O QUE VOCÊ ESTÁ SEMEANDO?



O QUE VOCÊ ESTÁ SEMEANDO?

Lucas 8.11: “A semente é a palavra de Deus”.

Fala-se muito hoje sobre plantar para colher alguma coisa, principalmente as igrejas que pregam a Teologia da prosperidade. Citam muito o principio divino da semeadura e da sega. Elas não estão erradas. Isto é verdade.

Mas vamos atentar para outro tipo de semeadura.

Quando Jesus disse que a semente é a palavra de Deus, ele estava se referindo a este abençoado princípio. Quando a palavra de Deus é semeada, ela certamente dará frutos grandiosos. Não importa onde a semente vai cair, o importante é semear.
Mesmo que a semente caia na beira do caminho, ou entre pedregais, ou entre espinhos ou em boa terra, nossa responsabilidade é semear. Paulo conhecia bem este lado da questão, quando disse “eu plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento”. 1 Co 3.6.

Basta que façamos nossa parte, é Deus que dá o acabamento na obra. É ele quem completa o trabalho feito e ele é tão maravilhoso que um dia vai nos dizer: “Olhem o trabalho que vocês fizeram”.

Uma grande ironia dos nossos dias é que muitos se esquecem que a semente é a palavra de Deus. Quando Jesus disse aos escribas e fariseus “errais não conhecendo as escrituras nem o poder de Deus”, mostrou um erro duplo que eles cometiam.

Modernamente cristãos se esforçam, através de cursos, simpósios, seminários, congressos e muito ativismo, para se apropriarem do conhecimento da Palavra. Isto é bom, desde que não fiquem só de um lado e esquecendo-se do poder de Deus.

Por outro lado há muitos, talvez um número bem maior, que vivem em vigílias, orações no monte, jejuns, clamor e outras atividades, buscando o poder de Deus. Isto também é bom, desde que não fiquem só do lado de cá.

O menu completo é conhecer as Escrituras e o Poder de Deus. Tudo tem que estar baseado na Palavra, calcado na Palavra, vivido na Palavra, praticado na Palavra.

Mas vamos pensar no que disse Dwight L. Moody: "As Escrituras não foram dadas para aumentar nosso conhecimento, mas para transformar nossas vidas”.

O que mais o mundo precisa hoje é de semeadores da Palavra. Talvez o século XXI seja o século da palavra, da palavra do homem. Muitas palavras inúteis são proferidas hoje. Temos câmaras de representantes que falam muito, mas estão fugindo dos seus respectivos papeis.

Também temos muitos púlpitos ocupados por homens e mulheres que falam e falam e falam, mas não estão dizendo o que precisa ser dito.

Havia uma igreja em Washington, capital dos Estados Unidos onde, principalmente aos domingos, as mais importantes pessoas participavam do culto. Senadores, deputados, altas patentes militares e civis ali compareciam.

Certo dia o pastor convidou um pregador que era muito conhecido por sua unção, por sua inspiração, por sua coragem em pregar a verdade.

Antes do início do culto ele conversou com o pregador. Disse: “Olhe, irmão, nossa igreja tem abrigado as mais altas personalidades americanas. Veja como fala para não mexer com ninguém. Evite falar em sangue, em pecado, em arrependimento e em outros termos fortes”.

O pregador disse “está bem”.

Na hora da pregação ele começou assim:
“Amados irmãos e amigos é uma honra muito grande estar aqui nesta igreja e ver tantas almas sedentas pela verdade. Nosso país tem muita carência da verdade. Estamos vivendo dias negros na América e sabem porque? Porque a falta de vergonha começa nos mais altos escalões. Temos altos funcionários do governo mentindo, enganando e roubando, sem atentar para os mandamentos de Deus. Temos representantes que não representam nada a não ser os seus próprios interesses. E o pior de tudo é que nosso país está cheio de pastores efeminados que não tem coragem de chamar o pecado pelo nome, de condenar a desonestidade, a violência, a traição e a imoralidade. Precisamos de uma onda de arrependimento de pecados e da lavagem purificadora do sangue de Jesus sobre suas vidas”.
O pastor ficou pensando, “se arrependimento matasse, eu já estaria morto. De onde veio este?”

Quando o culto aos trancos e barrancos terminou, um deputado comentou com outro:

“Há muito tempo venho a esta igreja, querendo ouvir uma exortação como esta e só hoje foi que ouvi. Graças a Deus que ainda existem profetas neste mundo”.

Você, pregador, que só pensa em agradar, que só pensa em ser benquisto, que só pensa em ouvir elogios, cuidado! Você pode estar semeando coisas perigosas. Palavras melífluas, suaves, podem ser as palavras de um falso profeta.

Ezequiel, que é considerado por muitos um profeta de duras palavras, passou por uma fase em que estava pregando coisas muito agradáveis. Veja o que Deus falou com ele: “E eis que tu és para eles como uma canção de amores, de quem tem voz suave, e que bem tange. Porque ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra”. Ez 33.32.

Um dos mais notórios sinais de um falso profeta foi denunciado por Jesus mesmo: Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas. Lc 6.26.

Todos falam bem dos falsos profetas, porque eles não “pisam nos calos” de ninguém. Não falam coisas incisivas, diretas, contundentes. Não denunciam o pecado em suas mil formas. Querem agradar, querem falar bem demais, querem conquistar dizimistas e ofertantes e com isto se esquecem do seu papel de arauto.

O que estamos semeando, irmãos?
Autor: Paulo de Aragão Lins


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