Presentes de Natal



O costume de se dar presentes de natal, é uma tradição cristã milenar. Hoje, essa tradição evoluiu bastante, de tal forma que quando se pensa em presentes para natal, além dos brinquedos para as crianças – que são coisas passageiras – se pensa em presentes que fiquem para sempre, para tocar o coração de nossos queridos. Dentre esses presentes, destacam-se as joias religiosas, as joias católicas, joias para natal, a cruz em ouro, etc.

É interessante notar que o gesto nascido há mil e setecentos anos dentro da Igreja, tornou-se uma tradição mundial que ultrapassa os limites do cristianismo. Com efeito, mesmo em países de minoria cristã, como nos países asiáticos, por exemplo, é costume presentear-se pessoas queridas por ocasião do Natal, em 25 de dezembro. Mas, de onde vem essa tradição? Como ela começou? Quem a introduziu no mundo? E a figura de Papai Noel? Será que ela tem alguma coisa a ver com o cristianismo? Qual é a verdadeira história de Papai Noel?

Na verdade, a tradição de se dar presentes por ocasião do Natal e a figura do Papai Noel estão intimamente ligadas. Quem começou a praticar este alegre hábito foi um Bispo católico chamado Nicolau, hoje São Nicolau. Ele viveu em Mira, na atual Turquia, por volta do ano 300 da era cristã. Na juventude, foi um nobre de família bastante rica. Seus pais eram cristãos fervorosos, mortos na perseguição do imperador romano Diocleciano. Foram mártires. Morreram porque não quiseram renegar a fé em Jesus Cristo. Nicolau, nesse tempo, ainda era jovem e herdou uma grande fortuna.

Seguindo o exemplo dos pais, o jovem Nicolau continuou a praticar a fé que recebera desde o berço em sua comunidade de Mira. Assim, ele tornou-se discípulo do bispo local. Por isso, era duramente perseguido pelos romanos. Com grande desapego ao dinheiro, ele sempre ajudava a quem precisava.

O fato que originou o costume de se dar presentes no dia do Natal aconteceu quando Nicolau ficou sabendo que um pobre homem, pai de três filhas, se endividara e não tinha como pagar. O credor, então, exigiu que ele entregasse suas filhas como pagamento. Desesperado, o pai rezava aos seus “deuses” para que o ajudassem. Nicolau, sabendo dessa grande necessidade, foi até à casa do tal homem, subiu na chaminé e jogou lá dentro a quantia de dinheiro que o homem precisava. Era a madrugada do dia 25 de dezembro. O homem, ouvindo a movimentação no telhado e sem entender o que estava acontecendo, conseguiu pegar Nicolau, pensando que era um capanga do seu credor. Nicolau, porém, explicou tudo. O homem começou a agradecer aos seus deuses pelo presente, mas Nicolau corrigiu: “Agradeça a Jesus Cristo, o filho do Deus Único. Hoje é o aniversário dele! Foi por causa dele que você recebeu este presente!” O homem pagou sua dívida, abandonou suas crendices e se converteu ao cristianismo junto com suas filhas.

No ano seguinte Nicolau repetiu a dose. Dessa vez, na madrugada do dia 25 de dezembro, ele passou nos bairros pobres de Mira colocando presentes nas portas e nas janelas das casas. Os presentes eram acompanhados de bilhetes que explicavam o motivo daquele acontecimento: alegria por causa do aniversário de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo e gratidão a Deus Pai por ter enviado seu Filho ao mundo. Por causa disso, muito se converteram à fé cristã. Assim nasceu o costume de se presentear no dia do Natal.

A figura do “Papai Noel”, existiu de fato. Porém, ele não era um mero distribuidor de presentes. Não. Sua atuação tinha um motivo muito especial: comemorar o aniversário de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. São Nicolau fez isso até o fim de sua vida.

E é por isso, ou, pelo menos deveria ser por isso, que nós, hoje, também damos presentes de Natal: para comemorar o aniversário de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. É uma festa de aniversário. Mas aí, por causa disso, aparece uma pergunta inevitável: “Porque presentear outras pessoas se o aniversariante é Jesus Cristo? O presenteado não deveria ser Ele próprio?” Essa pergunta faz todo sentido. Realmente é estranho presentear uma pessoa por ocasião do aniversário de outra. Mas, há uma explicação.

O próprio Jesus disse no Evangelho de Mateus capítulo 25 que “Tudo o que fizerdes ao menor dos pequeninos, é a mim que o fazeis.” Baseado nessas palavras vemos que a atitude de São Nicolau tinha todo sentido. Ele, de fato, estava presenteando Jesus por ocasião do seu nascimento. E este gesto foi tão significativo que se espalhou para o mundo inteiro.

Infelizmente, porém, a imensa maioria das pessoas não se lembra mais do aniversariante Jesus no dia de sua festa de aniversário. É claro que, quando presenteamos alguém com amor e carinho, Deus se alegra com este gesto. Afinal, demonstrações de amor e de afeto sempre serão sinais da presença de Deus entre as pessoas. Mas acredito que seria muito bom se, ao presentearmos nossos entes queridos por ocasião do Natal, nos lembrássemos que, de alguma forma, estamos presenteando o próprio Jesus neles.

Esta consciência faz engrandecer o presente que nós damos. Com esta consciência, até os presentes mais simples ganham um significado maior. Aliás, por causa do amor, o presente em si é o que menos conta. O que importa é o gesto de amor, de doação alegre. O ato de presentear por ocasião do Natal, na maioria das vezes, gera paz, alegria, gratidão, felicidade, carinho. E o que é isso senão um sinal da presença de Deus no meio de nós?

E, quando resolvemos dar presentes religiosos, proporcionamos, além da alegria, do gesto de amor e de carinho, uma manifestação da fé, do transcendente. Essa manifestação de fé acontece em dose dupla. A primeira, parte de nós para com o presenteado, pois manifestamos nossa fé ao dar um presente religioso. A segunda, parte do presenteado que, ao usar um presente religioso, manifesta também sua fé.

Por isso, nada melhor do que, numa festa religiosa como é o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, darmos presentes religiosos, presentes que ajudem os outros a se lembrarem do aniversariante do dia 25 de dezembro; presentes que nos lembrem que a vida é mais do que essa que vivemos neste mundo. Os presentes religiosos tem esse poder.

• Jóias para Natal
E, falando em presentes de natal, presentes para natal, me vem à mente as joias religiosas, as joias católicas, as joias para natal, a cruz em ouro. São presentes que não são passageiros. São presentes que podem durar uma vida inteira. O simples fato de serem “joias” tornam esses presentes quase que “eternos”, condição condizente com aquilo que eles simbolizam: fé, amor, eternidade. Eles têm a capacidade, o dom de nos fazer lembrar nossa religião, nossa fé, as coisas do alto, o transcendente. Sem dúvida, são presentes muito apreciados. Quem os recebe, mesmo que não tenha uma fé tão esclarecida, sempre gosta e muito. Um presente desses, aliás, pode até ser ocasião de uma “volta à fé” para muitas pessoas que, por acaso, estejam mais distantes da religião. São presentes que mexem com nossas raízes mais profundas, mesmo que elas estejam encobertas e esquecidas.
Autor: Vicente Carvalho


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