UM MENSAGEIRO SEM MENSAGEM
Quando Absalão se levantou contra Davi, formou um exército particular para derrotar os exércitos do seu pai.
Sabemos que seus intentos foram baldados, pois Joabe venceu-o com facilidade ao vê-lo pendurado pelos cabelos, pendendo de um grande carvalho.
Urgia, agora, contar ao rei o ocorrido. Aimaás, o filho do sacerdote Zadoque, que fora fiel a Davi, era um tipo que gostava de “atirar rápido”. Chegou-se ao general Joabe e pediu para correr e anunciar a Davi os fatos ocorridos. Joabe, porém, tinha outros planos e um mensageiro mais competente. Enviou Cusi.
Cusi saiu correndo e, quando já ia distante. Aimaás, pediu a Joabe, mais duas vezes, para correr após o etíope (a palavra “Cusi” aqui é apenas uma designação e significa “Etíope”). Joabe disse-lhe:
Para que agora correrias, tu, meu filho, pois NÃO TENS MENSAGEM conveniente?
Aimaás não desistiu do seu intento e insistiu mais ainda com Joabe, usando estas palavras:
- Seja o que for, correrei!
Joabe, então, lhe disse:
- Corre!
O moço estava tão ávido para dar a mensagem que, mesmo saindo atrasado, passou à frente do Cusi etíope.
Chegando diante do rei, ele deu parte da mensagem, porém o mais importante para Davi era saber notícias de Absalão, seu filho tão querido. O rei perguntou-lhe:
- Vai bem com o mancebo, com Absalão?
A resposta de Aimaás foi uma das mais patéticas das Escrituras:
Vi um grande alvoroço, quando Joabe mandou o servo do rei, e a mim teu servo; porém NÃO SEI O QUE ERA.
- Belo mensageiro, não?
Logo depois, chegou o etíope o qual, mesmo atrasado, tinha a mensagem correta para dizer ao rei. (II Samuel 18.19-33)
Autor: Paulo de Aragão Lins
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