Mergulhando Da Escadinha



A Praça Pintor Pedro Bruno foi inaugurada em finais de 1948, quando eu tinha oito anos de idade, mas eu ainda me lembro muito bem:  foi um acontecimento singular, por duas razões principais.

Primeiro, porque ela foi projetada e a sua construção foi dirigida pelo próprio homenageado – o Pintor Pedro Bruno ... e, depois, porque ela foi inaugurada por êle mesmo, que descerrou a bandeira que cobria o seu busto de bronze, no centro da Praça, para que o mesmo fosse bento pelo Padre Humberto Paulino da Cruz, vigário de então, seguindo-se uma série de discursos proferidos pelas autoridades presentes e por alguns amigos do Pintor.

Eram duas as escadinhas da Praça: uma que olhava para a Praia Grossa e outra que ficava de frente para a Ponte de atracação das barcas da Cantareira.

Todas duas eram circundadas por três grandes blocos de pedras de granito, nos quais era cravada uma grossa corrente de ferro que, assim, formava duas grandes alças em “L” que faziam, então, complemento para os degráus.

Era nessas duas escadinhas que eu me deliciava nos melhores banhos de mar da minha vida, mergulhando de cima dos blocos de pedra, ou dando os meus saltos mortais de cima do cais.

Algumas poucas vêzes eu também arriscava mergulhar das estacadas de atracação das Barcas ou de cima do prédio da Estação dos Passageiros, mas isso era só exporàdicamente.

Foram bons momentos da minha infância em Paquetá ...

Naquela  época  haviam  também  duas  lanchas  de  passageiros  que  faziam  a  travessia  Rio-Paquetá-Rio e que também atracavam nessas escadinhas. Eram a Oriente  e a Pedreira, de cima das quais eu também mergulhava quando elas estavam atracadas ali.

São reminiscências da minha infância que eu guardo com muito carinho no arquivo das minhas melhores recordações ...

Autor: Marcelo Cardoso


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