UM HOMEM VESTIDO DE BRANCO



UM HOMEM VESTIDO DE BRANCO

Certo dia um grupo de rapazes, todos crentes, achando que sua vida não estava sendo uma vida abundante, resolveu orar em um monte fora da cidade.

Fui convidado a fazer parte desse grupo e aceitei. Sérias experiências tivemos durante o período em que oramos ali.

Entre outras experiências, uma que ficou bem viva na memória, foi o caso de um menino que, dias depois de uma daquelas abençoadas reuniões, chamou-me insistentemente. Perguntou se eu era crente. Respondi que sim. Perguntou se eu gostava de subir ao monte para orar com um bocado de rapazes, altas horas da noite. Respondi novamente que sim, sem saber porque o garoto estava tão interessado. Pensei até que ele era crente e que estava desejando orar conosco.

O garoto era bem desenvolvido, mas tinha apenas 12 anos de idade. Quando respondi suas perguntas, ele começou a contar uma narrativa que nunca mais me saiu da memória. Contou que, certa noite, quando nosso grupo saíra para orar, ele e um bando de garotos resolveram subir escondidos atrás de nós, com a intenção de fazer confusão, jogando pedras no escuro para nos meter medo. Seu relato foi mais ou menos assim:

- Olhe, um dia eu vi vocês passarem aqui e saí de longe, acompanhando. Quando vocês chegaram lá em cima, que entraram no mato, eu fiquei de longe e chamei outros meninos para ir fazer um medo a vocês. Ficamos de longe, olhando, enquanto vocês "rezavam". Tava tudo de olho fechado. Nós pegamos em pedras, entramos no mato e fomos chegando perto. Quando a gente estava bem pertinho mesmo, então apareceu uma luz. Aquela luz foi rodeando vocês e depois ficou tudo tão coberto com aquela luz, que ninguém podia ver nada. Naquela hora eu já tava com tanto medo, que não podia nem sair do canto. Aí saiu um homem de dentro dos matos, todo vestido de branco e era bem alto. Nessa hora num agüentei mais e saí corrente. Os meninos já tava tudo longe!

Perguntei, então, ao menino:

- E agora, depois que você viu tudo aquilo, o que é que vai fazer?

O garoto disse que ia ser crente.
Autor: Paulo de Aragão Lins


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