a imagem de um País que almeja crescer positivamente, mas esbarra nas inserções deletérias do descontrole político, tornando-a vulnerável.

O afogamento social é inevitável, as chagas profundas, o sofrimento incalculável, a pobreza e a miséria se agarram ao movimento peristáltico. Leis existem é só cumpri-las. A formação cultural e social de uma grande parcela da população não alçou e nem açambarcou as feéricas atitudes. Sobram leis municipais e federais de controle urbano e mesmo assim vivemos em um caos. Zerar o desrespeito pelo semelhante seria heresia. A palavra controle tem derivação francesa (controle) e se insere na sinonímia cujo ato, efeito ou poder de controlar; domínio, governo. Pela falta ou ausência de líderes o controle foge as regras em execução nos dias de hoje. A fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos, ou sobre produtos, são de suma importância para que tais atividades, ou produtos, não se desviem das normas preestabelecidas. A fiscalização financeira pode ser alcunhada como o botão chave, o circuito ou parafuso destinado a ajustar ou fazer variar as características de um elemento elétrico.

Em nossa finalidade específica o elemento seria o homem social. O autodomínio físico e psíquico, o equilíbrio tem sua importância e finalidade. O botão chave, o circuito ou parafuso destinado à ajuda foram se juntar a outros nas caixas velhas do “Seu Lunga”, em Juazeiro do Norte, no interland cearense. A mídia focaliza com destaque o “controle urbano”, mas para existir o controle epigrafado, a sociedade deveria estar em sintonia e ajustada. Não queríamos voltar ao niilismo (descrença) da política, mas os fatos que acontecem nos parlamentos brasileiros geram situações hilárias. A nova figura no Senado Federal é o cartão vermelho. O cartão vermelho é usado com a finalidade de transformar o descontrole em controle, mas um só não seria suficiente. Noventa e cinco por cento dele deveria ter sido exibido e os beneficiados como o cartão, expulsos do Senado Federal.

Como se diz no jargão, no clichê popular é o sujo falando do mal lavado todos os dias. Estamos carentes de decisões benéficas. O que hoje se faz tendo como azimute a população são artimanhas para uma possível eleição, ou reeleição política. Fala-se em turismo social, em aquecimento global, no dragão da maldade, em correição importante (um trabalho para identificar possíveis dificuldades e propor ações visando oferecer um melhor serviço de atendimento ao cidadão). Será que o cidadão tem o respeito que merece? Não. Então, possíveis dificuldades não caberiam jamais numa correição importante. O trânsito de Fortaleza morreu por falta de controle da AMC (Autarquia Municipal de Trânsito). A população já está assimilando noções de engarrafamento, e já começa a executar esse serviço, pois autoridade de trânsito nas ruas é fruta rara, não existe. Quem faz o trânsito da cidade são os fotossensores, aliás, motociclistas deveriam ser punidos, mas estão livres, pois os perniciosos “pardais” não conseguem captá-los.

Os buracos continuam a sujeira também, ninguém respeita ninguém. Os dois governantes que aí estão são passivos demais. O orgulho pessoal e a vaidade são seus pontos fortes. Coronel auxiliar da Segurança Pública coloca as unhas de fora e quer mostrar serviço. Esquece que seus irmãos e companheiros de farda e caserna estão no rol da fome e da miséria. Jamais poderemos ter uma segurança modelo se a sociedade não atingiu esse patamar. Como podemos mudar uma instituição secular da noite para o dia, mesmo com ameaças. Palavras acalentadoras só se encontram em mentes inteligentes. Inserções ameaçadoras são pontos fortes das famosas cabeças de prego. É verdade que o poder político tenta enfraquecer o poder militar.

Se não houver o devido respeito e valorização a função militar com elevadas competências nos domínios da cidadania, da cultura, da ciência, bem como na área técnica nada valerão. Pela falta de respeito e da solidariedade corremos o risco de sermos execrados pela sociedade. Os grupos sociais, principalmente os de referência, deveria nos considerar como seus pares. A falta de brasilidade, o amor a nação, a disciplina nos transformou em reles da sociedade interesseira e desumana. O brasileirismo enfraqueceu, não temos o modismo próprio da linguagem dos brasileiros, e nem o sentimento de amor ao Brasil, a famosa brasilidade. A Trindade Social (saúde, educação e segurança) que deveria ser vista com “olhos de coruja” parece enojar o governo, visto que os menos aquinhoados são os mais necessitados dessas benesses.

Quem tem um dinheirinho a mais pode, mesmo fazendo falta, pagar um plano de saúde, uma educação melhor para seus filhos, e mesmo assim são vigiados dia e noite pelo leão faminto da Receita Federal. Extinguiram o Montepio Militar, criaram a Previdência do Estado e o desconto é alto, mas ninguém de são consciência sabe como empregam o dinheiro. O Hospital da Polícia Militar arqueja, pois o desleixo para com os integrantes da Polícia Militar é grande. Quando será que governantes terão bons olhos voltados para os fracos, oprimidos e estropiados? Queremos saber. Encerramos esta matéria com uma expressão da médica Fátima de Oliveira. “Afogo-me na tristeza ao constatar que o governo no qual votei não treme as entranhas para dizer que “a supressão do fundo (Fundo Nacional da Promoção da Igualdade Racial) deu-se em virtude da crescente destinação de recursos para “implementação” de políticas afirmativas”. É inqualificável que um ministro negro diga amém a tamanha tergiversação! A peleja sobre o Fundo é antiga. Remonta a 2005” A discriminação racial é crime, mas a insanidade ainda é majoritária em nossa sociedade. Pensem nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-DA ALOMERCE E DA AOUVIRCE
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


Artigos Relacionados


Na Onda Do Ronda

A InseguranÇa Nas Nossas Vidas

SeguranÇa Reage Negativamente

A Responsabilidade Governamental

Descaso Para Com A PolÍcia Militar

Vigilancia Sanitaria: O Controle Do Risco Fora De Controle

ViolÊncia IntolerÁvel