Solidariedade: Ação simples e eficiente.



Muito se discute a respeito da solidariedade nos dias de hoje. Termos como voluntariado, responsabilidade social, cooperação, se fazem presentes em todos os meios de comunicação e, também, em diversas rodas de conversas informais pela cidade. Enfim, como tudo que vira modismo, muito se fala a respeito, mas poucas são as pessoas que partem para a ação efetivamente.

Lembro-me muito bem do primeiro grande exemplo de solidariedade que tive em minha vida. Talvez não seja o primeiro, porém, com certeza foi o que mais me marcou.

Uma criança que poderia muito bem servir como a caricatura perfeita da criança nordestina, daquelas que todos os sulistas se lembram quando pensam em nordeste: pernas finas, joelhos grandes, barriga inchada e uma cabeça desproporcional. Aparentava uns sete anos de idade, embora seu desenvolvimento intelectual nos desse margens a dúvida. Uma frase:

Queria muito aprender a ler para poder ler minhas estórias em quadrinhos para minha mãe. Ela também não sabe ler. A gente fica só vendo as “figurinha”.

Não lembro, ao certo, qual a minha idade nesta época. Ainda estávamos, eu e meu irmão, na época de passar longas tardes fazendo o dever de casa sob a supervisão de minha mãe, uma professora de mão cheia, com dotes artísticos que englobavam a pintura, a música, a poesia, a escrita e a maior das suas habilidades: a de fazer o bem.

Descobri em minha mãe, a partir do momento que aquela criança expressou seus sonhos, mais uma habilidade que denota muito mais força criativa do qualquer outra. A habilidade de alfabetizar, e com isso, a arte de mudar a vida das pessoas.

Passamos a ser três dividindo a mesa dos estudos. Dois no ginásio (nem existe mais) e mais um na alfabetização de “Dona Matilde”.

Em pouco tempo o garoto passou a ler e escrever. E, finalmente, pôde ler as estórias que tanto queria para sua mãe. Seu diploma foi feito à mão, cartolina branca e desenhos infantis. Mas a força transformadora das letras fizeram e ainda fazem grande diferença em sua vida.

Lembrei-me desta história, pois sempre ouço as pessoas se queixando de não poderem fazer nada para ajudar as outras. Mas todos nós possuímos habilidades que podem ser convertidas em solidariedade. Pensei durante muito tempo no que eu poderia fazer e cheguei a uma tentativa que deu certo.

Como a grande maioria das pessoas eu adoro festa, reunir os amigos, tomar aquela cervejinha gelada e um churrasco no fim de semana. Em um desses encontros combinamos de cada participante levar um quilo de alimento não perecível, que posteriormente seria entregue em uma instituição de caridade. Uma festa simples, pouca gente. Resultado: 22 quilos de comida. Parece pouco, mas para as pessoas que foram beneficiadas a diferença foi extraordinária.

Faça isso na sua próxima festa. Convença seus amigos a fazerem isto na próxima festa deles. E comemorem o aumento da arrecadação com mais uma festa, sempre lembrando de chamar mais gente e pedindo a contribuição desses novos convidados.

Não se preocupem com qual instituição ajudar. Em nossa cidade existem dezenas delas. Gente esperando ajuda, garanto, não vai faltar.

Boa sorte, boas festas e não se esqueça de me chamar também!
Autor: Henrique Moura


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