Ciência Psicológica x Personalidade



 A Ciência Psicológica


Psicologia é uma ciência autônoma que se concentra no estudo do comportamento e nos processos mentais. Estuda o desenvolvimento, as bases fisiológicas do comportamento, a percepção, a motivação, a memória, a aprendizagem, a consciência, o pensamento, a motivação, a memória, a aprendizagem, a consciência, o pensamento, a emoção, as psicopatologias, a linguagem, o comportamento social...
As pessoas em geral têm a sua psicologia e a usam na tentativa de explicar o comportamento alheio e às vezes o próprio que poderíamos chamar de psicologismo ou psicologia do senso comum (conhecimento popular), reflete inferências populares acerca dos fenômenos observáveis, baseia-se na crença e na observação das pessoas, não é fruto de pesquisas, se limita ao “achismo”, não tendo validade científica. A psicologia cientifica usa métodos para a construção de seu escopo teórico e não propõe, como muitas vezes uma resposta única para a compreensão do comportamento humano ela gera conhecimento científico, pois o seu escopo teórico é produzido a partir da realização de pesquisas científicas.Os psicólogos trabalham com respaldo em teorias científicas e seguem métodos próprios de trabalho conforme sua área de atuação.
Estudando o comportamento podemos considerar normais àqueles que apresentam o comportamento de acordo com a exigência da sociedade e os patológicos aqueles que fogem do padrão comum da sociedade como exemplo neurose obsessiva, esquizofrênicos, estados de mania, depressão...).
Comportamento é o procedimento a conduta humana, o conjunto de atitudes e reações do indivíduo no meio social. Este comportamento vai ser influenciado no processo mental pela capacidade de percepção e cognição, a memória, a aprendizagem, emoção... Que influenciam o comportamento humano por aspectos de ordem genética e ordem social. Cada indivíduo apresenta características únicas que formam sua personalidade que perante a sociedade, passando por fases, condições, contato com diversas pessoas pode ser alterado.
O estudo do comportamento humano é muito anterior ao filósofo grego Aristóteles (384-332 A.C.), considerado por muitos o pai da psicologia, a psicologia se tornou uma ciência autônoma em 1920 na Alemanha por Wundt com a criação de um laboratório experimental onde se estudava tudo relacionado ao espírito humano a partir daí construções teóricas substituíram indagações filosóficas, imponentes no sentido de explicar integralmente o homem. Estudando as doenças mentais é possível uma aproximação da evolução da própria psicologia e da compreensão da sua utilidade, pois com o conhecimento vai auxiliar no tratamento de psicopatologias em trabalhos com grupos e individual. No século XX abriu a psicologia o desenvolvimento das linhas de estudo do comportamento como o Behaviorismo que tinha como objeto de estudo, conhecimento de qualquer animal e como objetivo conhecimento e formação do comportamento e aplicação de princípios; o cognitivismo que tinha como objeto de estudo o funcionamento da mente e como objetivo o conhecimento do funcionamento da mente e aplicação de princípios; humanismo que tinha como objeto de estudo a pessoa como um todo e como objetivo conhecimento das experiências do homem e viabilizar a ajuda terapêutica e a psicanálise que tinha como objeto de estudo a personalidade normal e anormal e como objetivo o conhecimento da dinâmica psíquica: viabilizar a ajuda terapêutica. As diferentes linhas de estudo podem reforçar a idéia de que a psicologia é sempre um ponto de vista e assim deixando claro que cada pessoa tenha o seu.


A psiquiatria é uma especialidade médica, que habilita seus profissionais a prescrever medicamentos para os pacientes e seu tratamento viabiliza um equilíbrio químico para o organismo, ajudando em desordens depressivas, doenças bipolares.
A psicanálise é uma formação para qual estão habilitados profissionais médicos e graduados em psicologia clinica, consiste no emprego da técnica psicanalítica criada por Freud que propõe a cura das desordens neuróticas pelo autoconhecimento.
A psicologia não é uma especialidade médica, não estão habilitados para prescrever medicamentos. Os graduados em psicologia podem optar por várias especializações que definem seu campo de atuação como: a Clínica (Trabalho em consultório com psicoterapias ou psicanálise); Educação (psicopedagogia que lida com problemas de aprendizagem, educação especial, orientação a profissionais que trabalham com a educação; Social (Estuda o comportamento social, interação de uma pessoa com outras); Organizações (promover o desenvolvimento de habilidades específicas dentro das mesmas, dinâmicas de grupo, motivação, recursos humanos); Hospitais (Escuta de enfermos, preparações cirúrgicas e pós onde terão prejuízo físico para o paciente, preparação das famílias); Esportes (motivação, auto – estima, objetivando a conseguirem suas metas); Transito (comportamento humano no transito, processos internos e externos); Direito penal e da família ( Psicologia jurídica, que abrange as questões ligadas a família, direitos da criança, adolescente), assim como outros...
A psicologia é uma ciência estudada em vários tipos de graduação, como exemplo, administração, pedagogia, fisioterapia, nutrição entre outros... principalmente as que lidam com o comportamento humano, conhecendo assim os conceitos básicos é bastante útil nos trabalhos em grupo, formação de equipes, gestão de condições favoráveis ao trabalho, criação de estímulos, motivação, liderança...


 A Personalidade


Quando descrevemos uma pessoa ou a nós mesmo usamos traços de personalidade. É o comportamental de um indivíduo e a maneira pela qual ele é percebido pelas pessoas e influenciado por elas. É o caráter ou qualidade do que é pessoal, determina a individualidade de uma pessoa, elemento estável de conduta, maneira habitual de ser, aquilo que a distingue de outra, características geneticamente herdadas, que conferem alguma estabilidade a conduta e dinâmica do comportamento resultante das interações sociais.
Não se pode prever se há herança de caracteres de origem genética ou o tipo de meio em que vivemos, mas a influência de ambos é certa, são características estáveis, mas podemos apresentar inconsistências em nosso comportamento, conforme a fase que estamos passando, o efeito do meio social, condições orgânicas.
Freud escreveu um texto controverso que apresentava contextos inéditos na comunidade científica, “Projeto para a construção de uma psicologia científica”. Apresentando três componentes do psiquismo humano: o id (inconsciente onde se encontra os núcleos primitivos da personalidade e impulsos básicos do ser humano, se manifesta com os sonhos e no discurso falante “atos falhos”); o ego (consciência que se forma a partir do contato com o mundo social” eu”); o superego (Internalizaçãodas restrições e leis sociais, “auto censura”). Estas estruturas se inter-relacionam, justificando a dinâmica do comportamento. Freud acreditava que a vida psíquica é regulada pelos princípios de prazer e da realidade, o id está para o prazer assim como o superego para a realidade que nos é imposta pela cultura. O ego seria uma instância mediadora entre os impulsos e a lei, em uma função de bem estar para o homem.
Freud constituiu a teoria psicanalítica ao observar seus pacientes onde se queixavam de sintomas clínicos (paralisias, afonias...), mas sem uma causa patológica que justificasse e a esses quadros ele chamou de histeria de conversão onde converte traumas psíquicos em sintomas físicos, essa descoberta fez com que os médicos deixassem de enxergar a doença como só corpo físico. Mente e corpo são instâncias indissociáveis. Provocando um grande incremento nos tratamentos das desordens neuróticas, a partir da aceitação da existência do inconsciente e do quanto o mesmo pode influenciar no comportamento humano.
Rogers define o eu ou autoconceito como um padrão organizado resultante de características percebidas pelo próprio sujeito em relação a si e aos outros modelos externos, a relação com outras pessoas definem a nossa condição humana. Na infância ocorre a formação de traços que podem ser modificados na fase adulta. As crianças negam o que sentem, o que querem para agradar aos outros, criando um falso self, mais tarde elas começam a perceber que podem agir de maneira completamente da qual foi “imposta” atuando conforme seus desejos, sentimentos.
A perspectiva está voltada para o produto das interações sociais, podemos atuar satisfazendo a sociedade, quando percebemos que poderíamos agir de uma maneira completamente diferente. O medo da inadequadação e até da rejeição nos motiva a isso. Rogers acreditava que o verdadeiro self só poderia ser conhecido na fase adulta, quando já está fortalecido e sem medo de libertar temores, posturas, desejos, acreditava que a educação ajudava a formar opiniões e posturas encomendadas “adestramento social”.
A teoria Rogeriana defende que a personalidade saudável aceita o próprio self, confiança do homem em suas experiências próprias e na aceitação do fato de que as pessoas são diferentes, “Somos resultado do que vivemos”.
Rogers critica a descrição da personalidade por traços, baseando-se no fato de estarmos sempre descrevendo aos outras pessoas por suas características estáveis, a “Pessoa Rogeriana” é sempre um resultado do recente, Ele aposta no ser humanos como uma obra inacabada.
Jung propõe a introversão (inclinação do indivíduo voltar-se para o interior e explorar sentimentos e experiência) e a extroversão (Inclinação do indivíduo para coisas externas) em sua teoria da personalidade.
Cattell apresentou traços levantados como dimensão básicas da personalidade, o estudo dos traços de personalidade nos leva a diferenciação entre traços originais (questões genéticas) e superficiais (questões ambientais). Os traços são ponderados de acordo com sua importância para a situação de interesse.
Os Behavoristas rejeitam a idéia de traços, inconsciente e demanda social como influentes ou mesmo dominantes de personalidade, para eles as pessoas são controladas pelo estímulo ambiental, condicionamento para explicar a atuação humana (Condicionamento operante - promoção de comportamentos específicos conforme os estímulos apresentados ambientalmente e Condicionamento respondente – hábitos rotineiros, sem auto critica, códigos que são passados para boa educação). A força genética é vista pelo behaviorismo como um dado influente em nossas atuações mas o ambiente é priorizado como o gerador do comportamento. São mais padrões repetidos do que espontâneos. Eles aceitam a seguinte formula para explicar o comportamento:

E R

(E = Estímulo / R = Resposta manifesta).
Autor: Monique Coviello


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