A NECESSIDADE DE RESTAURAÇÃO



A NECESSIDADE DE RESTAURAÇÃO

“Que fazem estes fracos judeus? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?” (Isaias 4.2).

Restaurar é, quase sempre, mais difícil do que edificar algo novo.

Muitas vezes edificar algo novo é muito mais aconselhável do que restaurar uma estrutura comprometida.

Existem, não obstante, coisas, entidades, edifícios, obras e até vidas, que merecem e devem ser restaurados.

Tal foi o caso de Jerusalém e do templo.

Valia a pena e, por causa disto, homens heróicos, visionários e profetas tomaram a si o encargo de realizar aquela obra inaudita.

Não adiantava os inimigos tentarem imprimir uma mensagem negra, lúgubre, tétrica, maldosa e satânica em suas mentes.

Zorobabel, Esdras e Neemias eram homens feitos de um estofo especial.

Não estavam olhando para o aqui e o agora.

Estavam visualizando a grandeza das profecias, a esperança da visão maior da história do povo escolhido.

Quanto a vivificar pedras queimadas, o Deus que aqueles homens estavam servindo, era capaz de coisas maiores do que esta.

O que quase literalmente aconteceu.

Os muros foram restaurados, o templo foi reconstruído, o sacerdócio foi restabelecido, uma obra que parecia impossível.

Apesar de os inimigos procurarem, por todos os meios possíveis e imagináveis, demover os edificadores, eles passaram por cima de todas as dificuldades e realizaram a obra.

Vivificar pedras queimadas não é uma tarefa qualquer. A ironia era clara. Já que os outros meios de impedirem a reconstrução já haviam falhado, os inimigos usavam agora a força do discurso, o poder de persuasão verbal, para fazerem-nos desistir.

Era necessário um impulso partido do interior, o vigor sacrossanto do Espírito de Deus, levando aqueles homens à empreitada gloriosa a que se propuseram.

Homem de Deus, você tem uma grande obra diante de si, mas vai encontrar sempre alguém para dizer-lhe que ela será impossível.

Seus olhos mentirão ao seu coração, mas o seu coração ficará firme, confiando no Senhor.

Muitas pedras crestadas aparecerão diante de você, ao alcance do seu cinzel, mas não desanime! Como disse José Ingenieros, no prólogo do seu livro, “O Homem Medíocre”:

“É áscua sagrada, capaz de elevar-te para grandes ações. Cuida-a bem. Se a deixares apagar, jamais ela se reacenderá, mas se ela morrer em ti, ficarás inerte, fria bazófia humana”.

E antes desta tremenda conclusão, ele afirma:

“Quando orientas a proa visionária em direção a uma estrela e desdobras as asas para atingir tal excelsitude inaccessível, ansioso de perfeição, rebelde à mediocridade, levas em ti o impulso misterioso de um ideal”.

As forças negativas que militam neste universo são bem maiores do que imaginamos.

Jamais poderemos imaginar forças em nós mesmos para as suplantarmos.

Temos, porém, o Poder maior que, em nós, pode realizar as mais indizíveis proezas. Foi por isto que Paulo afirmou:

- Tudo posso naquele que me fortalece.
Autor: Paulo de Aragão Lins


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