Perspectivas Futuras Da Relação Industrialização X Meio Ambiente Na Região



Em virtude do elevado grau de economias de escala incorporados na nossa região, principalmente se levarmos em conta que o eixo São Paulo-Minas-Mato Grosso do Sul, uma tríplice fronteira conhecida como Triângulo Mineiro, que ainda não foi suficientemente explorado pelo capital industrial mais moderno e/ou de maior porte. No entanto observamos a abertura de um leque de perspectivas positivas e negativas, quanto ao controle do meio ambiente na região.

Como perspectivas positivas, poderemos ter: Uma descentralização da produção industrial, diminuição do fluxo industrial nas metrópoles e estendendo-se por territórios comandados por cidades de porte pequeno-médio, que geralmente apresentam uma estrutura de planejamento de ocupação menos restritiva, pois não estão ainda premidas por vetores migratórios de grande intensidade. Nessas condições, um planejamento do controle ambiental poderia vir antes do problema tornar-se quase insolúvel em termos econômicos e seria possível associar um amplo programa de educação ambiental, que poderia consolidar os parâmetros de boa qualidade de vida, que as sociedades locais não gostariam de perder.

Desta forma teríamos uma conexão de boa qualidade de vida para os cidadãos e uma conseqüente evolução no sistema industrial-econômico de nossa região.

No contexto do planejamento de alocação da infra-estrutura de energia e transportes, muitas opções se abririam, podendo-se escolher a mais viável e barata, tirando-se um melhor partido do quadro físico, evitando-se barreiras naturais, que exigem onerosas obras de engenharia e que, certamente, degradariam o meio ambiente.

Quanto às perspectivas negativas: será o inevitável aumento da população, com isso, áreas de matas “cerrado” vegetação predominante em nossa região e que protegem mananciais e as margens dos rios, poderão ser ocupadas legal ou ilegalmente por vários segmentos da sociedade, com gravíssimos prejuízos para o meio ambiente, pois mais uma vez o homem e suas ações sem planejamento é o principal poluidor do meio em que ele e seus familiares vivem.

Um amplo planejamento industrial para o futuro, implica numa nova dimensão qualitativa do desenvolvimento regional que contemple harmoniosamente, tanto o quadro natural quanto os processos sócio-econômicos que venham a operar nessas regiões.
Para finalizar destaco a importância de um “meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (Artigo 225-Constituição Federal).
Autor: Lucas Tiago Sant Anna


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