MISTÉRIOS DO ALTÍSSIMO



MISTÉRIOS DO ALTÍSSIMO

Em Êxodo, nos capítulos 7 e 10, encontraremos Moisés, por ordem de Deus, pedindo a Faraó que ele permite que o povo de Israel saia do Egito. O que é estranho, porém, é que Moisés não pediu a Faraó para deixar o povo IR EMBORA, mas simplesmente pediu que deixasse o povo ir ao deserto, para oferecer sacrifícios ao Senhor.

A estratégia era boa. Depois de sair, era só continuar a viagem e.. pronto! Estariam livres.

Boa tática, mas, perguntamos, foi correta a ética apresentada?

O mais sério foi o argumento que Moisés usou para tentar convencer a Faraó que todo o gado deveria ir junto. Veja

“Então Faraó chamou a Moisés, e disse: Ide, servi ao Senhor: somente, fiquem as ovelhas e vossas vacas: vão também convosco as vossas crianças. Moisés, porém, disse: Tu Também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao Senhor nosso Deus: porque daquele havemos de tomar, para servir ao Senhor nosso Deus: porque não sabemos com que havemos se servir ao Senhor, até que cheguemos lá.”

Será que Deus estava aprovado todos estes engodos para convencer Faraó? Tudo indica que sim. Na Bíblia encontramos outros engodos semelhantes.

Jacó enganou o sogro Labão que, por sua vez, havia enganado o genro. Antes disso Jacó e sua mãe enganaram Isaque para conseguirem a benção de primogenitura.

Abraão enganou Abimeleque, dizendo que Sara era sua irmã, o que era verdade, mas a intenção foi outra. Isaque também usou do mesmo artifício. Tamar enganou Judá, seu sogro, para dele conceber e poder suscitar descendência ao seu marido falecido.

O assunto fica mais complexo quando nos lembramos que o próprio Deus enganou o homem várias vezes. Vejamos alguns casos:

Em I Reis 22 Deus resolve levar Acabe a uma guerra suicida. Em uma reunião de anjos do céu. Ele pergunta:

“Quem enganará a Acabe, para que suba, e caia em Ramote de Gileade? Um dizia desta maneira, e outro de outra. Então saiu um espírito e se apresentou diante do Senhor e disse: Eu o enganarei. Perguntou-lhe o Senhor: com que?

Respondeu ele: Sairei e serei espírito mentiroso na boca de todos os seus profetas. Disse o Senhor: tu o enganarás, e ainda prevalecerás. sai, e faze-o assim.” “ (I Reis 22:-22).

O profeta Micaías confirma mais ainda o fato quando diz: “Eis que o Senhor pôs o espírito mentiroso na boca de todos estes teus profetas, e o Senhor falou o que é mau contra ti.” (I Reis 22.23).

Em Ezequiel encontramos um afirmação surpreendente, dentro desta linha de raciocínio. Veja: “Se o profeta for enganado, e falar alguma coisa, eu, o Senhor, ENGANEI esse profeta. estenderei a minha mão contra ele, e o eliminarei do meio do meu povo Israel.” (Ezequiel 14.9).

Aos que não acolheram o amor da verdade para serem salvos, “Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira.” (II Tessalonicenses 2.10,11).

Jesus afirmou aos discípulos que falava por parábolas para que a maioria dos ouvintes NÃO ENTENDESSE o que ele estava dizendo.

Para quebrar a dureza inicial do coração dos Coríntios, Paulo usou o artifício da nada receber deles a fim de melhor ganhá-los para Cristo e ele mesmo confessou: “Sendo astuto, vos aprendi com dolo.” (II Coríntios 12.16).

Davi fingiu-se de maluco para enganar o rei Aquis, rei de Gate: “Pelo que se contrafez diante deles, em cujas mãos se fingia doido, esgravatava nos postigos das portas, e deixava corres a saliva pela barba.” (II Samuel 21.13).
José enganou várias vezes seus irmãos, quando eles foram comprar comida no Egito.

Ananias e Safira tentaram enganar o apóstolo Pedro e morreram instantaneamente.

Estas são as águas profundas dos mistérios de Deus.
Autor: Paulo de Aragão Lins


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