Setor imobiliário exibirá boa performance



Mercantil Online
3 de julho de 2007

O mercado como um todo exibe boas perspectivas. No entanto, com a tendência do Brasil tornar-se investment grade, o fluxo de investimentos estrangeiros para setores como o imobiliário será mais forte. "O Brasil tem um potencial de crescimento elevado e é mais significativo com o ingresso de investidores estrangeiros no mercado brasileiro. O financiamento de longo prazo e essencial para que esse segmento se desenvolva", explica Carlos Rocca, sócio da RiskOffice*.

A demanda é elevada para os imóveis voltados para a habitação da classe média. O setor imobiliário terá seu desenvolvimento atrelado ao crédito, com ótimas expectativas. As empresas, através dos lançamentos de ações receberam muito capital que será investido nos próximos anos. "Isto levará a uma disputa por bons projetos, levando o setor, no futuro a uma consolidação. As nossas preferidas são: Gafisa, Camargo e Even. O setor da construção civil é o mais promissor e deve ir muito bem no segundo semestre e nos próximos anos. O motivo é a queda da taxa de juros abaixo dos 10% e o maior prazo nos financiamentos imobiliários", destaca o diretor de Pessoas Físicas da Itaú Corretora, Julio Ziegelmann.

Segundo Ziegelmann, a bolsa tem uma volatilidade que a renda fixa não tem, contudo as perspectivas continuam muito favoráveis e, com uma visão de prazo mais longo, é muito atraente. "Deve fazer parte da carteira de todos investidores", recomenda, ao afirmar que existem boas empresas com preços abaixo do justo, dando como exemplos: Gafisa, CSN, Cesp, Ambev e Gol.

"Não acreditamos que tenha alguma bolha no nosso mercado. Embora o PIB esteja crescendo próximo a 4%, os resultados das empresas crescem a taxas mais altas e justificam a performance", destaca.

A atenção especial é para o setor imobiliário, porém segmentos como mineração e petróleo ainda tem perspectivas positivas. "O maior crescimento econômico do país, juros menores, desemprego menor e maior renda do trabalhador devem fazer as empresas de setores como o de consumo e construção civil alavancarem ainda mais suas vendas e lucros. Portanto, o investidor pode continuar comprado setores", diz.

Ziegelmann também não acredita que venha uma crise interna que seja fosse capaz de reverter a tendência da bolsa, ou mesmo, levá-la a uma realização mais significativa. "Só uma reversão do quadro internacional de liquidez farta poderia levar a uma realização significativa dos mercados, contudo isto também não é provável. Os fundamentos da economia e das empresas justificam as projeções acima de 60 mil pontos", espera.

Os fundamentos mudaram. O risco-país, que caiu de 250 para 140 pontos, o dólar de R$ 2,15 para R$ 1,90, e os juros que irão a 10% em dezembro. Já o crescimento econômico estimado, encontra-se ao redor de 4,5%.

Por isso, a estimativa para o Ibovespa da Itaú Corretora para o fim do ano esta sendo revisada. O numero anterior usava 250 pontos de risco-Brasil e dólar de R$ 2,05. A área de macroeconomia revisou para 150 pontos e dólar de R$ 1,85.

*Um dos diretores da RiskOffice é Marcelo Rabbat, consultor de investimentos especializado em riscos de crédito e de mercado
Autor: Assessoria de Imprensa Web


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