Otimismo com commodities pode ajudar mercado local
26 de outubro de 2005
Além da atratividade dos papéis da bolsa brasileira, analistas que participam da conferencia "LatAm Hedge fund”, acreditam que o ciclo de alta das commodities irá se manter e beneficiar o mercado local. Como grande parte das ações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está ligada diretamente ou indiretamente a matérias-primas, o Brasil também leva vantagem sobre os vizinhos. Segundo dados apresentados pela Mauá Investimentos, a Bovespa tem forte peso das commodities. Aço e mineração têm 18% e 15% do mercado, respectivamente, enquanto petróleo fica com 10%.
Mesmo o cenário politico, com eleição presidencial no ano que vem, não deve comprometer o comportamento dos investimentos no Brasil, afirma o ex-ministro e estrategista da Quest Investimentos Luiz Carlos Mendonça de Barros. Para ele, os bons fundamentos da economia não devem ser alterados, qualquer que seja o eleito, uma vez que os nomes que lideram as pesquisas não apresentam propostas agressivas de mudanças. "Não há candidatos populistas fortes nesta eleição, o que é um fato histórico para o Brasil-, diz.
Segundo dados da consultoria RiskOffice* apresentados no seminário em Genebra, 84.8% dos fundos hedge brasileiros adotam estratégias macro, ou seja, apostam no desempenho da economia. Outros 14.02% são de arbitragem (long/short) entre preços e 1,19% são quantitativos, ou seja, usam modelos matemáticos para investir, afirma João Carlos Prandini, sócio da empresa.
Este é o segundo seminário sobre fundos hedge latino-americanos no exterior apenas neste mês. Na semana passada, um evento em Miami reuniu 250 pessoas, entre investidores, gestores e bancos. O Brasil teve presença de destaque, pelo próprio tamanho do setor. São cerca de R$ 22 bilhões em fundos hedge independentes atuando dentro de um perfil de maior risco, com múltiplas estratégias, diz Marcelo D'Agosto, do site Fortuna, que participou do seminário em Miami. Ele lembra que México e Argentina têm destaque em fundos offshore, pela abertura maior ao exterior e pela ausência de um mercado local.
*A RiskOffice é dirigida por Marcelo Rabbat, Consultor de Risco especializado em análises de mercado e de crédito e fundos de hedge.
Autor: Assessoria de Imprensa Web
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