A Guerra no Haiti



Em 2004 no Haiti milícias golpistas e originárias da cidade de Gonaives marcharam do norte do país em direção a capital Porto Príncipe o objetivo principal era a retirada do então presidente Jean-Bertrand Aristide. O grupo exigia a deposição de Aristide para participar das eleições, enclausurado no palácio do governo, Aristide renunciou em 29 de fevereiro de 2004. O País mergulhou em uma grande crise político social, um governo provisório foi organizado as pressas. Logo depois uma força de paz foi enviada pela organização das nações unidas (ONU), segundo a ONU a força de paz teve por objetivo intensificar os esforços para restabelecer a paz, assegurar a ordem, desarmar as milícias rebeldes e garantir a restauração do estado democrático. Porém, segundo o depoimento de um dos 1200 soldados brasileiros enviados ao Haiti. A missão nada mais era que intervir em uma guerra de confusão ideológica incompreensível, o papel era conter mesmo que a força qualquer Haitiano que se aproximasse abruptamente, ou seja, atirar. Como as armas em posse dos soldados eram fuzis de guerra, o tiro quase que sempre era letal.
O Brasil enviou soldados em uma suposta missão de paz, porém a realidade segundo os próprios soldados brasileiros é completamente inversa aos propósitos de ajuda humanitária das nações unidas. O Haiti em 2004 estava em guerra, o povo estava revoltado, duas frentes se dividiam uma a favor do então presidente Aristide e outra queria a deposição do presidente. O estado do país era caótico e os soldados da nação brasileira eram obrigados a combater homens armados, em um país miserável de guerra estranha e sem objetivo lógico. Muitos dos soldados enviados ao Haiti voltaram Aidéticos e mentalmente perturbados.
Mas quem liga, quem vai ao menos se perguntar o que aconteceu com os soldados que viveram no Haiti... A visão que a maioria tem é que somos heróis, fomos lá pra ajudar, mandamos nossos filhos e irmãos em uma “missao de paz internacional’’. Mas que missao de paz é essa, que por mais nobre que seja obriga nossos soldados a matarem civis de outra nação. Sinceramente fomos para guerra, enviamos os nossos filhos para a guerra, não se envia soldados de nações diferentes para fazer caridade ou simplesmente dar água e comida aos pobres, envia soldados para combater, para matar. Se fossemos em missão de paz não mandaríamos soldados e sim freiras e padres.
Autor: hugo cesar ferreira flores


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