UMA QUESTÃO DE FIDELIDADE



UMA QUESTÃO DE FIDELIDADE

Meu irmão Renato e eu estávamos evangelizando na cidade de São Vicente Ferrer, interior de Pernambuco, quando em uma tarde fomos convidados para visitar um enfermo que se dizia interessado nas coisas de Deus.

O homem estava com as duas pernas paralisadas. Um dia, de repente, sem qualquer motivo aparente, ficou sem andar. Nem podia mais ficar de pé. Os médicos não descobriram a causa e o deixaram em casa, em observação.

Renato chegou para mim e disse:

- É espiritual, Paulo.

Depois de falar do Evangelho para o homem, um jovem homem de uns 30 para 35 anos, ele disse que aceitava a Cristo como Salvador e abandonava suas crenças pagãs.

Renato, com muita fé, convidou-nos para orar e colocou o homem de pé, segurando-se no encosto de uma cadeira. Ao final da oração, Renato lhe disse:

- Pode andar, moço!

O rapaz começou a andar lentamente, começou a sentir força nas pernas e começou a falar:

- Graças a Deus, estou curado! Graças a Deus!

Sentia ainda que estava titubeando e começou a falar:

- Ai, meu Deus. Ai, meu Deus.

E continuava andando devagar. De repente ele mudou o louvor:

- Ai, minha nossa senhora.

Plaft no chão.

Renato disse:

- Pare com esta história de nossa senhora, pois não existe nenhuma nossa senhora, só existe um Senhor, que é Deus. Chame por Jesus Cristo que é a manifestação de Deus para nós e o nosso Salvador.

O homem ficou de pé, ajudado por nós e começou novamente a andar. Enquanto mudava as passadas, continuou naquela ladainha:

- Ai, meu Jesus! Ai, meu Jesus! Valha-me Iemanjá!

Plaft no chão.

Renato levantou-o novamente e novamente deu-lhe instruções. Ele começou outra vez a andar. Neste momento a casa já estava lotada de vizinhos.

- Ai, meu Deus! Ai, meu Jesus! Ai minha nossa senhora da conceição!

Renato perdeu a paciência:

- O senhor quer ser curado e viver para servir a Cristo ou quer viver em cima de uma cama, sem andar, servindo a esses ídolos do paganismo?

Ele disse:

- Me desculpe, moço, mas eu não posso deixar de servir à minha mãe nossa senhora da conceição, Iemanjá.

Deixamos o homem ali, paralítico, talvez para sempre e fomos meditando nas palavras de Jesus: "O deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos".
Autor: Paulo de Aragão Lins


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