IMITAÇÕES PERIGOSAS



IMITAÇÕES PERIGOSAS

No reino de Deus sempre existe uma coisa se contrapondo à outra. Deus ofereceu ao primeiro casal a árvore da vida. Em contraposição, de alguma maneira, a árvore do conhecimento do bem e do mal não deixava de ser uma inimiga. Foi exatamente esta última que eles resolveram escolher.

O ser humano é tão complexo que, diante de uma encruzilhada, tem sempre a tendência de escolher a pior parte. É uma herança edênica. É como um vírus. É como se o primeiro casal tivesse gerado uma enfermidade que passou pelo DNA de todos os seus descendentes.

O inimigo de nossas almas aproveita essas vis oportunidades, para meter seu bedelho sujo em cada etapa do plano de Deus.

Nossos primeiros pais geraram uma alma santa, Abel. Mas, o diabo arranjou um jeito de envenenar o coração de Caim, que a Bíblia diz que era do maligno, para matar Abel.

Quando Moisés, por ordem de Deus, se apresentou diante do faraó, com a intenção de libertar o povo escolhido, foi-lhe permitido fazer alguns sinais, para convencer aquele incrédulo que realmente existia um Deus todo poderoso. Na mesma hora o diabo mandou dois dos seus servos, Janes e Jambres, dois bruxos, que também fizeram sinais, para empanar o brilho da obra divina, confundir a mente do faraó, endurecer seu coração e impedir a saída do povo.

Já a caminho de Canaã, Moisés ofereceu sacrifícios a Deus, para demonstrar a dedicação do povo a ele, mas o rei Balaque contratou um profeta para imitar o profeta de Deus. Balaão mandou edificar sete altares e também ofereceu sacrifícios semelhantes. Alguns, desavisados, acharam que Balaão era um autêntico profeta e ouviram seus conselhos para se prostituírem. Muitos morreram por causa disto e o próprio Balaão foi traspassado à espada.

Antes de nascer Isaque, apareceu Ismael. Daí surgiu um conflito que, infelizmente, dura até os dias de hoje. As piores guerras, os mais cruéis atos de terrorismo e de domínio econômico sofridos hoje no mundo são gerados pelos descendentes de Ismael.

Quando nasceu Jacó, antes dele nascer apareceu Esaú, com o direito de primogenitura.

Deus mandou o Cristo. O diabo mandará o anticristo.

Jesus está preparando uma noiva, o diabo já tem preparada uma meretriz, mãe de muitas outras meretrizes e abominações da terra.

Deus tem para nós um cálice de ouro com o vinho puro do céu. A grande meretriz também arranjou um cálice de ouro, mas cheio de abominações.

Jesus é o abençoado Leão da tribo de Judá. Satanás, para não ficar por baixo resolveu viver ao derredor da Igreja, como um leão que ruge, procurando alguém para devorar. Note que ele é apenas um falso leão.

Jesus proferiu uma bela parábola que fala sobre os fiéis seguidores de Deus – o trigo. Nesta mesma parábola ele diz que o inimigo veio sorrateiramente e semeou o joio no meio do trigo.

Obadias, o profeta de Deus, no ultimo versículo do seu livro, diz que “se levantarão salvadores no monte Sião”. O diabo também resolveu levantar falsos cristos e falsos profetas para enganarem a muitos.

Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O diabo nunca fica satisfeito com aquilo que Deus faz – em Apocalipse 13:11 ele faz subir da terra uma besta com dois chifres semelhantes as de um cordeiro, mas falando como o dragão.

Em apocalipse 14:1 encontramos 144.000, selados com o selo de Deus – em suas testas escritos o nome do Cordeiro e o do seu Pai. Antes disto o diabo fez que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, recebessem um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas.

Deus nos prometeu a Nova Jerusalém, o diabo prometeu aos seus a Grande Babilônia.

Deus enviou o seu filho ao mundo como o Messias prometido, aquele que traria a verdadeira libertação para os escolhidos. Será que o inimigo deixaria isto por menos? Não. Antes mesmo de Jesus nascer, ele tentou impingir no Oriente Médio falsos messias. A Bíblia relata pelo menos três incursões desses fingidos.

O primeiro deles foi Teudas. Gamaliel, defendendo o cristianismo nascente fez as seguintes ponderações diante dos acusadores do sumo sacerdote:

“Varões israelitas, acautelai-vos a respeito do que haveis de fazer a estes homens. Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém: a este se ajuntou um número de uns quatrocentos homens, o qual foi morto, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos e reduzidos a nada”. At 5.35,36.

O segundo deles foi um tal de Judas, o Galileu, nos dias do alistamento, o qual levou muito povo após si, mas, como disse Gamaliel, “também este pereceu, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos”. At 5.37.

O apóstolo Paulo foi confundido com o terceiro desses falsos messias. O tribuno que levou Paulo preso a Jerusalém, fez a ele a seguinte pergunta:

“Não és tu porventura aquele egípcio que antes destes dias fez uma sedição e levou ao deserto quatro mil salteadores?” At 21.38.

Quando o povo de Deus peregrinava pelo deserto, como emblema de sua presença Deus mandou fazer o tabernáculo do testemunho. Os infiéis a Deus e fiéis ao diabo também fizeram um tabernáculo ao deus Moloque. At 7.43,44.

Através destes exemplos queridos, podemos observar que vivemos na confluência de dois mundos, diante de tremendas encruzilhadas, pressionados por seriíssimas escolhas, obrigados diante de importantes opções.

O cristão não pode ser apático, nem impassível, nem pusilânime, nem neutro, nem indiferente. Somos guerreiros, temos objetivos definidos, metas acertadas, esquemas determinados, planos traçados, visão lúcida. Estamos sempre vigilantes, como guardas, como sentinelas, prontos a tocarmos a trombeta em qualquer momento que seja necessário.

Não foi por acaso que nosso Mestre falou: “Vigiai e orai para que não entreis em tentações, o espírito na verdade está pronto, mas a carne é fraca”.

O apóstolo Pedro nos advertiu a resistirmos ao diabo, firmes na fé, sabendo que sofrimentos iguais aos nossos os irmãos tem passado em toda parte do mundo.

Antes de qualquer iniciativa, obra ou empreendimento, ore muito, analise bastante e peça a Deus o discernimento, porque o diabo chega ao ponto de se transfigurar em anjo de luz. Mas lembre-se sempre que, por cima de pau e pedra, somos o exército vitorioso do Senhor.
Autor: Paulo de Aragão Lins


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