As relações entre a produção do lixo e as implicações sócio ambientais no desenvolvimento urbano e rural



A PRODUÇÃO E A REPRODUÇÃO DA POBREZA

Vê-se claramente em pleno séc XXI a disparidade entre o que é falado entre os autos escalões em reuniões de governança. O que é pretendido com suas metas e objetivos e o que é sentido na sociedade . O que é visto em milhares de excluídos, marginalizados, discriminados, pauperizados que nasceram nesse planeta e morrerão sem sentir o gosto de liberdade tão discutido nos Direitos Humanos que em sua primeira geração já nasce vinculado a propriedade

Segundo Dornelles , Loke (1989, pág 25) entendia que

O direito a propriedade seria então o motivo pelo qual cada indivíduo cede parte de suas liberdades e direitos para a formação da instÂncia que garantirá e protejerá a existência desse direito, ou seja, Estado e Governo.

Não há diferença no que se cria hoje como liberdade apesar das modificações, modernização e informatização o individuo é obrigada a vender força de trabalho para conseguir manter a liberdade básica como alimentação e vestuário sem oportunidades ou chances de qualquer outra forma de liberdade . Mesmo quando são reconhecidos.
Os direitos são negados.
O fosso existente entre a declaração de igualdade e as reais condições é intangível à realidade. Há a necessidade de uma real ponderação entre as várias fontes de possibilidades de enfrentamento e a urgência nas decisões para proteção dos direitos humanos. Os modelos de gestão são inúmeros e paulatinamnete devem ser analisados para a utilização rápida e eficaz que consiga trazer uma resposta urgente para o enfrentamento das inúmeras formas de exclusão.
A agenda pede uma resposta dinâmica aos velhos paradigmas e para isso movimentam-se as formas de gerenciamento das mesmas questões é preciso parar de mudar o discurso para conseguir alcançar o mesmo objetivo. A exploração muda as formas, mas se aviva a fazer-se presente no cotidiano dos oprimidos pela mesma relação capital x trabalho, o fruto dessa relação são as múltiplas expressões da questão social.
É nessa produção e reprodução que travamos nosso embate. Nossa visão é e sempre foi de minimização. Enquanto a visão do capital sempre de poderio, de doma, de propriedade de exploração.
Porém de uma forma intríseca há um paralelo juntamente com as formas de exclusão social que são as exclusões econômicas, políticas e gradativamente cada vez mais presentes nas várias formas de discurso as ambientais. Não há no mundo global discussões sobre qualquer assunto que não levantem na pauta as questões ambientais.

“A diferença é que o crescimento não conduz automaticamente à igualdade nem à justiça sociais, pois não leva em consideração nenhum outro aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo de riquezas, que se faz nas mãos apenas de alguns indivíduos da população. O desenvolvimento, por sua vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem o objetivo de distribuí-las, de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em consideração, portanto, a qualidade ambiental do planeta”


A ação continua mudou sua roupagem. Mudaram o discurso para conseguir a mesma repercussão que exclui e marginaliza as mesmas pessoas. No meio urbano há a remoção, a coleta regular, a formação de lugar adequado para colocar o lixo. Mas, abriga a nefasta solidão.??????????
A distribuição desequilibrada da renda em nível internacional tem seu correlato de iniqüidades geradas no interior do mercado local. Onde as condições de mercado de trabalho contribuem para que os catadores e coletores de lixo continuem em condições desumanas de vida.
Enquanto Lula discursa sobre a resistência ao Estado mínimo, sentimos e saboreamos na pele a última década o aumento dos bancos Internacionais invadindo e levando nossas riquezas para seus paises. Somos um país livre , porém alienado e sorridente a alienação.
Tratar essa desigualdade como desafio não tem sido o suficiente para frear as injustiças. Capitalizar e desenvolver através de políticas públicas locais incluidoras de cidadãos participativos. Tornar o processo de inclusão sistemático e sinérgico, onde os atores participativos e ativos sejam os cidadãos reconhecidos e respeitados por formarem essa imensa nação.

As relações entre a produção do lixo e as implicações sócio ambientais no desenvolvimento urbano e rural.

O lixo deixou de ser apenas um problema ambiental e passou a ser um problema econômico, pelo gasto que gera com o recolhimento e com a mão de obra. Também tornou-se social, pois abriga milhares de pessoas no trabalho informal de forma cruel e excludente sem direito algum garantido.
Em torno do lixo formam-se uma camada extensa de formas de exploração, silenciosa, humilhante e excludente.
O lixo tornou-se questão política, ou melhor, de falta de políticas que regularizem e apropriem as decisões corretas para sua eliminação sem prejudicar o meio ambiente, ou seja que se crie no âmbito das políticas públicas meios para eliminação dos resíduos e integração e inclusão social.
As soluções que se apresentam para a questão lixo parecem não ter sentido. Algumas cidades estão preferindo incinerar para diminuir, porém a contaminação que essa atitude gera no ar é incalculável. Outras e em sua maioria estão criando os aterros sanitários que diminuem o contato urbano com o lixo. Nos aterros o lixo é jogado ao solo e compactado com tratores. Mas, através dessa forma de tratamento que acontece a poluição dos lençóis freáticos de água potável. Os chorumes são a parte líquida do lixo que penetra o solo fazendo essa contaminação.
A saída mais apropriada para a defasagem do lixo rural ou urbano parece ser a concientização das pessoas e essa parece só se dar através da educação.


Bibliografias

Dornelles, João Ricardo W. O que são os direitos humanos? . Brasiliense. 1989.
Textos complementares
Autor: Escritora Simone de Jesus


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