Lei da Semeadura nas Empresas
(A toda ação há sempre oposta uma reação igual…)
Isaac Newton
Isaac Newton foi um cientista inglês, físico e matemático, tendo várias de suas obras conhecidas mundialmente, dentre elas a obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, publicada 1687 que descreve a lei da gravitação universal e as leis de Newton. Embora Newton não tenha escrito nada diretamente para o mundo corporativo, acredito que suas teorias e princípios se adequam perfeitamente.
Infelizmente, os cursos de graduação pouco ou nada falam sobre gestão de empresas, e ainda, sobre gestão de pessoas; salvo aquelas específicas da área. De repente, aquele rapaz franzino lá da universidade, após 2 anos da formatura, lhe telefona e lhe convida para integrar uma sociedade, pois ele está capitalizado e disse que sempre acreditou no seu potencial. Nesse momento você entra num grande conflito de sentimento, entre a alegria de integrar uma sociedade e o desespero de ter que cuidar da gestão da empresa.
Para toda ação há uma reação. As empresas, ou melhor, seus gestores vem pecando continuamente no que tange aos relacionamentos que envolvem a empresa. Sejam eles com clientes, magistrados ou colaboradores. Neste artigo vou me deter à uma das 3 dimensões do relacionamento básico necessário para uma empresa sobreviver – O Relacionamento com os Colaboradores. A capacidade de agrupar pessoas e de fazer com que dêem o seu melhor é uma competência de poucos gestores.
Os benefícios de montar uma equipe altamente competitiva e motivada são inúmeros, porém gostaria de ressaltar um que considero um dos mais importantes, senão o mais importante, que é o baixo turn-over, ou seja, o baixo índice de rotatividade de funcionários e a consequente consolidação de uma filosofia de gestão, além da harmonia e entrosamento entre a equipe.
O resultado da falta de habilidade na gestão de pessoas nas empresas, vem tornando os índices de divisões e demissões cada vez mais altos, e claro, sempre deixando um lastro de rancor, inimizades e rivalidades, além do prejuízo financeiro.
É fato, que poderíamos listar mais benefícios e malefícios relativos a gestão de equipes, mas o objetivo deste artigo é lhe ajudar a plantar algumas competências que estão em falta nas empresas.
1. Compartilhe sua visão
Respeitando a estrutura hierárquica do escritório, é importante compartilhar com a sua equipe para onde você os está conduzindo. Para isso será necessário planejar, definir objetivos e as estratégias para alcancá-los. Ao partilhar uma visão, um plano de trabalho, aumentará a confiança da equipe em seu líder, além de se sentirem mais seguros. Como poderão dar o seu melhor se não acreditam ou sequer sabem para onde estão indo?
2. Tenha colaboradores ao invés de “empregados”
Conquiste adeptos para o seu projeto. Ao invés de empregados, busque colaboradores que estejam interessados em viabilizar o seu projeto. Essa competência demanda que seja estabelecido um relacionamento de proximidade entre o Líder e seus colaboradores.
3. Tenha a sua equipe de gestores
Todo líder precisa ter um grupo de colaboradores mais chegado, de preferência que tenham competências complementares a sua. Selecione, com critério, uma equipe de gestores para lhe ajudar na administração das diversas demandas da empresa.
4. Aprenda a ouvir a sua equipe
Uma grande dificuldade que os gestores em geral possuem é saber ouvir. É preciso ouvir o que a sua equipe, como um todo, tem visto como possíveis problemas ou sugestões para melhorias. O gestor que aprende a ouvir seus colaboradores, consegue ter uma visão macro do seu negócio além de prever focos de desmotivação, falhas de liderança, possíveis rupturas societárias, dentre outros.
5. Tenha um plano atrativo de remuneração
São inúmeros os modelos de remuneração nas empresas. Qual o melhor? É aquele que sua equipe se sentirá desafiada e bem recompensada pelo cumprimentos dos objetivos. Por mais que o líder seja carismático e que tenha um bom plano, se a remuneração não for compatível, dificilmente conseguirá evitar o turn-over. Os planos de remuneração e bonificação não funcionam somente com dinheiro. A sua equipe também pode ser bonificada com viagens, um final-de-semana num hotel, etc.
6. Tenha um critério de avaliação de desempenho
Para se manter um bom clima organizacional é importante o gestor ter critérios objetivos para avaliação de desempenho da equipe. Isso ajuda a orientar os esforços e competências de acordo com os objetivos da empresa. Quantos colaboradores são desligados sem se quer terem a oportunidade de saberem quais os motivos diretos e terem a oportunidade de trabalhar tais deficiências. O bom líder é sincero com seus colaboradores e sabe o momento certo de elogiar e apontar pontos a serem melhorados. Relacionamentos para serem duradouros precisam caminhar sob uma plataforma de sinceridade.
7. Seja um motivador
Quem não gosta de conversar com pessoas de bem com a vida? Você pode se lembrar agora de algum amigo ou parente que parece nunca ter problemas, pois está sempre alegre e bem humorado. Esse tipo de pessoa contagia os demais. Cuidado para não ser aquele líder “cara fechada e carrancudo”, afinal seus colaboradores precisam ter alguém em quem se inspirar.
8. Quebre paradigmas
Quebrar paradigmas significa inovar. Reúna-se com a sua equipe em um outro lugar, fora do escritório. Reserve um restaurante e vá almoçar com seus colaboradores ou gestores. Estipule uma regra, falar sobre tudo menos trabalho, assim você tera a oportunidade de conhecer mais sua equipe e ser melhor conhecido por eles.
Concluindo, obter a simpatia da equipe vai além de obter um sorriso de seus colaboradores. A palavra “simpatia” pertence ao mesmo campo das palavras “respeito”, “atenção” e “cuidado”. No campo antônimo, encontraremos o “desrespeito”, “desatenção”, “estupidez”. Portanto, como iniciamos este artigo, para toda ação há uma reação, então plante respeito, dê atenção a sua equipa, cuide dos seus talentos e então irá colher a simpatia, admiração além de conquistar um ambiente de trabalho agradável e mais produtivo.
Autor: Robson Vitorino
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