Antonio Candido: Mito, lenda e verdade



Antonio Candido para muitos. Menino Antonio Candido para alguns. Mestre Antonio Candido para todos. O monstro sagrado da literatura jornalística brasileira nasceu na cidade maravilhosa em 1918. Desde então, ajudou a traçar novos trilhos à filosofia, ao jornalismo e porque não à intelectualidade das terras tupiniquins.

Antonio Candido é também um privilegiado. Afinal, conviver com Décio de Almeida Prado e Florestan Fernandes, resenhar os primeiros livros de João Cabral de Melo Neto e Clarice Lispector e ainda ser docente de Fernando Henrique Cardoso e Roberto Schwarz, não é para qualquer um.

Exagero na sensatez ou sensatez no exagero¿

Antonio Candido Mello e Souza canta, isto mesmo, canta, porque Candido não fala, assim como compõe, não escreve. Sua vida de gênio da literatura a qual apenas designa como estudioso, tem três fases. A primeira é uma busca pelo condicionamento, da causa. Na segunda o nosso menino de 91 anos estava preocupado não com as conseqüências, mas com a funcionalidade. E da funcionalidade é que surge a terceira, a estrutura. Cronologicamente estas etapas correspondem as décadas de 40, 50 e 60. “A relação entre elas talvez dê alguma coerência teórica às minhas idéias”, palavras do próprio Candido. Vejam quanta modéstia no uso de TALVEZ.

A notoriedade do mestre ou do menino, como quiserem, pode ser resumida no termo a seguir: Nós, pobres mortais, nascemos, crescemos, produzimos um pouco, bem pouco, assim vivemos, também um pouco, e morremos. Com Antonio Candido não. Ele nasceu, cresceu, produziu, produziu mais, esta produzindo mais ainda, e jamais morrerá porque o grande mestre emerge e caminha nas profundezas do infinito por tempo indeterminado, tal como suas grandes obras.
Autor: Marcel Scinocca


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