Valores Perdidos
No cotidiano, há muitas pessoas que se preocupam, ou melhor, valorizam os animais que correm riscos de serem extintos, do que com o próprio semelhante e, esta situação fica óbvia, quando alguma baleia encalha e, ao redor da mesma, forma-se uma multidão, comovida com a cena e todos tentam salvar a vida daquele cetáceo.
Por outro lado, já não há tanta preocupação com os seres humanos, os quais morrem e, muitas vezes, passam por desapercebidos pelo olhar indiferente daqueles da mesma espécie; é raro ter manchetes de uma pessoa qualquer que morreu, mas não é o que acontece com um "bicho" ameaçado de extinção. Para a proteção dos animais, há o Greenpeace e inúmeras ONGs, e para os seres humanos?! Não existe Greenpeace para comover e mudar a situação dos mendigos, dos menores abandonados nas ruas e das milhões de pessoas que não têm moradias e passam fome. Quem será que tem mais valor, um bicho ou um ser humano? Eis aí, a questão.
Entre os anos de 1999 e 2006, 29 mil das ONGs protetoras dos animais receberam 33 bilhões de recursos federais, para se preservarem as inúmeras espécies ameaçadas de extinção e, para os animais racionais não há essa preocupação nem este investimento. Uma pessoa que mata um animal é condenada há mais anos de prisão, em média 15 anos, do que uma que mata outra pessoa e, aí está a aberrante realidade, onde a vida de um bicho é mais valorizada que a de um ser humano.
Diante desse contexto absurdo nos perguntamos onde foi parar os princípios ensinados por Jesus Cristo: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei"; e esta é uma assertiva que exige solidariedade e a supremacia da convivência igualitária entre os homens.
Autor: Ana Paula Souza Caetano
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