Coaching: a Construção do Caráter
Investir no potencial humano traz a oportunidade de explorar o capital intelectual presente nas empresas e é por este motivo que os gestores, principalmente os gerentes operacionais, devem assumir uma postura de líder democrático, de modo a descobrir o potencial de cada membro de sua equipe e alocá-los nas atividades onde podem atingir o máximo de sua capacidade e sentirem-se satisfeitos no ambiente de trabalho.
É neste contexto que surgem métodos de desenvolvimento do potencial humano como o Coaching, onde o gestor trabalha procurando conhecer as principais habilidades de seus liderados e distribuir as tarefas de acordo com essas habilidades.
A palavra Coaching deriva do inglês Coach, que significa técnico, aquele que treina e prepara sua equipe para assumir novos desafios, enquanto que o liderado é o Coachee, aquele que é assistido pelo Coach para descobrir as suas habilidades e desenvolver todo o seu potencial para atingir os objetivos da empresa.
Através do Coaching o gestor conduz seus liderados de modo a atingirem a satisfação pessoal através da realização profissional, o que ocorre quando assumem tarefas mais desafiadoras e suas habilidades são postas à prova. Abraham Maslow alegava que existe uma hierarquia de necessidades humanas a serem atendidas para que a pessoa se sinta satisfeita e motivada e é neste sentido que funciona o Coaching, onde o gestor atende essas necessidades, fornecendo os recursos necessários para que os liderados se sintam satisfeitos no ambiente de trabalho e, por conseqüência, motivados. São essas necessidades:
• Fisiológicas: necessidades humanas básicas, próprias para a sobrevivência como alimentação, descanso, sexo, lazer;
• Segurança: necessidades como amparo legal, orientação precisa, segurança no trabalho, estabilidade, remuneração;
• Sociais: necessidades como bom clima, respeito, aceitação, interação com colegas, superiores, clientes;
• Autoestima: necessidades humanas como amor, reconhecimento, promoções, responsabilidade por resultados;
• Autorrealização: necessidades humanas de nível mais elevado como desafios mais complexos, autonomia, trabalhos mais criativos, participação nas decisões.
Assim, o gestor, no papel de Coach, estabelece um relacionamento de longo prazo com cada um de seus liderados, de forma individual, e após descobrir seus talentos e habilidades, os leva a satisfazer às suas necessidades de nível mais elevado, delegando tarefas mais complexas, trabalhos que desafiam e exigem uso da criatividade e permitindo participação nos processos de tomada de decisões.
Ao fazer isso, o gestor minimiza os riscos de ter funcionários insatisfeitos e cria um ambiente propício ao atingimento das metas corporativas, porque, assim, os membros da equipe fazem da empresa o seu projeto de vida. O líder prepara a equipe para enfrentar mudanças, superar desafios, resolver conflitos, solucionar problemas, promove aumento na qualidade de vida, na capacidade de liderança e de trabalhar em equipe com maior foco nas metas, fornecendo feedback sobre o desempenho individual e coletivo, e recebendo ele mesmo o feedback da própria equipe, pois o Coaching é um processo recíproco.
Investir no desenvolvimento humano significa conhecer melhor os funcionários e promover a construção de seu caráter, trazendo ganhos para a própria empresa, tanto financeiros, pois colaboradores satisfeitos trabalham mais focados nas metas, o que traz lucros maiores, quanto organizacionais, pois o ambiente de trabalho se torna mais humano e atrativo, o que permite manter os talentos da empresa.
Autor: Michael Jullier Gama Alves
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