O ALCOOLISMO FEMININO E MONOGRAFIAS



A parte mais fundamental do aparelho do controle social em qualquer sistema não é a rede de organismos que compreende. É mais propriamente uma parte invisível da vida cotidiana.
De maneira que o mecanismo mais importante de controle social é a interiorização das normas e valores da sociedade à qual se pertence.
Vale frisar que este artigo foi elaborado pela AC Monografia e Auxilio para monografias e TCC
Em qualquer monografia envolvendo a abordagem deste tema, o conceito acima deve ficar bastante claro.
Através do processo de socialização, a sociedade vai preparando à pessoa para que ajuste sua conduta às normas de forma espontânea e na maioria das ocasiões de forma inconsciente.
Os mecanismos de autocontrole ou de controle interno aprendidos ao longo do processo de socialização do indivíduo são os mais eficazes.
Pode-se definir a socialização como o processo por cujo meio a pessoa aprende e interioriza em decorrência de sua vida os elementos socioculturais de seu meio ambiente, integra-os à estrutura de sua personalidade sob a influência de experiências e de agentes sociais significativos, e se adapta assim ao meio social em cujo seio deve viver.
Esta definição sugere três aspectos fundamentais da socialização: em primeiro lugar, a aquisição da cultura, já que a socialização é o processo de aquisição dos conhecimentos, dos modelos, dos valores, dos símbolos; em resumo, das maneiras de fazer, de pensar e de sentir, próprias dos grupos da sociedade, da civilização em cujo seio está chamada a viver uma pessoa.
Em segundo lugar, a integração da cultura na personalidade, já que na definição se afirma que, como conseqüência da socialização, alguns elementos da sociedade e da cultura passam a ser parte integrante da estrutura da personalidade psíquica, até o ponto de converter-se em materiais ou numa parte do conteúdo de dita estrutura. Este aspecto, da cultura na personalidade, seria de excelente abordagem como tema de monografia ou tema de TCC
O terceiro aspecto da socialização, a adaptação ao meio social é, em realidade, sua conseqüência principal desde o ponto de vista sociológico. A pessoa socializada é “de um meio ambiente”, “pertence” à família, ao grupo, à empresa, à religião, à nação, no sentido que faz parte dessas coletividades, que tem seu lugar próprio nelas.
Da mesma forma, pode-se distinguir entre a socialização primária e a secundária. A socialização primária é a primeira pela que o indivíduo atravessa na infância; por meio dela se converte em membro da sociedade, enquanto a socialização secundária é qualquer processo posterior que induz ao indivíduo já socializado a novos setores do mundo objetivo de sua sociedade.
Para os autores pesquisados, todo indivíduo nasce dentro de uma estrutura social objetiva na qual encontra aos outros significantes que estão encarregados de sua socialização e que lhe são impostos. O menino/a aceita os papéis e atitudes destes outros significantes, isto é, que os internaliza e se apropria deles.
E por esta identificação, o menino/a se volta capaz de identificar a si mesmo, de adquirir uma identidade subjetivamente coerente e plausível. Em outras palavras, o eu é uma entidade que reflete as atitudes que primeiramente adotaram para com ele os outros significantes; o indivíduo chega a ser o que os outros o consideram.
A família, portanto, é a base indispensável no processo de socialização da pessoa, ainda que não se deve perder de vista o fato de que a família não está isolada do sistema social em que está inserida, por isso, os papéis sociais dos indivíduos, particularmente dos pais, coexistem com outros papéis sociais.
Graças a esta circunstância a estrutura social pode servir de agente socializador, isto é, que o menino/a não se socializa somente dentro da família, senão que é influenciado pelo resto das instâncias sociais para as que a família é permeável.
A família como instituição social sofreu grandes mudanças em sua estrutura, em seu funcionamento e em seus próprios papéis, mas conserva duas funções principais: assegurar a sobrevivência física do indivíduo e a construção de sua identidade através da interação/aprendizagem dos valores.
As relações e intercâmbios entre os membros de uma família na qual a mulher alcoólatra é mãe e esposa dificultam a aprendizagem dos valores do sistema social mais amplo, e tem pora sua vez conseqüências no núcleo familiar.
As mulheres sabem e temem essas conseqüências, mas se sentem impotentes para solucioná-lo a não ser que recebam a ajuda específica precisa a sua condição de mulher alcoólatra.
Em realidade, a alcólatra é uma pessoa desajustada socialmente, converte-se em sujeito desviado por um processo de aprendizagem (associação diferencial), e quando sofreu maus tratos ou abusos sexuais encontra no álcool um alívio e uma saída a sua situação.
A socialização adquire um valor primordial na análise da etiologia do alcoolismo feminino, bem como na reinserção das pessoas alcoólicas. Na atualidade, as mudanças socioculturais não produziram as modificações desejadas na socialização das mulheres.
Por isso, produz-se um conflito entre a interiorização das normas sociais, mais liberais e abertas depois da incorporação ao mundo trabalhista e social, e as que transmite a própria família, que continua adjudicando à mulher papéis mais tradicionais.
Aparece então uma contradição entre o que se espera dela como mulher em seu antigo papel e as possibilidades que lhe oferece a sociedade atual. A mulher teve que se incorporar às mudanças, encontrando o equilíbrio entre si mesma como pessoa e como ser social.
O processo de socialização da mulher alcoólatra alcança dois tempos: o primeiro, referido a sua infância e adolescência, prévio à instauração da dependência alcoólica. Este processo de socialização, vital para a formação da identidade das pessoas, resulta daninho para um correto desenvolvimento, tanto dos aspectos afetivos como dos aspectos cognitivos, quando está condicionado por fatores e contextos socioculturais desfavoráveis.
O segundo, denominado ressocialização, é quando inicia a alcoólatra sua recuperação. É este um momento em que deve socializar-se de novo. Frente à norma de beber álcool, impõe-se a conduta abstêmia. Desta feita, tem-se um artigo completo sobre a abordagem do tema de monografias e tcc envolvendo o alcoolismo feminino.
Autor: Monografia AC


Artigos Relacionados


O Papel Da Escola Na ConstruÇÃo Do Saber

A Socialização Da Criança Através Do Brincar

Estudo Do Processo De Socialização Dos Jovens Agricultores Familiares No Recôncavo Da Bahia

Alfabetização

Alcoolismo E A Interação Social Com A Família

Sociologia Criminal

Trabalho Em Grupo: Espaço De Humanização E Socialização