OS HOMENS PODEROSOS



OS HOMENS PODEROSOS

Qual o motivo que levaria um ser humano ao desejo exacerbado da riqueza? Transformar-se em personalidade custe o que custar? Estar no ápice mostrando ao menos privilegiados que ele representa uma força, um poder e quiçá uma oligarquia? Com todo esse aparato ao seu rol não respeita as leis e nem decisões judiciais. Seria orgulho, egoísmo ou uma doença? Os psicólogos estão capacitados para responder a esses importantes questionamentos e em caso de doenças obsessivas um psiquiatra poderá acompanhá-lo dando-lhe o tratamento apropriado. Muitas vezes a nossa razão e o nosso juízo de valor nos levam a identificar que uma grande parcela dos políticos brasileiros está inserida neste ciclo vicioso e caustico. Por curiosidade tomamos as mãos um livro e passamos a folheá-lo com muita atenção procurando analisar seu conteúdo. “Poucos dias depois da Frente Sandinista haver expulsado o ditador Anastasio Somoza e tomado o governo da Nicarágua”. Do hotel internacional ouviam-se todas as noites, a madrugada inteira, as metralhadoras matraqueando. Era uma defesa em vão do que sobrou das tropas de Somoza, tentando dar cobertura aos fugitivos, antes da fragorosa derrota.

O primeiro ministro da Educação do governo vitorioso padre Cardenal entrou na cidade com as tropas guerrilheiras vitoriosas. Ele falava aos repórteres e ao povo no bunker de onde Somoza governava (Banco América) com sua voz estridente, brandindo na mão o boné preto. Eis as afirmações do ministro: “Lutamos anos a fio, quase 20 anos, de armas na mão, desde que Carlos Fonseca, o - Tomas Borge e os oitos companheiros fundaram a Frente sandinista e escalaram as montanhas, em 1961, e os irmãos Ortega e muitos outros entraram na luta”. Os vencedores só conseguiram apoio maciço da população quando mostraram que Somoza, a sua família, os sócios, os amigos foram ficando donos do patrimônio local, incluindo-se governo, imprensa, terras, bancos, comércio e indústrias, enfim dos negócios do país. Todas essas nuanças causaram impacto na população causando ódio e foi o fim de Somoza. Impressionante que esses aspectos que aconteceram na Nicarágua serviram de comparação a um governador do estado do Ceará.

O governador que será citado nas entrelinhas desta matéria em entrevista disse que não sabia quais os motivos pelos quais era odiado pelos barnabés estaduais. “Sebastião Nery em seu livro “A ELEIÇÃO DA REELEIÇÃO” DIZ:” Em poucos dias de Ceará logo se percebe. “Tasso Jereissati é o Somoza do Ceará”. Referido escritor deve ter os seus motivos para alcunhar o governador das mudanças de Somoza do Ceará. Continua em sua narrativa as folhas 98 e 99 do citado livro de que o governo é apenas uma operação política para Tasso, os seus parentes, seus sócios, bem como os aliados políticos dele ficarem donos do Estado. Tasso Jereissati onde há dinheiro, ele lá está. Com o passar do tempo ele torna-se dono do Ceará. Não existe atividade empresarial seja qual for o setor que ele não seja sócio ou dono ou protetor de amigos. Estamos vendo nas inserções de Sebastião Neri de que as mudanças tão propaladas não aconteceram apesar dos três mandatos governamentais e um de senador da República.

Aliás, os barnabés tiveram os vencimentos reduzidos drasticamente, as forças de segurança foram rebaixadas do primeiro escalão para o terceiro e o caos está aí para todo mundo ver. Como não ganhamos decisões judiciais no Ceará tivemos que nos socorrer do Supremo Tribunal Federal (STF) e o que nos foi retirado e não pago transformaram-se em precatórios e já se passaram dez anos e nenhum centavo recebemos. A Trindade Social ainda sofre as consequências das mudanças que não surtiram efeitos. Foi uma dose de veneno lento e mortal. “O Ceará não é um Estado e sim um holding empresarial”. “Diz Sebastião Nery:” Foi assim que Tasso ganhou a campanha eleitoral comprando e vendendo. Pagando e recebendo. Com dinheiro público e dinheiro privado. Ficamos estupefatos, pois não vimos em nenhum órgão midiático do Ceará defesa para sérias acusações.

Sebastião Nery fala de Carlos Jereissati, o Calila – pai de Tasso Jereissati afirmando que a elegância masculina era o linho branco. Ele era o rei do citado linho no Ceará e no Nordeste. Sebastião Augusto de Souza Nery – nasceu em Jaguaquara em 6 me março de 1932, jornalista e político brasileiro. De 1942 a 1950 estudou no Seminário de Amargosa (Bahia) e no Seminário Central da Bahia em salvador. Foi transferido para Belo Horizonte, colou grau em filosofia na Universidade de Minas Gerais, em 1954, iniciou o curso de Ciências Jurídicas e Sociais que só concluiria em 1958, na Faculdade de Direito da Bahia. “Foi “Repórter d’” O Diário”, matutino ligado à Arquidiocese de Belo Horizonte, no pleito de outubro de 1954 disputou uma cadeira na Câmara Municipal de Belo Horizonte na legenda do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Eleito e diplomado, não chegou a assumir a cadeira: sua candidatura foi impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais sob a alegação de que as campanhas haviam sido feitas em nome do Partido Comunista Brasileiro (PCB), então na clandestinidade. O mesmo sucedeu a Orlando Bonfim Júnior, candidato a deputado federal, e a Élcio Costa, candidato ao Legislativo estadual. Em 1956 trabalhou para o semanário Jornal do Povo, publicação vinculada ao PCB. Viajou a Moscou em 1957 e, de volta ao Brasil, após breve passagem por Minas, radicou-se novamente em Salvador. Contratado pelo Jornal da Bahia, em 1958, e no ano seguinte pelo jornal A Tarde, fundou o semanário Jornal da Semana (1959).

Em outubro de 1962, concorrendo na legenda do Movimento Trabalhista Renovador (MTR), em coligação com o PSB, elegeu-se deputado estadual, sendo empossado em fevereiro de 1963. Com a vitória do movimento político-militar de 31 de março de 1964 foi preso e recolhido a um quartel do Exército. Cassado pela Assembleia Legislativa no dia 28 de abril recuperou a liberdade em agosto, conseguindo reaver sua cadeira quatro meses depois por determinação do Tribunal de Justiça do estado, uma vez que os deputados não tinham prerrogativa para tomar tal decisão, privilégio do presidente da República. No dia 23 de dezembro, porém, sofreu nova cassação. Escondido em São Paulo, no dia 5 de julho de 1965 teve seus direitos políticos sus¬pensos por determinação do presidente Castelo Branco. Em outubro, o Superior Tribunal Militar o absolveu de todas as acusações, sem, contudo devolver-lhe a cidadania plena. Mudando-se para o Rio de Janeiro trabalhou no Diário Carioca. Com o fechamento do jornal, no dia 31 de dezembro de 1965, a convite de Reinaldo Jardim tornou-se editor político na recém-inaugurada Rede Globo, onde permaneceria até 1970.

Em 1968 assumiu uma coluna na Tribuna da Imprensa e, dois anos depois, foi contratado pelo Correio da Manhã. Em 1971, juntamente com Oliveira Bastos, fundou o semanário Politika, fechado em 1974 em virtude de problemas financeiros e do ri¬gor da censura. Processado em 1972 com base na Lei de Segurança Nacional por ter associa¬do o primeiro-ministro de Portugal, Marcelo Caetano, a Hitler e Mussolini, em artigo pu¬blicado na Tribuna da Imprensa foi novamen¬te absolvido pelo STM. Em 1975 assinou pela primeira vez a coluna Contra Ponto, no jornal Folha de São Paulo, onde permaneceria até 1983. De 1978 a 1980 manteve um programa diário na Rede Bandeirantes de comentários políticos. Em 1979, deixou a Tribuna e levou sua coluna para a Última Hora. De 15 a 20 de junho de 1979, participou do Encontro de Lisboa, que tratou da reorganização do antigo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), sob a liderança do ex-governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola.

A iniciativa, no entanto, não teve a unanimidade entre os trabalhistas. Em oposição a Brizola, um grupo liderado pela ex-deputada Ivete Vargas também articulava no Brasil a retomada da legenda. Com a decretação da anistia e o retorno de Brizola ao país a disputa acirrou-se. Em no¬vembro de 1979, às vésperas do fim do bipartidarismo, ambos solicitaram ao Tribunal Superior Eleitoral o registro provisório da legenda. Em maio de 1980 o pedido de Ivete prevaleceu e os brizolistas decidiram criar o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Fun¬dador da nova agremiação, Nery foi eleito segundo vice-presidente da secção fluminense do partido e secretário da executiva nacional. No mesmo ano, participou, juntamente com Jô Soares, da montagem da peça Brasil da censura à abertura, baseada no anedotário do Folclore Político, que é a denominação comum a uma série de livros do jornalista Sebastião Nery, que traz histórias bem humoradas relativas aos principais personagens da política nacional, com base nas quais foi escrito o roteiro da peça Brasil da censura à abertura.

Em novembro de 1982, quando Leonel Brizola conquistou o governo do Rio de Janeiro, Nery elegeu-se deputado federal com 111.460 votos, sendo o segundo mais votado do partido. Empossado na Câmara dos Deputados em fevereiro de 1983, foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o endividamento externo brasileiro e um dos articuladores da proposta de prorrogação do mandato do então presidente João Figueiredo e o retorno das eleições diretas em 1986, juntamente com a convocação de uma assembleia nacional constituinte. Fracassada a iniciativa, em 25 de abril de 1984 votou a favor da emenda Dante de Oliveira, que previa o restabelecimento de eleições diretas para presidente da República já em novembro. Derrotada a proposição — fal¬taram 22 votos para que fosse levada à apreciação do Senado — no Colégio Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, Sebastião Nery apoiou o candidato oposicionista Tancredo Neves, eleito pela Aliança Democrática, uma união do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) com a dissidência do Partido Democrático Social (PDS) abrigada na Frente Liberal. Doente, Tancredo Neves não chegou a ser empossado, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu substituto foi o vice José Sarney, que já vinha exercendo o cargo interinamente, desde 15 de março deste ano.

Ainda em março de 1985, Nery foi expulso do PDT sob a alegação de "assumir postura indigna à convivência partidária" — o diretório nacional tomou esta represália ante a sua insistência em provar a existência de corrupção no Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro. Retornando à Tribuna da Imprensa após o fechamento da Última Hora, Nery converteu Brizola no alvo principal de suas matérias. Filiado ao PMDB, vice-líder do partido na Câmara, em novembro de 1985 foi candidato a vice-prefeito do Rio na chapa encabeçada por Rubem Medina, do Partido da Frente Liberal (PFL), ambos derrotados por Saturnino Braga e Jó Resende, do PDT. Em novembro de 1986 concorreu à reelei¬ção na legenda do PMDB, mas não foi bem-sucedido. Deixou a Câmara ao término do mandato, em janeiro de 1987. Permanecendo em Brasília, tornou-se assessor especial do governador José Aparecido de Oliveira (1985-1988), acompanhando-o quando a partir de setembro de 1988 - ele assumiu a pasta da Cultura. Em março de 1989 - Nery integrou-se à assessoria do candidato do Partido da Reconstrução Nacional (PRN) à presidência da República, Fernando Collor de Melo.

Após a eleição de Collor, em dezembro de 1989, foi nomeado adido cultural em Roma (1990-junho de 1991) e em Paris (fevereiro de 1993). De volta ao Brasil, Nery continuou com coluna na Tribuna da Imprensa, republicada no Diário Popular, de São Paulo, na Gazeta de Alagoas, em O Estado do Ceará, na Gazeta do Paraná e em O Estado de Santa Catarina. Em fevereiro de 1997 escreveu um artigo no jornal Folha de São Paulo, acusando o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, de "destruir" a legislação social e trabalhista do país. Fonte: site Wikipédia. Obras escritas e lançadas: Escreveu diversas obras sobre a história recente do Brasil e o folclore político nacional entre elas: Sepulcro caiado: o verdadeiro Juraci, 1962; Folclore político v. l, 1973; Socialismo com liberdade, 1974; 16 derrotas que abalaram o Brasil, 1974; Portugal, um salto no escuro, 1975; Folclore político v. 2, 1976; Folclore político v. 3, 1978; Pais e padrastos da pátria, 1980; Folclore político v. 4, 1982; Sibéria, Nicarágua, El Salvador e outros mundos, 1982; Crime e castigo da divida externa, 1985; A história da vitória: porque Collor ganhou, 1990; A eleição da reeleição, 1999; Grandes pecados da imprensa, 2000; Folclore político - 1950 histórias, 2002. Família: Casado com Guaraciaba do Carmo Nery teve dois filhos (Jacques Nery, produtor de vídeo e Sebastião Nery Júnior, jornalista).

Do relacionamento com Ana Eliza de Figueiredo teve uma filha (Ana Rita de Figueiredo Nery, estudante). Posteriormente, casou-se com Maria Cristina Oliveira. Vale ressaltar que as afirmações de Sebastião Nery são longas. Diz que Armando Falcão o acusou, na Câmara, de fazer contrabando de linho branco. O deputado Esmerino Arruda também o acusou de usar o leite da ONU (Organização das Nações Unidas), distribuído pela LBA, para fazer política. Fez discursos afirmando que foi absolvido das acusações. Em 1958 começou a atuar politicamente, era Getulista e adepto de João Goulart e membro do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). Em 1962, elegeu-se senador e foi o segundo mais curto mandato da história daquele Parlamento. Assumiu em 1º. De fevereiro e morreu em 9 de maio, de enfarte, aos 45 anos. O suplente, Antonio Jucá com medo do golpe de 1964, suicidou-se em 1965. Esta foi à vida política de Carlos Jereissati, pai de Tasso.

Para finalizar queremos afirmar que todas as nuanças políticas da família do senador Tasso estão inseridas no livro de Sebastião Nery editado pela Geração Editorial com prefácio de Paulo Brossard. Nas suas flechas perfurantes Sebastião diz que o estado do Ceará é a maior máquina política estadual do país. Fala sobre a mídia cearense citando o jornal O Povo mostrando um Ceará de miseráveis parecido com Camarões na África. Ameaçou os 184 prefeitos dizendo que iria cortar qualquer programa do governo se os mesmos não apoiassem sua reeleição. Ficariam fora do Projeto São José, que usava dinheiro emprestado do Banco Mundial para construção de pequenas barragens. Só teriam alistamentos municípios que o apoiassem. Fala que o ex-prefeito de Saboeiro, o médico Perboire, representante de Tasso recrutava os famintos para votar no governador Tasso.

Teve avião (helicóptero) alugado por Gonzaga Mota na empresa TAF (Transportes Aéreos de Fortaleza) desde o começo da campanha. Tasso alugou todos os helicópteros para ficarem parados para dificultar a campanha de seus adversários. Depois de reeleito Gonzaga Mota levou o maior fora do mundo. Inventaram no Ceará o lenocínio eleitoral. Francisco de Assis Macedo procurador regional eleitoral encaminhou denúncia contra o instituto que, alegando fazer pesquisas, induzindo o eleitor com “brindes e Kits importados”. Tem mais sujeira e lama no bojo do livro. Estranhamos o porquê da Justiça eleitoral não ter tomado nenhuma providência contra essas horripilantes corrupções. Como pode um político dessa extirpe passar com bom e grande político com uma história tão suja. São esses tipos de políticos que estão criticando o governo dos militares.

Só que no governo dos militares essas patifarias jamais aconteceu. Todos os presidentes do governo militar já faleceram e suas famílias vivem de miseras pensões pagas pelo Governo Federal. As grandes obras que estão aí são frutos da importância que os militares deram ao Brasil, pois todos eles foram homens honrados e de condutas ilibadas. Façam uma comparação com os políticos de hoje e vejam a tremenda diferença. Pensem nisso!


ANTONIO PAIVA RODRIGUES-JORNALISTA-MEMBRO DA ACI- DA ALOMERCE
Autor: Antonio Paiva Rodrigues


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