CONSPIRAÇÃO: Sociedades Secretas e a Igreja Católica



O mundo é o tabuleiro. As nações são as peças. Um único enxadrista dirige os dois lados, decidindo o destino da humanidade. Este é o teor do livro: “Pawns in the game” (Peões no jogo), escrito em 1958. Trata-se de uma denúncia póstuma de William Guy Carr, um Comodoro (Almirante) canadense que prestou serviços à Inteligência do Império Britânico. Em sua obra, o militar mostra as guerras e revoluções mundiais sobre o pano de fundo de uma conspiração universal.

Ah, quem é o enxadrista? Ninguém mais ninguém menos que o famoso grupo “Iluminados da Baviera”, mais conhecido como “Iluminati”. Segundo Carr (e uma centena de historiadores) este grupo não só havia obtido sucesso em infiltrar-se em outras sociedades secretas, como a maçonaria, mas havia obtido êxito em distribuir estrategicamente representantes em governos e igrejas mundiais.

O Iluminismo, planejado pelos Iluminati (percebeu a relação entre os nomes?), motivaria e alimentaria a maior revolução da história da Europa, a revolução Francesa, fazendo da França o único país do mundo a declarar oficialmente a inexistência de Deus. Mesmo sem alcançar seus objetivos finais, que era o domínio mundial da filosofia iluminista, a Revolução serviu perfeitamente para os planos da sociedade secreta. Um deles, conforme escreveu Weishaupt [fundador do grupo Iluminati] era: "Nos infiltraremos nesse lugar – o Vaticano –, e quando estivermos lá dentro, não sairemos jamais. Nós o minaremos até que reste apenas um coquinho vazio!”. No ano de 1798 o General Berthier, a comando do revolucionário Napoleão, levou cativo para a França o papa Pio VI, e junto com ele documentos secretos do Vaticano.

Mais de um século depois, o Vaticano ressurgiria, em 11 de fevereiro de 1929, através do decreto de Latrão, com os ideais: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Coincidentemente os mesmos ideais pregados pelo Iluminismo da Revolução Francesa, que desferiu o golpe no papado no final do século XVIII.
Não há melhor maneira de vencer um inimigo, do que fazê-lo crer que ele vence, quando na verdade está fazendo exatamente o que quer que ele faça. “Conheça a si mesmo, e ao seu inimigo, e você vencerá todas as batalhas.” Já ensinava Sun Tzu séculos antes.
Autor: Eduardo Schroeder


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