AINDA QUE ELE ME MATE, NELE ESPERAREI



AINDA QUE ELE ME MATE, NELE ESPERAREI

Esta expressão tão forte e tão dramática foi proferida por Jó. Ela se encontra no capitulo 13, versículo 15 do livro que conta sua história.
A religião de Jó era só “de ouvir”. Ele não tinha uma Bíblia, nem rolos inspirados, nem mesmo uma religião formal. Era um homem sincero, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.
Tinha uma religião monoteísta, baseada na teologia natural, muito menos do que a maioria tem hoje, mas chegou a falar algo tão magnificente que espanta qualquer religioso moderno.
Esta expressão demonstra fidelidade, confiança, certeza, fé, mas, antes de tudo, um conhecimento do Deus todo-poderoso. Não era o conhecimento que nos é oferecido hoje através da Palavra de Deus, das mensagens e estudos de preclaros pregadores e mestres, mas era algo tão genuíno que gerou naquele homem esta segurança de afirmar:
Ainda que ele me mate, nele esperarei.
Semelhante aos companheiros de Daniel quando estavam para ser lançados na fornalha ardente. Eles disseram:
“Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste”. Daniel 3.17,18.
Conhecer a Deus, obedecer a Deus e amar a Deus, um Deus a quem não vemos, é algo realmente suprahumano. Pedro teve a sensibilidade de entender e registrar esse sentimento sobrenatural, estranho, diferente:
“Ao qual, não o havendo visto, amais. No qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso”. 1 Pedro 1.8.
O desprendimento de Jó tem que ser o desprendimento de todos nós. O cristão não tem medo da morte e está pronto a cruzar a misteriosa fronteira a qualquer momento. É isto o que diz Hebreus 2.14,15:
“E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo. E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão”.
Ele pode livrar, se quiser, mas se não quiser, tudo bem.
Tenho que servi-lo de coração, independente de circunstâncias.
Meu compromisso com Deus tem de ser total, absoluto, algo que envolva tudo o que sou, o que penso, o que sinto, o que desejo, o que sonho, o que sofro, o que anseio, o que creio, o que idealizo e o que realizo.
Meu compromisso com Deus tem de ser algo infinitamente maior, mais profundo, mais glorioso, mais grandioso, mais terno, mais denso eo que minha dedicação à minha esposa, meus filhos e minha religião.
Tem que ultrapassar todos os obstáculos.
Tem que levar cativo todo o entendimento ao conhecimento de Cristo.
Tem que atingir os mais profundos mistérios do amor.
Nele eu esperarei.
Porque sei que tudo que vier dele é bênção.
Foi por isto que Davi, no momento que teve de passar por um castigo, preferiu ser castigado pela mão de Deus do que pelas mãos dos homens.
Até isto é maravilhoso, porque ele só castiga os filhos a quem ele ama.
Quando Deus restaurou o estado de Jó, deu-lhe em dobro tudo o que dantes possuíra.
Também abriu seu entendimento para compreender suas insondáveis riquezas.
Foi por isto que Jó declarou:
“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem”.
Nos dias que vivemos muitos falam de Deus. O que não faltam hoje são mensagens de todas as formas. Não é difícil hoje ouvir sobre Deus.
Chega a existir o perigo de se conhecer a Deus só de ouvir.
Existem muitos que escutaram tantas mensagens nessa direção, que chegam a idealizar Deus como um bondoso velhinho, de longos cabelos brancos, comprida barba branca, vestido com um longo manto branco e sentado em um belíssimo trono de ouro.
Outros imaginam um Deus de ficção científica, uma energia hiperatômica, soltando raios de todos os lados.
Porém existem aqueles que podem dizer como Jó:
“Mas agora os meus olhos te vêem”.
Existem aqueles que podem amar a um Deus maravilhoso, mesmo que não o vejam com seus olhos naturais.
Existem aqueles que atingem um grau de intimidade tão perfeita com o Pai que podem dizer como Jó:
“Ainda que ele me mate, nele esperarei”.
Você está incluído neste grupo?
Espero que sim, abençoada irmã.
Espero que sim, precioso irmão.
Autor: Paulo de Aragão Lins


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