TOM E TONALIDADE



Era uma sexta feira à noite, dia de baile. A banda Radical Livre iria fazer mais um evento de rotina após uma exaustiva semana de ensaios e muita música nova pra tocar...
Começou o baile e lá pra tantas tocamos a música “Satisfaction” dos Stones. Já quase na hora de acabar,a turma que dançava no salão já estava pra lá de Bagdá quase em cabrobó...
Quando agente começou a tocá-la, eu que já tinha tava com um enfado danado, tive uma “pane de esquecimento harmônico” e na hora do solo meti uma escala de D maior tomando como base a linha melódica da música que todo mundo conhece: B, B ... B, C##, D... D, D C#, C# (melodia do riff) A música terminou e eu fiquei com cara de menino que esqueceu de guardar o brinquedo na caixa.
Fui pra casa depois do baile com aquela espinha de peixe na garganta,pensando: Onde eu tinha errado?
No outro dia, de cabeça quase fresca, percebi que o riff tinha uma cama harmônica: E e D com a melodia composta num centro tonal E. Como não havia ensaiado um solo achei que tocar a escala de D e suas pentatônicas iriam funcionar...
Vendo que tudo desembocava num centro tonal “E” resolvi por uma penta de Em e usar os modos do campo harmônico de A, posto que a “cama” destes acordes era E e D.
No ensaio da semana seguinte todo mundo sentiu a diferença...
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Autor: EURICO ALVES CAVALCANTI JÚNIOR


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