UMA IRMÃ PERSISTENTE



UMA IRMÃ
PERSISTENTE

O Rev. Samuel Falcão, um dos mais brilhantes teólogos da Igreja Presbiteriana, autor do livro "Predestinação", foi certo dia pregar em uma igreja do interior da Paraíba, em uma fazenda denominada Imburaninha. A igreja já era lotada nos cultos normais e neste dia estava mais lotada ainda.

Ele pregou de manhã e notou que ali havia um grande número de moças que já tinham passado dos trinta anos, que ainda eram solteiras. Como o Rev. Samuel também era solteiro e já havia passado dos quarenta, estava caindo a sopa no mel.

Uma das moças decidiu que tinha que chamar a atenção do Rev. Samuel, de modo que ele a notasse e, quem sabe, entabulasse um namoro com ela. Pensou em uma maneira de fazer isto e a maneira inteligente que encontrou foi cantar um hino do hinário Salmos e Hinos, que falava no profeta Samuel da Bíblia.

Chegou para os irmãos mais antigos da igreja e perguntou se sabiam a música do hino. Ninguém sabia. Perguntou ao pastor local e ele disse que, infelizmente, não sabia a música. E agora?

De qualquer maneira ela pediu ao pastor para cantar um solo no culto da noite.

O pastor colocou o solo da irmã na programação. Pensou o pastor, lá com seus botões, que ela resolveu escolher outro hino.

Mas aquela irmã era uma paraibana de boa cepa e decidiu mesmo cantar o hino que se referia a Samuel. Se ninguém sabia a música, o jeito era compor uma música para o hino. Dito e feito. Quando o pastor deu oportunidade para a irmã cantar o hino, ela chegou diante da congregação e com uma música bem paraibana, de cantador de viola, soltou o cântico:

A Samuel Deus falou
Palavras de louvor
E tanto se admirou
Ouvindo o Salvador

Que dita se Jesus assim
Se dignasse ensinar a mim
Que dita se Jesus assim
Se dignasse ensinar a mim.

Bem, a intenção e o sacrifício foram bons, mas dali não saiu namoro nenhum e o Rev. Samuel Falcão morreu solteiro.

Um dia, ele já bem idoso, perguntei-lhe por que ele não se casou. Ele me deu a resposta que dava a todos que lhe perguntavam isto:

- Olhe, meu filho, eu não me casei, porque quem eu queria não me queria e quem me queria nem o diabo queria.
Autor: Paulo de Aragão Lins


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